Por "medida de segurança", a presidente afastada Dilma Rousseff desistiu de viajar em voo comercial entre Brasília e Campinas, onde se reunirá, nesta quinta-feira, 9, com intelectuais e visitará as obras do projeto Sirius, de construção do acelerador de partículas.
Mesmo depois de o Palácio do Planalto ter editado um parecer, na semana passada, restringindo alguns dos direitos da presidente em exercício, e informando que Dilma só pode usar avião da FAB para se deslocar entre Brasília e Porto Alegre, a presidente afastada pediu ao Gabinete de Segurança Institucional a aeronave.
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Diante da recusa, que foi baseada na decisão da assessoria jurídica da Casa Civil, Dilma resolveu ir a Campinas com sua equipe, em voo comercial e protestou sobre o que chamou de "cerceamento", avisando que nada a impedirá de viajar pelo País.
No entanto, a presidente se viu obrigada a mudar de ideia e desistir do voo comercial, depois de verificar que não havia disponibilidade de passagens suficientes para toda a sua equipe no mesmo voo. Também foi aconselhada a evitar se expor desnecessariamente, usando voos comerciais, onde poderia ser alvo de algum tipo de protesto.
O PT, então, decidiu alugar uma aeronave para transportar Dilma. Na quarta, 8, assessores de Dilma se queixavam do que chama de "mesquinharia" e informavam que até o clipping com as notícias dos jornais, preparado pela EBC, que a presidente recebia diariamente, foi cortado.
Pela programação prevista, Dilma visitará às 11h30 o Projeto Sirius, ligado à Universidade de Campinas, e de lá irá almoçar na casa do físico Rogério Cerqueira Leite, com a presença de outros intelectuais. No final da tarde, por volta das 17h30, Dilma decolará para São Paulo, onde dormirá e, no dia seguinte, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará de uma "manifestação contra o golpe". Sete pessoas do seu staff viajarão com Dilma para São Paulo.