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O prefeito Fernando Haddad (PT) sancionou nesta segunda-feira, 16, uma lei que vai facilitar a obtenção de alvará de funcionamento e pode retirar da irregularidade mais de 1,6 milhão de estabelecimentos. Pelas novas regras, locais de até 1,5 mil metros quadrados poderão tirar a licença definitiva sem apresentar o Habite-se e imóveis até 5 mil m² poderão conseguir alvará condicionado, com prazo de dois anos para regularização.

"O que nós queremos é dar ao empreendedor condições de se regularizar, desde que atenda aos critérios de segurança da cidade", disse o prefeito Haddad. Entre outros documentos, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), para os locais de reunião, e o atestado de responsável técnico continuarão sendo exigidos. Hoje, muitos estabelecimentos ficam em imóveis alugados nos quais os proprietários não têm interesse ou condições de conseguir o Habite-se (que atesta que a construção segue as normas da legislação municipal).

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A estimativa da Prefeitura de prováveis beneficiados pela não exigência do documento é feita com base na diferença entre o número de alvarás de funcionamento concedidos, cerca de 380 mil, e os mais de 2 milhões de CNPJs da cidade. Nessa estatística devem entrar ainda muitos donos de pequenos comércios na periferia da cidade e os donos de casas noturnas.

Também serão beneficiados empreendedores com negócios em prédios antigos do centro, construídos com especificações diferentes das atuais. De acordo com o projeto de lei, não entram na conta terrenos em áreas de manancial e invasões de áreas públicas.

A acessibilidade, também devidamente atestada por responsável técnico, é outra exigência para se conseguir o alvará. "Muitos não faziam acessibilidade porque isso não dava a garantia de licença de funcionamento. Como é um pré-requisito, acredito que vão investir, pois o valor é baixo", afirma o secretário municipal das Subprefeituras, Chico Macena.

Ele ressalta que documentos específicos relativos à segurança continuarão sendo exigidos. "Nas atividades que exigem outras licenças, nós continuaremos pedindo. Por exemplo: um posto de gasolina necessita de laudo ambiental e dos bombeiros", exemplificou. "Já locais de alimentação são fiscalizados pela Vigilância Sanitária, cujas licenças também continuarão sendo exigidas."

Macena afirma que não se trata de anistia e o processo para a obtenção do Habite-se continua correndo. "Todos os imóveis que se encontram irregulares terão seu processo, seja administrativo ou judicial, correndo em paralelo. Se houver decisão de demolição, por exemplo, será demolido", disse.

Site

O processo para a retirada de alvará continuará sendo feito pelo site da Prefeitura. Trata-se de um procedimento em que, depois de anexados os documentos requisitados, a licença é expedida na hora, de acordo com Macena. Ele afirma que a checagem se o material apresentado corresponde à realidade do estabelecimento é feita por amostragem pelos agentes vistores.

A lei entra em vigor 60 dias após ser regulamentada. O projeto é de autoria dos vereadores Ricardo Nunes (PMDB), George Hato (PMDB), Rubens Calvo (PMDB) e Nelo Rodolfo (PMDB). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Por Ariana Pinheiro

Encerra, nesta quinta-feira (10), o prazo para a entrega da relação de todos os alvarás para construção civil e documentos de habite-se concedidos pelos municípios, em dezembro de 2012.

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O alvará da construção civil é o documento emitido pela autoridade municipal que licencia a execução de uma obra. O habite-se autoriza o início da utilização efetiva de construções ou edificações destinadas à habitação.

Para os municípios que não tem um sistema próprio de controle de alvarás e habite-se, a Receita Federal disponibiliza, na sua página, um sistema gratuito de gerenciamento. 

Os documentos devem ser apresentados em arquivo digital e a não apresentação, no prazo fixado, sujeitará ao contribuinte uma multa que varia de R$ 1.523,57 a R$ 152.355,73.

O documento que certifica que imóveis imobiliários sejam liberado para uso poderá ser feito através da internet. Na Associação das Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), no Espinheiro, o lançamento de sistema eletrônico do Habite-se foi anunciado nesta terça-feira (28). O projeto vai reduzir em até 50% o prazo de emissão de documento que autoriza o uso do empreendimento na cidade, diminuindo assim, o custo da operação.

“Cerca de um terço dos empregos se devem à construção civil e ao setor imobiliário, responsáveis por definir o perfil urbanístico da cidade. São essas pessoas empregadas que agora podem se organizar para adquirir a casa própria e mover a economia. A redução da burocracia em metade no prazo de emissão do Habite-se é fundamental para otimização desse cenário”, comenta. Além do prefeito, a diretoria da Ademi-PE, secretários municipais e representantes do Sindicato da Construção Civil (Sinduscon) também fizeram parte da reunião.

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De acordo com a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), a estimativa é que em 30 dias a opção online do Habite-se esteja disponível no portal da prefeitura. As normas de como utilizar os serviços também serão publicadas para que as empresas possam se cadastrar e receber o treinamento. 

Com informações da assessoria

Um prédio de alto luxo no Jardim Europa, zona sul de São Paulo, com apartamentos de 280 metros quadrados avaliados em R$ 6,2 milhões, está irregular. Segundo a Prefeitura de São Paulo, o Edifício Villa Adriana, na Rua Frederic Chopin, construiu mais do que o permitido no projeto original aprovado pela administração. Por isso, teve seu Habite-se cassado na semana passada e foi multado em R$ 19.956,93.

Com 19 andares de altura, o prédio em questão ocupa uma área de 1,1 mil m² em uma das áreas mais nobres de São Paulo. Cada apartamento tem quatro vagas de garagem. O dúplex do último andar, com 515 m², é avaliado por sites especializados em mercado imobiliário em até R$ 11,5 milhões.

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A falta do documento municipal pode impedir que os apartamentos sejam alugados ou vendidos, além de submeter os moradores a multas municipais por ocuparem apartamentos sem autorização.

Segundo especialistas em legislação edílica ouvidos pela reportagem, o edifício está sujeito até à lacração. "Não ter Habite-se significa que o prédio não pode mais ser habitado. Além de multa, tem a pena de lacração", afirma Rossana Duarte, advogada especialista em negócios imobiliários do escritório Siqueira Castro. "O normal é se dar um prazo para a regularização, quando o caso não é grave ou envolve segurança", afirmou.

Além disso, a falta do documento impede que se saiba quais são as medidas de segurança tomadas pelo prédio, já que é ele que confirma que a construção foi feita segundo a legislação vigente. A Prefeitura afirmou apenas que as medidas cabíveis já foram adotadas e não detalhou o que pretende fazer daqui para a frente. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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