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As forças russas efetuam uma "rápida retirada" das zonas próximas à capital da Ucrânia, Kiev, e da cidade de Chenihiv, norte da Ucrânia, afirmou neste sábado o conselheiro da presidência ucraniana, Mykhailo Podoliak.

"Com a rápida retirada dos russos de Kiev e Chernihiv (...) está bastante claro que a Rússia escolheu outra tática prioritária: retirar-se para o leste e sul, manter o controle de vastos territórios ocupados e conquistar um poderoso ponto de apoio na área", escreveu Podoliak no Telegram.

"Certamente não poderemos evitar usar armas pesadas se queremos liberar o leste e Kherson (sul) e empurrar os russos para o mais longe possível", destacou.

O governador da região de Chernihiv, Viacheslav Chaus, informou que a cidade de mesmo nome, devastada pelos combates nas últimas semanas, não sofreu novos ataques na madrugada de sábado.

"Os russos se retiram da região de Chernihiv", afirmou.

As forças da Rússia bombardearam nesta sexta-feira (18) os arredores do aeroporto civil de Lviv, cidade da parte ocidental da Ucrânia para onde fugiram dezenas de milhares de pessoas desde o início da guerra.

As sirenes antiaéreas começaram a soar por volta de 6h (horário local), acompanhadas de avisos em alto-falantes para as pessoas se refugiarem em abrigos. Pouco depois, foram ouvidas pelo menos três fortes explosões nos arredores do aeroporto, que fica a seis quilômetros do centro.

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"Mas o objetivo do ataque não era o aeroporto", disse o prefeito de Lviv, Andriy Sadovy, segundo a imprensa local. O alvo do bombardeio seria uma fábrica de aviões situada na região. Esse é o primeiro ataque da Rússia contra Lviv, cidade de pouco mais de 700 mil habitantes considerada a capital cultural da Ucrânia.

Localizada a menos de 80 quilômetros da fronteira com a Polônia, que é integrante da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Lviv se tornou destino de dezenas de milhares de ucranianos de outras partes do país e passou a abrigar embaixadas estrangeiras após o início da guerra, em 24 de fevereiro.

Já na capital Kiev, as forças russas atacaram uma zona residencial no distrito de Podolsk, atingindo casas, uma creche e uma escola, segundo as autoridades locais. Pelo menos uma pessoa morreu e 19 ficaram feridas, incluindo quatro crianças.

Em Mariupol, cidade na costa do Mar de Azov sitiada pela Rússia há quase três semanas, foram registrados combates na região central. "As unidades da República Popular de Donetsk, com o apoio das Forças Armadas russas, combatem contra nacionalistas no centro da cidade", disse o Ministério da Defesa da Rússia.

Corredores humanitários

Em seu canal no Telegram, a vice-premiê ucraniana, Iryna Vereshchuk, disse que nove corredores para evacuação de civis ficarão abertos nesta sexta-feira, incluindo um entre Mariupol e Zaporizhzhia.

Até o momento, a guerra já gerou cerca de 3,3 milhões de refugiados, sendo que mais de 2 milhões cruzaram a fronteira com a Polônia, que prepara uma proposta para uma missão de paz da ONU na Ucrânia.

"Ela seria instalada em lugares que não estão atualmente ocupados pela Rússia para enviar um claro sinal de que não concordamos com crimes de guerra", afirmou um porta-voz do governo polonês, Piotr Muller.

Nos últimos dias, tanto Kiev quanto Moscou relataram pequenos progressos nas negociações, mas ambos os lados reconhecem que estão longe de um acordo. A Rússia quer a desmilitarização da Ucrânia, o compromisso de não entrar para a Otan e o reconhecimento da soberania do Donbass e da anexação da Crimeia.

Já a Ucrânia admite que não poderá integrar a aliança atlântica, mas pede garantias de segurança por parte das potências mundiais contra eventuais futuros ataques e não aceita as perdas territoriais.

Da Ansa

A delegação ucraniana chegou nesta segunda-feira (28) ao local das negociações com a Rússia exigir um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas, anunciou a presidência da Ucrânia.

"A delegação ucraniana chegou à área da fronteira Ucrânia-Belarus para participar nas negociações", informou a presidência em um comunicado. "A questão chave é um cessar-fogo e a retirada das tropas do território ucraniano", acrescenta a nota.

A delegação é liderada pelo ministro da Defesa, Oleksiy Reznikov, que está acompanhado pelo alto conselheiro da presidência, Mikhailo Podoliak.

No quinto dia da ofensiva, Moscou afirma que deseja discutir um "acordo" com Kiev durante o diálogo desta segunda-feira, no momento em que a invasão parece encontrar mais resistência.

"Cada hora que o conflito de prolonga, cidadãos e soldados ucranianos morrem. Nós nos propusemos a chegar a um acordo, mas tem que ser do interesse das duas partes", declarou o negociador russo e conselheiro do Kremlin, Vladimir Medinski.

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