Tópicos | Gambiarra

Um veículo particular sofreu perda total após o cilindro de gás explodir enquanto era abastecido em um posto de combustíveis em Sorocaba, no interior de São Paulo. O caso ocorreu no último domingo (5), no entanto, após perícia da empresa de gás natural junto à Polícia Científica, foi constatado que o carro era equipado com um cilindro de gás liquefeito de petróleo (GLP), ou gás de cozinha, impróprio para utilização veicular. No momento da explosão, a motorista havia saído de dentro do automóvel. 

A frentista que trabalhava no local no momento da explosão chegou a ser arremessada a três metros de distância e socorrida ao pronto-socorro por uma unidade de resgate do Corpo de Bombeiros. A funcionária desmaiou e sofreu amnésia lacunar, mas não teve ferimentos graves. Além da frentista, não foram registrados outros feridos; as chamas foram controladas e nenhum outro veículo foi atingido. 

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A empresa responsável pelo que parecia gás natural, Naturgy, em entrevista ao G1, afirmou que enviou uma equipe de técnicos para acompanhar o caso e apurar a explosão, e reconheceu a possível “gambiarra”. "Estava [o cilindro] possivelmente como aquele utilizado em máquina empilhadeira, o que pode ter causado a explosão", afirmou a empresa. 

A explosão do carro também repercutiu nas redes sociais no domingo (5). Moradores de um bairro vizinho que fica a quilômetros de distância relataram à reportagem que puderam ouvir o barulho do carro explodindo. 

 

Um incêndio destruiu cerca de 60 barracas da tradicional Feira da Sulanca, localizada no Parque 18 de Maio, em Caruaru, Agreste de Pernambuco, na noite da segunda-feira (6). O prejuízo ainda está sendo calculado pelos sulanqueiros. Os produtos comercializados eram guardados dentro dos estabelecimentos e foram destruídos. Não houve pessoas feridas.

O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 18h. As chamas foram controladas aproximadamente às 20h com o auxílio dos comerciantes.

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O fogo ficou concentrado na área conhecida como setor Brasilit, em que os ‘bancos’, como são chamadas as barracas, são todos cobertos por telhas de fibrocimento, as telhas Brasilit. De acordo com o presidente da Associação dos Sulanqueiros, Pedro Moura, o setor não recebia investimentos há bastante tempo.

“Esse setor possuía uma deficiência muito grande em termos da parte elétrica. Muita gente estava usando gambiarras. A Celpe fez vistoria para trocar todo o sistema devido ao risco que estava havendo”, afirmou Pedrou Moura.

O secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação de Pernambuco, Alberes Lopes, visitou o local atingido nesta manhã. Ele afirmou que estudará, junto ao governador, a possibilidade de liberação de crédito para os sulanqueiros atingidos. A Associação dos Sulanqueiros também avalia conseguir bancos móveis para que os feirantes continuem trabalhando.

Por meio de nota, a Prefeitura de Caruaru informou que, assim que tomou conhecido do incêndio, acionou o Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Defesa Civil, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, Departamento de Trânsito e equipes da Unidade de Gestão da Feira. “Também foram enviados carros pipa para evitar a falta de água, além de profissionais da Locar, que ajudaram na retirada da mercadoria dos bancos”, diz o texto.

Servidores da prefeitura realizarão um cadastro especial com os feirantes e a área será mantida isolada por questões de segurança. O município afirma ter iniciado um projeto de requalificação do local, com valor de investimento de R$ 8 milhões. O setor Brasilit tem cerca de 3,4 mil bancos e é o mais antigo da feira.

Uma reportagem veiculada na noite deste domingo (10) pelo programa Fantástico, da TV Globo, informou que um dos sobreviventes do incêndio que matou dez jogadores da base do Flamengo afirmou em seu depoimento aos investigadores da Polícia Civil que havia uma espécie de "gambiarra" em um dos aparelhos de ar-condicionado do alojamento em que viviam - seis contêineres transformados em dormitórios e que ficavam em uma parte do CT Ninho do Urubu que deveria ser um estacionamento.

Ainda na noite deste domingo, o jornal O Globo noticiou que uma análise preliminar constatou que as chamas tiveram início a partir de um curto-circuito no ar-condicionado do alojamento seis - ainda não há a certeza de que os aparelhos citados por Fantástico e pelo site são os mesmos.

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De acordo com o sobrevivente da tragédia, o aparelho de ar-condicionado seria menor do que o buraco na parede. O espaço que sobrou teria sido preenchido com pedaços de madeira, plástico bolha e espuma. O programa procurou um especialista em segurança para comentar a reportagem.

Moacyr Duarte afirmou que isso pode ter contribuído para que o ar entrasse por frestas na parede e alimentasse as chamas. "Esse tipo de ar-condicionado tem a parte do condensador fora do ambiente, ele passa exatamente sobre o sanduíche do material isolante. Temos um acabamento padrão de alumínio, que tem característica de resistência de passagem de calor. Se não houvesse isso ou se tiver a possibilidade da chama gerada entrar em contato com o material que está dentro do sanduíche, o que vai acontecer é que vai estabelecer uma queima semelhante a um forno de carvão. Ou seja, uma queima com muito pouco ar", contou.

"À medida que vai tendo a evolução da linha de queima para cima, você vai puxando o ar pelas frestas. Isso vai alimentando aquela combustão lenta até que, quando chegar na extremidade da junção de placa, o próprio calor gerado começa a dilatar as frestas e o ar entra", prosseguiu o especialista.

Nos contêineres onde os atletas do Flamengo viviam, as paredes eram feitas com duas chapas de metal e o espaço entre elas é preenchido com espuma de poliuretano, que, em tese, deveria funcionar como isolante térmico e cáustico. Em nota oficial enviada ao Estado na tarde deste domingo, 10, o clube carioca afirma que "os contêineres que incendiaram na sexta-feira no CT do clube não continham material que favorecesse a propagação de chamas", já que o material usado entre as placas de metal das paredes do dormitório possuiriam "característica auto-extinguível".

Contudo, ao entrar em contato com o fogo, o poliuretano provoca fumaça e libera gás cianeto, substância extremamente tóxica, que provoca asfixia química e morte em quem o inala. Os sobreviventes afirmaram aos investigadores que tiveram muita dificuldade para acordar e para despertar os outros atletas e sentiam-se como se estivesse desmaiados.

MONITORES - Outro problema apontado pelo programa foi que havia apenas um monitor de plantão para tomar conta dos 24 jovens que dormiam no local. O Conselho Nacional da Criança e do Adolescente prevê que é necessário um tutor para cada dez menores. Além disso, a legislação exige a presença de uma equipe noturna acordada e atenta a eventuais problemas.

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