Tópicos | Francisco Barreto

O brasileiro Francisco Barreto superou todas as expectativas e garantiu a segunda medalha da equipe brasileira na etapa de Anadia, em Portugal, da Copa do Mundo de Ginástica. Depois de Caio Souza levar o bronze no solo no sábado (23), "Chico" foi ainda melhor e alcançou a segunda colocação na barra fixa neste domingo (24).

A medalha foi uma surpresa, já que o brasileiro havia garantido vaga na decisão somente com a sétima melhor pontuação. Mas neste domingo ele realizou uma série de alto grau de dificuldade com poucos erros, convenceu os juízes e conseguiu a segunda melhor performance do dia, com 14,950 pontos.

##RECOMENDA##

O resultado brasileiro em Anadia também surpreendeu porque, diferente da etapa paulista da Copa do Mundo, quando os especialistas se apresentaram, em Anadia os treinadores da seleção estão observando o desempenho dos chamados generalistas, que têm como foco somar a maior pontuação possível na soma de todos os aparelhos. Como não se concentram em apenas uma prova, teriam menos chances de pódio.

E neste domingo, Chico quase conseguiu o ouro. Ele ficou somente 0,025 ponto atrás do cubano Manrique Larduet, que subiu no lugar mais alto do pódio ao fazer 14,975. A terceira posição ficou com outro cubano, Randy Leri Bell, que anotou 14,400 pontos.

Outro brasileiro em atividade neste domingo, Caio Souza não repetiu o bom desempenho de sábado e ficou sem medalhas nas barras paralelas. Depois de se classificar na quinta posição, ele cometeu algumas falhas em sua apresentação e terminou somente na sexta colocação, com 14,350 pontos.

As duas grandes revelações da ginástica artística feminina do Brasil, Flávia Saraiva e Rebeca Andrade, falharam na final das barras assimétricas da etapa da Copa do Mundo em São Paulo, no ginásio do Ibirapuera. Flávia, de apenas 1,33m, não alcançou a barra em um movimento de passagem e foi direto para o chão. Depois, voltou ao aparelho para começar de novo o exercício, até acertou a execução, mas terminou com 12.525, em oitavo e último lugar.

A nota da atleta de 15 anos, estreante na seleção adulta, demorou bem mais do que o usual para ser publicada no telão do ginásio. Enquanto isso, Rebeca Andrade, que se preparava para fazer sua apresentação, dividiu a ansiedade com a amiga. Iniciou a série nervosa, errou um movimento e perdeu velocidade. Precisou descer do aparelho para começar de novo. Com 13.300, terminou em sétimo.

##RECOMENDA##

Entre os homens, uma medalha de certa forma surpreendente. Francisco Barreto foi o último a se apresentar na final das barras paralelas. Fez uma série limpa, ainda que mais simples que dos rivais, e faturou o bronze com 15.300, superando por apenas 0.025 o norte-americano John Orozco, titular da seleção de seu país e 11.º colocado no aparelho no Mundial do ano passado.

O ouro ficou com o alemão Lukas Dauser, também da equipe principal do seu país, que saiu vibrando muito e pedindo para ouvir os gritos da torcida antes mesmo de saber sua nota - 15.750. Xiaodong Zhu, da China, faturou a prata com 15.525.

Apesar de a medalha ter sido apenas de bronze, o resultado de Barreto é bastante importante para a ginástica artística brasileira. Afinal, veio em um dos aparelhos em que há maior deficiência técnica no País. Chico melhorou 0.600 a sua nota em comparação ao Mundial passado, se aproximando do resultado dos finalistas de Nanning.

Assim, o Brasil encerrou o primeiro dia de finais em São Paulo com quatro medalhas. Ângelo Assumpção ganhou ouro no salto, enquanto que Rebeca foi prata na versão feminina do aparelho. Diego Hypolito ganhou o bronze na mesma prova de Ângelo. Letícia Costa também participou da final do salto, ficando em quarto.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando