Tópicos | Financiamento Estudantil (Fies)

O Ministério da Educação (MEC) anuncia nesta sexta-feira (26) as alterações no Financiamento Estudantil (Fies) que valerão no segundo semestre e nos próximos anos. Os juros do financiamento vão aumentar e o limite de renda dos beneficiados será menor. O programa terá oferta máxima de vagas por ano. Além disso, os tipos de cursos financiados e os indicadores de qualidade serão mais restritos.

Os juros do financiamento vão passar dos atuais 3,4% ao mês para em torno de 6%, segundo o Estado apurou. Mesmo com a mudança, a taxa continua abaixo da inflação média dos últimos anos, o que significa que o programa continuará sendo subsidiado pelo governo.

##RECOMENDA##

O Ministério quer financiar o estudo de 310 mil a 350 mil pessoas anualmente nos próximos anos. O ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, deve anunciar hoje quantas vagas serão oferecidas no segundo semestre - em 2015 já foram fechados 252 mil contratos. Os novos financiamentos deverão ser centralizados em um sistema do MEC, a exemplo do que ocorre no Programa Universidade Para Todos (ProUni) e com as vagas das federais pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

O limite de renda para quem busca o Fies será reduzido, como o ministro já havia afirmado em entrevistas. Hoje, estudantes com renda familiar de até 20 salários mínimos (R$ 15.760) podem acessar o programa, e dados do Fies mostram que a taxa de matrícula dos alunos com mais de R$ 5 mil de renda foi a que mais aumentou.

Medidas tomadas pelo governo no primeiro semestre serão oficializadas. Cursos em áreas consideradas estratégicas para o País, como Engenharia, Saúde e formação de professores, terão prioridade. Os critérios de qualidade também serão refinados e os cursos com nota 5, índice máximo na escala de qualidade do MEC, serão privilegiados.

Apesar de o ministério ter trabalhado neste ano com esses critérios, eles não haviam sido oficializados. As regras do Fies definem quais cursos com notas a partir de 3 podem participar.

Limites

No ano passado, o Fies teve 732 mil novos contratos, chegando a um volume acumulado de 1,9 milhão de alunos no programa. O gasto com o programa ultrapassou os R$ 13,7 bilhões.

Com o esfriamento da economia, o governo tomou uma série de medidas restritivas já no fim do ano passado como forma de economizar com o Fies. Limitou o número de contratos, impôs desempenho mínimo no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para os interessados e estipulou teto de 6% para o reajuste das mensalidades.

As mudanças de agora alteram as regras decididas em 2010 e que permitiram a popularização do programa. Reportagens publicadas pelo Estado desde fevereiro revelaram que, apesar desse aumento de contratos e custos, o ritmo de matrículas no ensino superior caiu. Muitas instituições particulares passaram a incentivar alunos já matriculados a não pagar a mensalidade e entrar no Fies. Com isso, o valor médio das mensalidades subiu.

Em março, a presidente Dilma Rousseff admitiu que o governo "errou" com o Fies ao permitir que o controle das matrículas ficassem nas mãos das instituições privadas. As mudanças atuais foram pactuadas com representantes das instituições ontem à tarde.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Os alunos que estão ingressando ou que já estudam em uma instituição de nível superior e desejam financiar o curso com auxílio do Financiamento Estudantil (Fies) devem ficar atentos. As novas inscrições para conseguir os descontos oferecidos pelo programa começam nesta segunda-feira (23) e seguem até o dia 30 de abril, através do site do Fies.

Os estudantes precisam prestar atenção também nas novas regras instituídas pelo Ministério da Educação (MEC), em novembro do ano passado, para conseguir o financiamento. Uma das principais exigências é a pontuação mínima de 450 pontos na prova objetiva do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Além disso, o aluno não pode ter zerado a redação. Mas, as condições para os novos contratos só passam a valer dia 30 de março.

##RECOMENDA##

Outra mudança é que os alunos não podem acumular o financiamento e a bolsa do Programa Universidade para Todos (ProUni) em cursos diferentes. Entretanto, a complementação do valor continua sendo permitida. O Fies permite um financiamento de até 100% e após graduado, a pessoa tem 18 meses para começar a pagar as parcelas. 

No momento da inscrição, os estudantes devem informar dados como RG, CPF e comprovante de residência, além da instituição de ensino, curso, turno, valores da mensalidade, percentual a ser financiado e outras informações. Em seguida, o sistema irá simular o financiamento e o estudante deve escolher a instituição bancária que deseja, entre Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil. Então, o próximo passo é ir à Comissão de Permanente de Supervisão e Acompanhamento, localizada na instituição de ensino superior, em um prazo de dez dias, levando os documentos necessários para comprovação dos dados apresentados no momento da inscrição.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando