Tópicos | Golpe do Amor

Seis pessoas foram presas nesta quinta-feira, 9, na zona norte de São Paulo, suspeitas de realizarem sequestros por meio de perfis falsos em aplicativos de relacionamentos. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha chegou a usar o dinheiro arrecadado dos golpes para fazer viagens de luxo para fora do Brasil - como em Cancun, no México - e comer em restaurantes refinados.

Batizada de Match 2, a operação foi deflagrada por agentes da Divisão Antissequestro (DAS), que cumpriram nove mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão, nas regiões de Jaraguá e Taipas, na zona norte da capital.

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Entre os detidos estão uma mulher de 26 anos, o atual namorado dela, de 19, e o ex-companheiro, que não teve a idade informada. Os três seriam os líderes da quadrilha. A polícia não deu mais informações sobre os outros três suspeitos presos, mas afirmou que um adolescente acabou sendo apreendido.

De acordo com as investigações, a mulher teria 20 perfis diferentes nas redes sociais. Ela marcava encontros, que se transformavam em armadilhas. As vítimas eram sequestradas e extorquidas até serem libertadas pelos criminosos.

O método, apelidado de Golpe do Amor, tem sido cada vez mais comum na capital paulista. Em 2022, a cidade registrou o maior número de ocorrências de sequestros em 15 anos e a alta está diretamente relacionada com o crime, conforme mostrou o Estadão, em janeiro.

A polícia informou também que a operação Match 2 resultou na apreensão de 35 tijolos de maconha e na identificação de um traficante - e afirmou que as investigações continuam com o objetivo de prender os outros suspeitos.

Um engenheiro de 33 anos foi libertado de um cativeiro por policiais civis, anteontem, ao ser vítima do chamado "golpe do amor", modalidade em que criminosos marcam falsos encontros por aplicativos de relacionamento para sequestrar os alvos após emboscadas.

Ele foi mantido 24 horas como refém em um cativeiro em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. Um suspeito foi preso no local. O caso se soma a outros com o mesmo perfil ocorridos nas últimas semanas. Para o delegado Tarcio Severo, titular da 3ª Delegacia da Divisão Antissequestro do Departamento de Operações Especiais (Dope), a percepção é que crimes desse tipo estão em alta.

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Conforme a Secretaria dA Segurança Pública, policiais civis do Dope e da Delegacia Seccional de Carapicuíba realizaram diligências após a família da vítima notificar o sumiço. "Verificamos uma semelhança com um outro caso, de sexta-feira, que nós havíamos atendido e a vítima também foi libertada. Vimos que se tratava do mesmo padrão de conduta, o mesmo modus operandi, e fizemos uma diligência em locais que batiam com o outro caso", explica Severo.

Os agentes localizaram a vítima em um cativeiro em Barueri na noite de anteontem e a libertaram após ter ficado 24 horas refém. No local, ainda prenderam em flagrante um suspeito, de 27 anos, por extorsão e associação criminosa.

"A vítima reconheceu ele como sendo o responsável pelo arrebatamento, pela abordagem", afirma Severo. O prejuízo da vítima em transferências via Pix foi de R$ 10 mil, ainda segundo o delegado. As investigações prosseguem para localizar outros possíveis envolvidos nesse caso.

EM ALTA

Para Severo, os casos de sequestro relâmpago envolvendo vítimas que usam aplicativo de relacionamento aumentaram ao longo deste ano. "Antigamente, a gente pegava muitos casos de sequestro do tipo que a gente chama de crime de oportunidade. São sequestradores que saem para a rua em busca de vítimas aleatórias", afirma. "Hoje, não. Eles utilizam plataformas, sites, aplicativos de namoro se passando por uma mulher e atraindo a vítima até as proximidades do local do cativeiro."

O delegado explica que, desde o início deste ano, praticamente dobrou o fluxo de casos com esse perfil que são investigados pela 3ª delegacia da divisão antissequestro. "Em média, a gente está atendendo de dois a três casos por dia", afirma. Em geral, os sequestros duram cerca de 24 horas, mas o delegado já investigou casos que duraram até três dias.

 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Embora os sites de namoro online e as redes sociais tenham se tornado ferramentas cada vez mais populares para encontrar amor e amizade, infelizmente essas plataformas também se tornaram ferramentas populares para fraudadores conhecidos como “golpistas do amor” (também chamados de scammers, em inglês). Esses criminosos criam perfis falsos para atrair vítimas, estabelecer relacionamentos românticos e, eventualmente, extorquir dinheiro.

No Brasil, foram mais de 150 milhões de vítimas do phishing, golpe virtual que engana as vítimas com sites e aplicativos falsos que se passam por empresas ou pessoas famosas, apenas em 2021. A estimativa é do dfndr lab, laboratório especializado em cibersegurança da PSafe, divulgada em outubro do ano passado. Ou seja, os números foram apenas parciais.

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Golpes de romance acontecem quando as vítimas são enganadas em relacionamentos "falsos" por fraudadores que pretendem roubar seu dinheiro ou informações pessoais. Os golpistas românticos são especialistas em manipulação social e podem parecer muito convincentes. Muitos dos sinais de um golpista romântico são sutis porque o criminoso está tentando construir confiança antes de explorar a vítima.

“O perfil desses criminosos que praticam esse tipo de golpe é de se mostrarem apaixonados de uma forma muito rápida e avassaladora para em seguida solicitar dinheiro. Esses golpistas costumam estar bem vestidos, falam bem e esbanjam riqueza. Na maioria dos casos, os criminosos estudam os perfis de suas vítimas e coletam informações pessoais, como sua atividade de trabalho, nível de renda, estilo de vida e situação amorosa. Essa coleta de informações é mais fácil devido à superexposição das pessoas em redes sociais”, explica o chefe de comunicação social da Polícia Federal em Pernambuco, Giovani Santoro.

Abaixo, o policial federal detalha características desse tipo de golpe e alerta para a segurança, especialmente das mulheres, no ambiente cibernético.

Tipos de golpes mais comuns:

1. Sextorsão

É aquele no qual o criminoso entra em contato com a vítima afirmando ter nudes ou gravações de momentos íntimos e pede quantias de dinheiro em troca de não revelar as possíveis fotos ou filmagens que possui.

2. Catfish

É quando uma pessoa se passa por outra com o propósito de enganar a vítima emocionalmente ou financeiramente.

3. Golpe do Amor - manipulação emocional

É quando o criminoso após ganhar a confiança amorosa da vítima, abusa dos seus sentimentos para manipulá-las emocionalmente e depois aplicar golpes financeiros pedindo dinheiro sob diversos pretextos.

Dicas de segurança

1. Num início de relacionamento use primeiro a razão e depois a emoção - Usar a razão significa saber todas as informações necessárias da pessoa (onde mora, estuda, trabalha, estado civil, parentes) antes de se envolver afetivamente. Quando se tiver todas essas respostas, só então, é que se deve avaliar se vale a pena se envolver emocionalmente. Quando a emoção vem na frente da razão, o risco de ser enganado(a) é muito maior, porque via de regra quando alguém está apaixonado(a) as defesas contra golpista estão fragilizadas;

2. Se depois de alguns dias ou meses, a pessoa pedir dinheiro, sob qualquer pretexto (doença na família, custos para liberar valores de uma herança, pagar taxas de liberação na alfândega de um presente), não envie, especialmente para alguém com quem não tem certeza de quem é;

3. Perfis falsos utilizam identidade de terceiros, copiando e reproduzindo fotos de pessoas atraentes e muito bonitas para chamar a atenção das vítimas. Por isso se faz necessário, pesquisar as imagens através do Google Images ou TinEye. No caso de redes sociais como Facebook, Twitter ou Instagram, você pode verificar se um perfil é falso com o dfndr lab. Basta copiar o endereço da URL do perfil do qual você desconfia e colar na análise de links do site. Dê preferência aos perfis verificados. O próprio Tinder realiza uma comprovação das fotos postadas no perfil para se certificar de que elas realmente representam a pessoa que as postou;

4. Nunca compartilhe com a pessoa que você está conhecendo informações que podem comprometer você, como fotos ou vídeos com conteúdos íntimos;

5. Se você decidir encontrar alguém que tenha conhecido online, avise algum parente do local e horário e marque sempre em um ponto onde exista grande circulação de pessoas;

6. Para seduzir e enganar suas vítimas, os golpistas muitas das vezes, se passam por estrangeiros bem-sucedidos financeiramente, alegando, ainda, terem boas profissões, especialmente a militar;

7. Fique atento aos erros de português. Golpistas de fora do Brasil usam programas de tradução e, por isso, as frases ficam sem sentido e com erros de concordância.

Crime e penalidades

Os crimes cometidos por tais pessoas são: Estelionato previsto no Código Penal no artigo 171 com penas de um a cinco anos de reclusão. Quando o estelionato é cometido por informações repassadas por terceiros ou pela vítima através das redes sociais e por aplicativo amoroso, a pena é aumentada de quatro a oito anos de reclusão.

Como denunciar?

1. Ao desconfiar das intenções de alguma pessoa se passando por outra, o primeiro passo é denunciar o perfil fraudulento na própria plataforma do aplicativo. Você deve entrar em contato por meio do envio de uma solicitação online, incluindo o motivo da denúncia, o nome do perfil falso, fotos, prints de conversas e qualquer outra prova que você tenha.

2. Faça um Boletim na Delegacia Virtual através do Site da Secretaria de Defesa Social (https://servicos.sds.pe.gov.br/delegacia/) ou em caso de dúvidas, deve entrar em contato pelo telefone (81) 3184.3207. Para os demais estados, uma pesquisa rápida no Google com a pergunta “Delegacia Virtual da Secretaria de Defesa Social de (nome do estado)” já basta para encontrar o canal de denúncia.

Estatísticas

1. O Brasil é um dos países com o maior número de usuários cadastrados no Tinder;

2. Os aplicativos amorosos que mais sofrem com ataques de golpistas no Brasil são o Facebook, Instagram e Tinder;

3. Entre agosto de 2021 até fevereiro de 2022, uma empresa de cibersegurança (dfndr lab) já realizou o bloqueio de mais de 8,5 mil perfis falsos em redes sociais de namoro;

4. Os alvos mais comuns dos golpistas são perfis de pessoas de meia idade e recém-divorciados(as) ou viúvos(as), embora as vítimas possam ter qualquer idade”;

5. Um estudo publicado pelo aplicativo de Happn afirma que os brasileiros são os que mais mentem em aplicativos de paquera.

A Alfândega da Receita no Aeroporto Internacional de São Paulo em Guarulhos/Cumbica alertou nesta segunda-feira (24), que vem recebendo "um número crescente de ligações" de vítimas do chamado "Golpe do Amor" ou "Don Juan". O golpe geralmente tem início por meio de redes sociais e culmina na exigência de valores para que as vítimas tenham acesso a bens e dinheiro em espécie supostamente retidos no Aeroporto.

Segundo a Receita, os golpistas criam perfis falsos nas redes sociais, passando-se por estrangeiros em boas condições financeiras e com empregos prestigiados e estáveis. Após envolverem emocionalmente a vítima, declaram-se "apaixonados" e prometem o envio de bens diversos do exterior por via postal ou por meio de um viajante.

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A Receita em Guarulhos já recebeu relatos de casos em que os estelionatários fizeram propostas de casamento e anunciaram que mandariam caixas contendo presentes diversos, como óculos, bolsas, celulares ou anéis de ouro para o "noivado" - além de documentos pessoais e, em muitos casos, dinheiro em espécie em dólares, libras ou euros.

Após o suposto envio dos presentes, a quadrilha solicita dinheiro da vítima alegando que as mercadorias estariam retidas na Alfândega e só seriam liberadas após o pagamento de taxas e outros valores. Em geral, é fornecida uma conta corrente de pessoa física para depósito. Se a vítima deposita o valor solicitado, a quadrilha faz nova exigência alegando outro empecilho para a liberação da remessa ou da bagagem e, assim, sucessivamente.

A Receita adverte que não exige qualquer pagamento em espécie ou por meio de depósito em conta corrente. Todos os tributos aduaneiros administrados pelo Fisco são recolhidos por meio Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf).

A Receita destaca que, em caso de dúvidas, o contribuinte pode enviar seu questionamento ou contatar as Unidades de Atendimento da Receita Federal (http://idg.receita.fazenda.gov.br/contato).

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