A Arena Fonte Nova não lotou ao receber a sua primeira partida na Copa das Confederações. Talvez os brasileiros estejam se poupando para um clássico do futebol no próximo sábado (22). Não é todo dia que se pode assistir um Brasil e Itália perto de casa.
Mesmo não enchendo a casa, os brasileiros eram maioria, mas não faziam tanto barulho quanto uruguaios e nigerianos. Como se tivesse sido combinado previamente, a maior aglomerado das torcidas ficou atrás dos respectivos bancos de reserva.
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Antes do começo do jogo esses dois grupos eram os que ditavam a festa. Enquanto isso os brasileiros...Bem os brasileiros foram um caso diferente, de forma extrema, sobre o mesmo aspecto.
Um exemplo foi o tratamento dado ao atacante uruguaio Diego Fórlan. Ao ser anunciada a escalações dos times no telão, o atacante do Internacional-RS foi o mais aplaudido entre os 22 jogadores apresentados. Bastou a bola rolar para a situação se inverter. A cada vez que o jogador ia bater um escanteio e ficava mais perto do torcedor, era xingado por todo vocabulário de mal-dizeres baianos. O zagueiro Lugano também foi alvo das provocações.
Esse comportamento deixava explícita a preferência do torcedor nacional para o time africano. Mesmo com primeiro sendo marcado pelo Uruguai, os brasileiros não deixaram de apoiar os nigerianos.
O sentimento das arquibancadas subiu para a tribuna de imprensa. Os jornalistas que vieram da Nigéria cobrir a Copa das Confederações não se continham a cada ataque do time de seu país, levantando-se das cadeiras e aplaudindo as jogadas mais perigosas. “A atmosfera deste estádio traz um sentimento muito bom para os nigerianos”, revelou o jornalista Richard Nkosinathi, que vibrou muito no gol de empate dos africanos.
O perseguido Fórlan foi o responsável pela derrota da Nigéria. Engana-se que isso tirou o ânimo da parte verde do estádio. Mesmo com a derrota, não tem como dizer que a festa não foi completa.