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O Dia do Rock  já passou, mas Lulu Araújo, a Fada Magrinha, segue celebrando a data. Com a ajuda de seus fãs, a cantora e percussionista produziu o vídeo da música Berço do Rock, com muito ‘bate cabeça’ da criançada que se jogou no rock’n’roll. A estreia do clipe colaborativo acontece nesta quarta (5), às 18h, no canal oficial da Fada, no YouTube. 

Berço do Rock integra o primeiro CD da Fada Magrinha e, agora, ganha um registro em vídeo. O clipe foi feito com a colaboração dos fãs da artista, que enviaram imagens deles curtindo a canção. A produção é totalmente caseira, com participação especial de Fernanda, filha de Lulu. 

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A composição leva assinatura de Mariana D’Oliveira e a arte gráfica ficou por conta de Eduardo Mafra. O clipe será lançado nesta quarta (5), às 18h, no canal oficial da Fada Magrinha, no YouTube. 

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As preparações para o São João estão a todo vapor e, apesar deste ano a festa ter um formato diferente, tem muita coisa boa para aproveitar, inclusive para a criançada. Neste domingo (21), a Fada Magrinha e o Tapete Voador realizam uma live para comemorar os festejos juninos. 

A ‘Festa Roça em Casa’ começa a partir das 15h, através da plataforma Zoom. Para participar é necessário acessar o Sympla e criar uma conta. A sala da transmissão estará disponível 15 minutos antes do horário. 

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O evento realizado pela Avoa Produções também criou uma parceria com a Zepelim, Recrearte e Cafuné Foto e Vídeo, para a realização de sorteios e brincadeiras, que estarão acontecendo no Instagram das marcas.  

Serviço

Festa na Roça em Casa

Domingo (21) | 15h

Gratuito

O Festival Palco em Casa retorna nesta semana com uma programação infantil. A partir desta quinta-feira (2) até o domingo (5) a programação conta com um intercâmbio cultural com artistas do cenário local e nacional.

O projeto é realizado pelo cantor pernambucano André Rio e apoio da Empetur. A exibição do projeto acontece através do Instagram Descubra Pernambuco. Se apresentam nesta semana A Fada Magrinha, Tio Bruninho, Liv Moraes, Carla Rio, Dudu Nobre, entre outros artistas.

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Confira a Programação completa:

Quinta (2/04)

19h Coral Edgard Moraes convida Getúlio Cavalcanti

20h30 - Luciano Magno convida Davi Moraes

22h- Som da Terra

Sexta (3/04)

17h30- Nádia Maia

19h- Marron Brasileiro

20h30- Romero Ferro

22h - Maciel Melo convida Ed Carlos

Sábado (4/04)

17h30- Fada Magrinha (Show Infantil)

19h- Carla Rio convida Dudu Nobre

20h30 - André Rio convida Maestro Fábio Valois

22h - Benil Convida Bruno Lins

Domingo (5/04)

17h30 - Tio Bruninho (Show infantil)

19h- João Cavalcanti (RJ)

20h30 - Liv Moraes

22h - Luizinho de Serra convida Irah Caldeira

A banda infantil Mini Rock começa a contagem regressiva para o Dia das Crianças com um show neste domingo (15). Eles se apresentam no espaço Luni, em casa Amarela, Zona Norte do Recife, ao lado da Fada Magrinha e de Mariane Bigio. 

Além de antecipar as comemorações pelo Dia das Crianças, a Mini Rock também aproveita a festa para fazer o lançamento do clipe da música Mole Mole. A faixa trata de uma das fases mais marcantes da vida dos pequenos, a troca dos dentes. O clipe foi produzido com a colaboração do próprio público da banda que enviou fotos mostrando suas 'janelinhas'. 

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A tarde contará ainda com duas participações. A Fada Magrinha e Mariane Bigio sobem ao palco e juntam-se à Mini Rock prometendo muita diversão à garotada. A iniciativa deste domingo (15) faz parte de um projeto, entre os três artistas, que visa o crescimento da cena da música infantil em Pernambuco. 

Serviço

Show da Mini Rock com Fada Magrinha e Mariane Bigio

Domingo (15) - 16h

Espaço Luni (Rua Olímpio Tavares, 46 - Casa Amarela)

R$ 25 e R$ 12,50

 

Alfaia, baqueta de condão, fantasia, música e muita diversão. Esses são alguns dos elementos que compõe a Oficina de Percussão Para Crianças, promovida e ministrada pela cantora e percussionista Lulu Araújo, também conhecida como a Fada Magrinha, que retorna a capital pernambucana depois de turnê em São Paulo. As aulas ocorrem no Paço do Frevo, entre os dias 9 e 12 de julho, sempre das 14h às 16h, e são destinadas a garotada com idade de 8 a 12 anos.

As aulas tem como objetivo explorar e despertar a sonoridade que a criança possui, utilizando o corpo e voz como instrumentos, por meio de brincadeiras que se apresentam no cotidiano infantil e que fazem referência ao nosso folclore e cultura local. Instrumentos como pandeiro, alfaia, triângulo, agogô e ganzá serão utilizados durante as aulas.

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Ao final da experiência, os alunos farão uma pequena apresentação para os pais, amigos e visitantes. Os ingressos da oficina custam R$110,00 e podem ser adquiridos através do site Sympla. O Paço do Frevo fica localizado na Rua da Guia,no Bairro do Recife, próximo à Praça do Arsenal.

*Da assessoria

Quem tem filhos sabe que toda mãe precisa ser um pouco artista. Dar conta da atenção aos pequenos, conter as birras, mantê-los banhados e alimentados, além de entretidos, ensinar repetidamente aquelas coisas que para eles parecem relevantes enquanto são crianças mas que farão toda a diferença em algum momento futuro da vida, entre tantas outras milhares de coisas que devem 'funcionar' ao mesmo tempo em que se é indivíduo ativo no mundo e mulher em uma sociedade dominada pelo patriarcado, demanda, de fato, certos traquejos.

Para aquelas mulheres que escolhem a arte como ofício, as artistas de profissão, não costuma ser diferente. A despeito de certa glamourização adquirida por conta das luzes dos shows e dos filtros das redes sociais, mães que sobem ao palco para trabalhar precisam lidar com as mesmas dificuldades - e delícias -  encontradas em qualquer lar. É quase como uma comprovação daquele ditado popular que diz que 'mãe é tudo igual, só muda de endereço', mas com um pequeno diferencial que é poder repercutir tudo isso em sua própria arte.

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Lulu Araújo, arte-educadora, cantora e percussionista, mais conhecida como Fada Magrinha, é mãe de Fernanda, uma garotinha de olhos vivos e jeitinho doce, prestes a completar nove anos. Quando a menina nasceu, Lulu se dividia entre aulas de música para crianças e trabalhos junto a artistas pernambucanos, como Renata Rosa e Naná Vasconcelos, e como acontece com quase todas as mães, viu seu ritmo de vida se transformar, até mesmo porque Fernanda nasceu prematura, o que exigiu uma atenção maior. "Quando os filhos nascem, a gente para tudo. Eu acho que não teria condições de continuar se tivesse um ritmo mais frenético", relembra.

Depois que mãe e filha devidamente se acomodaram à nova vida, era chegada a hora de Lulu retomar suas atividades. Mas, então, já não era mais a mesma mulher de antes e as transformações ultrapassaram o âmbito pessoal, invadindo sua área profissional e mexendo com sua sensibilidade de artista: "Quando nasceu a mãe junto com a filha, nasceram várias sensações e muito material que virou uma preciosidade. Tanto que o projeto ‘Fada Magrinha’ nasceu a partir do nascimento dela. Eu cantava pra ela e aquilo foi me alimentando e eu disse: 'como nunca pensei em fazer isso?', era uma coisa tão óbvia, mas só caiu a ficha quando ela nasceu".

Lulu se descobriu compositora após a chegada de Fernanda. A primeira música foi uma canção de ninar surgida no conforto do quarto da menina quando a mãe ia lhe colocar para dormir. Em Soninho Danado, a Fada canta: "...o tempo vai passando e eu vou me entregando, com a mamãe tudo é tão gostoso que a gente sonha embalado assim". E o sonho, para essa mãe e sua cria, se transforma em realidade quando as duas compartilham a música em casa, nos palcos - a pequena já acompanha Lulu em algumas apresentações; às vezes por necessidade mas quase sempre por vontade própria da pequena - e tantas outras coisas rotineiras da própria vida.

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Compor também ficou bem diferente para Mayara Pera depois que ela deu à luz os pequenos Dom, de quase quatro anos, e Martin, de dois. A duplinha alterou o tempo da mãe cantora e compositora e aguçou sua sensibilidade para um tema que a acompanhou durante toda a vida mas que só se evidenciou com a chegada dos rebentos. "A maternidade ajudou a me lembrar o quanto eu sou mulher. Acho que eles me lembraram o quanto eu sou poderosa, e isso me faz ter vontade de colocar isso na minha música", diz a artista.  

Ela também precisou adaptar o exercício da escrita às demandas dos filhos. Antes, ela precisava de um tempo só para ela, sem que ninguém a incomodasse, mas depois dos meninos, foi preciso readequar a atividade: "Eles exigem uma atenção e não vão poder esperar, eles não vão entender que eu estou escrevendo uma coisa importante e eu tenho que entender isso também, porque essa fase passa muito rápido. Então a minha fase de compreender é agora, quando eles crescerem eles que vão ter que me compreender. (risos)  Eu me adaptei e acho que ficou até melhor".

Na hora de pegar no batente, Mayara conta com uma rede de apoio para conciliar os filhos com os palcos. Com o marido e os dois filhos, ela tem "uma equipe", e a sua mãe também soma no apoio. No entanto, por vezes, ainda é preciso colocar a meninada no meio da música. Eles já acompanharam a cantora em shows e em gravações, e talvez por haver um estúdio improvisado em um dos quartos de sua casa, costumam se sentir bem confortáveis nessas situações - tirando um 'tédiozinho' aqui e ali. Tal qual sua própria mãe parece cumprindo seu papel na maternidade, muito à vontade; algo que ela garante não ter aprendido nos livros que leu durante a gravidez: "É como tem que ser. Não existe fórmula. Quando eu aprendi isso, aprendi a ficar à vontade nesse papel. Mães felizes, filhos felizes”.

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Também não foi em livros que a cantora, sambista, bancária e ativista feminista, Karynna Spinelli, aprendeu que as mães também erram. A artista é mãe de vários filhos - biológicos, "do coração" e de santo - e sua experiência com todos eles lhe deu a segurança e serenidade necessárias para assumir suas próprias limitações e anseios com a caçula, Klara Lua, de 13 anos. Foi com a filha mais nova que ela conseguiu entender algumas minúcias da maternidade que fazem toda a diferença para uma relação saudável com os herdeiros e consigo mesma: "Quando eu tive meus filhos tudo era muito romantizado pra mim. Então, por mais que houvesse dificuldade, eu não me permitia, porque a sociedade não espera isso de você, a sociedade quer mães perfeitas, que se anulam, que desistem das suas vidas em detrimento do filho e do marido. Isso eu só enxergo agora, com quase 40 anos".

Nessa caminhada, a cantora tomou como ferramenta de sobrevivência o feminismo, que além de luta é lição diária em sua casa e acabou por transformar a filha em mais uma "parceira". A mãe que já foi "taxada de mãe solteira", também já viu a própria cria ser xingada na escola por ter uma "mãe cantora". A solução para as limitações da sociedade, elas encontram nessa parceria nutrida no cotidiano de ambas: "A gente passa (preconceitos) até hoje e não é fácil, ser mulher, cantora, mas eu acho que passei bem por esse processo, sempre aparada, com amigos e de uns anos pra cá ativista. Me reconheço como mulher feminista; eu ensino ela a se defender e não deixar isso abalar".

Para dividir com Klara os ensinamentos que a vida lhe imprimiu, Karynna decidiu também convidá-la para participar de seu trabalho artístico. A menina começou a fazer participações cantando no Clube do Samba do Recife, projeto encabeçado pela mãe há quase 10 anos, e também já encarnou sua xará, Clara Nunes, em um espetáculo que homenageou a sambista. A intimidade entre as duas, visível a olhos nus, se intensificou ainda mais após a parceria musical: "A gente tremeu pra entrar no palco, mas foi muito bacana, é um elo que a gente fortalece", diz a mãe derretida.

 

*Fotos: Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

*Ilustração: Fernanda Araújo, filha da Lulu

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