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Os entrevistados na nova pesquisa qualitativa do Instituto de Pesquisa UNINASSAU, divulgado neste domingo (29), revelaram que irão votar na eleição de outubro, porém não deixaram claro em qual candidato. Os que responderam o levantamento afirmaram que não votarão em “competidores ficha suja” e  que o partido político ao qual o candidato é filiado não importa e, sim, a pessoa e sua trajetória. A internet e a TV serão os instrumentos mais utilizados para se informarem sobre a história de cada um. 

Os recifenses também se mostram pessimistas quando se trata de escolherem novas pessoas para ingressarem na política porque, segundo eles, a política se contamina. “Eles salientam que é difícil ir contra o sistema existente e que quem luta contra o sistema sai da política, pois não consegue sobreviver. Também avaliaram que o político pode ter boa intenção, mas não governa sozinho e precisam fechar acordos. Os entrevistados mostram que sabem como a política funciona, no caso, para eles, é um “toma lá da cá””, explicou o coordenador do Instituto UNINASSAU, o cientista político Adriano Oliveira.

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Para o estudante Túlio Cruz de Almeida, possuir ficha limpa é fator essencial na hora de escolher um candidato. “O brasileiro precisa muito da transparência dos políticos.  Estamos vivendo em uma nova era e tem muita gente que não entende muito de política e quando aquilo é mais exposto, ele começa a entender mais um pouco. Fora isso, ele tem que pensar muito nas bases”, disse. 

Questionados pelo Instituto UNINASSAU, os eleitores entrevistados das classes C e D disseram conhecer alguém que já vendeu o seu voto em troca de remédio, dinheiro e até mesmo feijoada. “Os candidatos, de acordo com os entrevistados, procuram o líder comunitário para oferecer benefícios aos eleitores”, contou Oliveira. 

O estudante Iolan Ferreira, 21 anos, não acredita que muita coisa vai mudar com a eleição deste ano, porque a corrupção está na cultura dos brasileiros e não apenas dos políticos. “Eu acredito que não vai mudar muita coisa porque do jeito que está indo se fosse mudar já tinha mudado. As pessoas se corrompem muito fácil em relação à venda de votos e essas coisas não têm como mudar pela própria cultura do Brasil, que é assim, infelizmente”, destacou.

“Como vamos acabar com a corrupção se começa com a gente mesmo? Como querem que o Brasil mude? Não vai impedir nada, vai continuar do mesmo jeito, no máximo farão as coisas de um modo mais escondido”, acrescentou Iolan ressaltando que há possibilidade de votar em Lula, caso o petista seja candidato a presidente. “Ele fez muita coisa, principalmente, no Nordeste como as universidades”, acrescentou.

A metodologia utilizada na nova pesquisa possibilita que as visões de mundo, desejos e crenças dos eleitores sejam identificados e interpretados. Nesse tipo de levantamento, os grupos são segmentados por classe social e os entrevistados residem em diversos bairros da capital pernambucana. 

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