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Com o objetivo de incentivar a divulgação e a produção audiovisual na Amazônia paraense, a Fundação Cultural do Pará (FCP) lançou o edital do Prêmio Mergulho FCP 2023, com inscrições abertas até o dia 31 de março. A iniciativa é voltada para produtoras culturais, curadores, cineclubistas, educadores de escolas públicas estaduais e municipais, estudantes de cursos que tenham relação com o audiovisual, entre outros profissionais da área.

Serão premiadas até 15 propostas inéditas em três linhas de ação: mostra de audiovisual (5 prêmios no valor de R$ 50 mil), ações educacionais transformadoras por meio do audiovisual (5 prêmios no valor de R$ 40 mil) e produção audiovisual para estudantes (5 prêmios no valor de R$ 50 mil).

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Um dos inscritos para concorrer ao prêmio, Webson Cardoso, profissional da área da produção e edição de vídeos, acredita que o projeto pode promover oportunidades para o mercado de trabalho. “É muito bom ter esse espaço de divulgação das produções audiovisuais. É uma oportunidade incrível de exibir projetos mais bem elaborados e que também possam render oportunidades maiores dentro do mercado de trabalho”, afirmou Webson.

As produções terão exibições, de modo presencial, na Casa das Artes, e por streaming, com acesso gratuito por meio das redes sociais da FCP e da Casa das Artes, nos períodos descritos no cronograma do edital. Para esclarecer dúvidas e obter mais informações sobre o concurso, a FCP disponibiliza o e-mail premiomergulhofcp@gmail.com. Acesse o edital aqui.

Por Messias Azevedo (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A Coalizão Negra por Direitos denunciou, nesta quinta-feira (22), à Organização das Nações Unidas (ONU) o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), Sérgio Camargo, por violação de Direitos Humanos e dos interesses da população negra. O apelo foi enviado e assinado pela entidade, que reúne 200 grupos e coletivos negros para promover ações de incidência política nacional e internacional.

O objetivo da ação inédita é solicitar a interferência da ONU para que a organização notifique o Estado brasileiro acerca das denúncias, a fim de “garantir o exercício de direitos da população negra no Brasil e a proteção da memória e patrimônio cultural que estão sob tutela da Fundação Palmares''. No documento, que o portal Alma Preta Jornalismo teve acesso, a Coalizão descreve o comportamento de Camargo como “totalmente adverso ao escopo institucional que se espera da conduta e lisura” de quem ocupa a Fundação.

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Figuram entre os ataques mencionados no dossiê, as tentativas de Sérgio Camargo de promover o desmonte da proteção institucional do patrimônio histórico e cultural afro-brasileiro, bem como os inúmeros ataques ao movimento negro e militantes antirracistas. Segundo a Coalizão, trata-se de uma tentativa de censurar e promover o apagamento histórico da luta negra no país.

A ação anexou ainda a alteração da lista de personalidades negras feita pelo presidente da FCP, que desagradou ao anunciar que a tornaria uma lista póstuma, ou seja, de homenagens a pessoas que já faleceram. A opinião dos movimentos negros, no entanto, é uníssona ao reafirmar a importância da lista, que reúne uma coletânea de lideranças e propagadores da luta por igualdade racial, a exemplo das escritoras Carolina Maria de Jesus e Conceição Evaristo.

Camargo e relação com a imprensa

De acordo com o portal Alma Preta Jornalismo, a reunião de documentos enviados para a ONU também pauta as agressões de Sérgio Camargo a jornalistas e à imprensa de forma abrangente. Em um dos episódios mais recentes, Camargo comentou o caso conhecido como “Chacina do Jacarézinho”, no Rio de Janeiro, que causou a morte de 29 jovens em sua maioria negros, e chegou a afirmar que “parcela significativa dos jornalistas é usuária de cocaína”, buscando desqualificar a cobertura da imprensa.

Com oito espetáculos premiados no programa de incentivo à arte e cultura da Fundação Cultural do Pará (FCP), o Festival de Teatro “Cena e Arte Por Todo o Pará" vai levar aos teatros Waldemar Henrique e Margarida Schivasappa produções locais e nacionais. A programação, inteiramente gratuita, começa na quinta-feira (24) e vai até o dia 27 de outubro.

Os espetáculos que abrem o festival são “La Fábula”, da Companhia de Teatro Madalenas, e “Honorata – Tortura Que Ela Atura: De Criança a Mulher”, do Grupo de Teatro Palha. As apresentações começam a partir das 19 horas no Teatro Waldemar Henrique, e das 20 horas no Margarida Schivasappa, no Centur.

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Segundo a técnica da Diretoria de Interação Cultural da FCP, Suzane Pereira, as peças da programação foram escolhidas seguindo três principais critérios no edital: excelência artística, originalidade e inovação. “Temos foco em um espetáculo já produzido e que traga valor cênico, valor dramatúrgico. Avaliamos o processo como um todo, roteiro, pessoas envolvidas, a viabilidade do espetáculo, se ele está pronto para ser apresentado em um festival”, comenta Suzane Pereira, que também é doutora em teatro pela Universidade de Lisboa.

Além da programação em Belém, o festival também terá mostra itinerante no interior do Pará, em municípios como Soure, Capanema e Bragança. Segundo Suzane Pereira, um dos objetivos principais do edital é possibilitar o acesso à linguagem cênica para contribuir na formação cultural do público. “Serão apresentadas peças que retratam histórias de maneira bem lúdica, de cenas cotidianas, da cultura paraense”, enfatiza.

Apresentado pela primeira vez em 2011, o espetáculo “La Fábula”, da Companhia de Teatro Madalenas, abre a programação no Teatro Waldemar Henrique. A peça já foi apresentada mais de 120 vezes, em cidades do Norte e Nordeste do Brasil, além do Estado do Pará.

“La Fábula” retrata o encontro de três personagens já conhecidos na imaginação do público, o cavaleiro Dom Quixote, o Homem de Lata, do Mágico de Oz, e o Velho do Saco com a rainha Altiva, que segundo o coordenador geral da Cia de Teatro Madalenas, Leonel Ferreira, é uma personagem que traz a reunião de várias rainhas criadas nos contos e fábulas que conhecemos, boas e más. O festival “Cena e Arte Por Todo o Pará” está em sua primeira edição. A expectativa é que o próximo edital seja lançado ainda no início de 2020.

Programação

Teatro Waldemar Henrique

24/10 – “La Fábula”, da Cia. de Teatro Madalenas.

25/10 – “Ficções do Interlúdio”, do Grupo Lucas Fiorindo.

26/10 – “A Vingança de Ringo”, da Associação Cultural Palhaços Trovadores.

27/10 – “Os Sete Pecados Capitais”, da Companhia Luz e Sombra.

Teatro Margarida Schivasappa

24/10 – “Honorata – A Tortura Que Ela Atura: De Criança a Mulher”, do Grupo de Teatro Palha.

25/10 – “Mukuiu”, da Companhia Lama de Teatro.

26/10 – “A Menina Que Dá Com a Cara Nas Paredes”, do Grupo Inicarte.

27/10 – “A Pena e a Lei”, da Trupe Vira Rumos.

Serviço

Festival de Teatro “Cena e Arte Por Todo o Pará”, da Fundação Cultural do do Pará. De 24 a 27 de outubro, nos teatros Margarida Schivasappa (Avenida Gentil Bitencourt, 650, bairro Batista Campos), e Waldemar Henrique (Avenida Presidente Vargas, 645, bairro da Campina). Entrada franca. Mais informações: (91) 3202-4368.

Por Yves Gabriel Lisboa.

 

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