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A polícia britânica anunciou nesta quarta-feira que recuperou "os últimos corpos visíveis" da Torre Grenfell, o edifício de moradias populares de Londres incendiado em 14 de junho.

A comandante da polícia, Stuart Cundy, explicou que os agentes buscaram pelas vítimas "meticulosamente" entre toneladas de escombros. A tragédia fez ao menos 80 mortos.

A polícia alertou, no entanto, que alguns corpos foram tão afetados que podem nunca ser identificados.

Até o momento, apenas 21 vítimas foram identificadas oficialmente, entre as quais um bebê de seis meses, sua irmã de 8 anos e seus pais, que viviam no 20º andar.

O incêndio no prédio Grenfell Tower, em Londres, foi provocado por um defeito no circuito-elétrico de uma freezer, informaram as autoridades britânicas nesta sexta-feira (23). O incêndio deixou 79 mortos no último dia 14 de junho.

Em uma coletiva de imprensa, a superintendente da MET Police, detetive Fiona McCormack, explicou que o material de revestimento do edifício não foi capaz de bloquear o fogo, que rapidamente se espalhou. O revestimento de todo o prédio era inflamável. O modelo de freezer que provocou o incêndio é Hotpoint FF175BP.

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Testemunhas relataram que, logo após o acidente, um morador disse acreditar que o fogo havia se originado em um de seus eletrodomésticos. A Grenfell Tower tinha 24 andares e abrigava entre 400 e 500 moradores. O local já tinha recebido denúncias, em 2013, por falhas na segurança.

As autoridades britânicas estão, agora, fazendo inspeções em outros prédios da capital que também corram riscos. Foram encontradas irregularidades em 11 estruturas.

O casal de italianos Gloria Trevisan e Marco Gottardi moravam no 23º andar do prédio Grenfell Tower, em Londres, onde ocorreu um incêndio que deixou 30 mortos e 24 feridos na última quarta-feira (14). Quando perceberam que as chamas estavam fortes e eles encurralados em um andar muito alto, tiveram a única reação de telefonar para os pais com o intuito de se despedir. “Sinto muito nunca mais poder te abraçar”, teria dito Gloria, como contou seu pai Loris ao jornal italiano “La Repubblica”.

“Eu tinha minha vida inteira pela frente. Não é justo. Eu não quero morrer. Eu queria te ajudar, te agradecer por tudo que fez por mim. Eu estou indo para o céu, vou te ajudar de lá” — essas teriam sido as últimas palavras de Gloria, como contou seu pai.

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Eles tinham 27 anos, eram arquitetos e teriam se mudado para o edifício em março. De acordo com os familiares, quando o casal viu o fogo pela televisão, a filha chegou a dizer na ligação que "queria descer, mas as chamas estavam subindo as escadas e a fumaça era cada vez mais intensa”.

Marco Gottardi também telefonou para sua família duas vezes. Primeiro tentou tranquilizar, e depois, já sem esperanças, o jovem teria dito que o apartamento estava “coberto de fumaça” e a situação era grave.

"Na primeira chamada, Marco nos disse para não nos preocuparmos, que tudo estava sob controle. Ele estava tentando minimizar o que estava acontecendo, provavelmente para não nos preocupar — disse — Mas na segunda ligação, e não consigo tirar isso da minha cabeça, ele disse a fumaça estava tomando tudo e tinha virado uma emergência. Nós ficamos no telefone até o último momento", contou o pai de Marco.

A linha telefônica caiu por volta de três horas da manhã. Fizeram centenas de ligações, mas não conseguiram mais contato.

Os dois italianos que permanecem desaparecidos após o incêndio em um prédio residencial de Londres, capital do Reino Unido, se chamam Gloria Trevisan, 27 anos, e Marco Gottardi, 28.

Namorados, eles são arquitetos originários do Vêneto, no norte da Itália, e dividiam um apartamento no 23º dos 24 andares da Grenfell Tower, o edifício consumido pelas chamas nesta quarta-feira (14). "Ficamos no telefone com eles até o último instante, depois eles disseram que o apartamento tinha sido invadido pela fumaça, e a comunicação foi interrompida. Esperamos um milagre", disse à ANSA Giannino Gottardi, pai de Marco.

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Os dois desaparecidos tinham se conhecido na Universidade de Veneza, onde estudavam arquitetura, e decidiram se mudar para Londres em março passado, com o objetivo de aperfeiçoar o inglês. Na capital britânica, encontraram trabalho em dois escritórios diferentes.

"Fomos acordados às 3h45 da madrugada pela mãe de Gloria, que havia sido avisada pela filha. Entramos em contato imediatamente com Marco, que minimizava o ocorrido. Acho que ele fazia isso para tranquilizar Gloria e minha esposa", contou Giannino, em lágrimas.

Segundo ele, o filho falava que o socorro estava a caminho e que a situação seria resolvida. "Às 4h07, houve o último e dramático contato, no qual eles nos diziam que o apartamento tinha sido invadido pela fumaça e que a situação se tornara emergencial. Desde então, não tivemos mais contato", acrescentou.

Um irmão de Gloria embarcou para Londres para tentar descobrir notícias com as equipes de resgate. Giannino relatou à ANSA que visitara o casal em maio e que o apartamento estava em boas condições. "Nunca imaginaríamos que poderia virar um inferno", disse.

Marco e Gloria estavam com viagem marcada para a Itália na semana que vem, para um curto período de férias e para celebrar o aniversário dele. 

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