Tópicos | Gilad Schalit

Israel transferiu 477 presos palestinos dos centros de detenção e os levou à Faixa de Gaza e à Cisjordânia, onde foram libertados nesta terça-feira. Eles foram saudados por dezenas de milhares de habitantes dos dois territórios, que levavam as bandeiras verdes do movimento Hamas. A libertação também foi comemorara com passeatas pacíficas nos campos de refugiados palestinos de Sabra, Chatila, Bourj al-Barajneh e Ein el-Hilweh, no Líbano. O vice-líder do Hamas em Damasco, Mussa Abu Marzuk, afirmou que Israel irá suavizar o bloqueio à Faixa de Gaza como parte do acordo. Marzuk pediu que Israel liberte mais prisioneiros além dos 1.027 do acordo. Foi a captura do soldado israelense Gilad Schalit, em 2006, um dos motivos determinantes para Israel montar o sítio à Faixa de Gaza, que se intensificou após o Hamas tomar o controle do território do movimento Fatah em 2007.

Na cidade de Gaza, um palanque foi montado em uma área central, onde dezenas de milhares de pessoas lembraram o ataque que capturou Schalit em 2006. A multidão pediu aos militantes que capturem mais soldados israelenses para futuras trocas. Os restantes 550 prisioneiros palestinos serão libertados em dois meses.

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Para aplacar temores de Israel com a segurança, o Hamas concordou que 200 prisioneiros que seriam soltos na Cisjordânia fossem libertados na Faixa de Gaza. Outros 40 serão deportados para a Jordânia, Catar, Síria e Turquia. O governo turco concordou em receber 10 militantes libertados e reivindicou um papel de destaque tanto na preservação da vida de Schalit quanto no acordo firmado entre Israel e o Hamas. O Hamas, que negociou a troca dos 1.027 palestinos por Schalit, governa a Faixa de Gaza desde 2007. A Cisjordânia é governada pelo presidente palestino Mahmoud Abbas, da Autoridade Nacional Palestina (ANP), rival do Hamas. O Hamas tornou a libertação uma demonstração de força do movimento islâmico na Faixa de Gaza.

Milhares de partidários foram às ruas com as bandeiras verdes do Hamas, embora um número menor de simpatizantes do Fatah, que forma a base da ANP, também tenham exibido bandeiras nas ruas de Gaza. Os prisioneiros fizeram o caminho a partir da fronteira do Egito para o centro de Gaza. Foram aplaudidos por milhares de moradores enquanto caminhavam na estrada para o centro da cidade.

As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

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