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Os conselhos de administração da suíça Holcim e sua rival francesa Lafarge concordaram na fusão de suas empresas para criar a maior fabricante de cimento do mundo, informou o jornal Le Figaro na edição deste domingo.

O jornal informou que o conselho da Holcim se reuniu na manhã de sábado e o da Lafarge, no final do dia, mas não forneceu a fonte. As duas empresas tinham confirmado as negociações para sobre uma fusão na sexta-feira.

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"Holcim e Lafarge acreditam que...há lógica em considerar uma potencial fusão que poderia trazer benefícios significativos a clientes, funcionários e acionistas", informaram as empresas em comunicados distintos, mas quase idênticos.

A nova sede do grupo será na Suíça, com instalações da companhia tanto na Suíça como na França. Bruno Lafont, chefe executivo da Lafarge, comandará as operações como CEO do novo grupo. Le Figaro disse que o novo presidente será suíço.

A companhia suíça havia dito sexta-feira que as conversas estavam em estágio "avançado".

De acordo com um ranking de 2013 da revista especializada Cement Global, que avalia a capacidade de produção global baseada em uma ampla gama de fatores, a chinesa Anhui Conch tinha uma capacidade de produção anual de 217 milhões de toneladas, seguida pela Lafarge, com 205 milhões de toneladas e Holcim, com 174 milhões toneladas. Portanto, a combinação das duas empresas criaria uma gigante do setor.

Fundada na Suíça em 1912, a Holcim emprega 71 mil pessoas, com unidades de produção em cerca de 70 países e presença de mercado em cada continente. A empresa contabilizou vendas líquidas de 19,7 bilhões de francos suíços (US$ 22,2 bilhões) em 2013.

A Lafarge iniciou suas operações em 1833 e atualmente emprega 65 mil pessoas em 64 países, com vendas de 15,8 bilhões de euros (US$ 21,6 bilhões).

Fonte: Dow Jones Newswires

O conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) Alessandro Octaviani propôs multas que, somadas, totalizam R$ 3,113 bilhões para as empresas envolvidas no cartel do cimento no Brasil. Para as entidades de classe do setor envolvidas no esquema, a multa soma R$ 5,320 milhões.

A multa para a Votorantim é de R$ 1,565 bilhão. Para a Itabira Agro Industrial, R$ 411,669 milhões. Para a Cimpor do Brasil, R$ 297,820 milhões. No caso da InterCement Brasil (antiga Camargo Corrêa Cimentos), a multa proposta é de R$ 241,7 milhões. Para a Holcim, é de R$ 508,593 milhões. Para a Cia de Cimento Itambé, R$ 88,022 milhões. A Holcim é reincidente, pois já foi condenada no chamado cartel da brita. Por isso, sua multa foi dobrada.

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A multa para as empresas referem-se a um porcentual confidencial que varia de 0,1% a 20% do valor do faturamento do grupo obtido no exercício de 2006, ano anterior à instauração do processo administrativo, em valores atualizados.

Para a Associação Brasileira de Cimentos Portland (ABCP), a multa proposta foi de R$ 2,128 milhões. Para a Associação Brasileira das Empresas de Serviço de Concretagem (Abesc), também R$ 2,128 milhões. A multa sugerida para o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento é de R$ 1,064 milhão.

As penas foram dadas pelo tamanho dos danos causados à economia e pela descaracterização da boa fé. "Os envolvidos na infração tinham consciência de sua conduta", afirmou Octaviani, relator do caso. Alguns dos critérios para definir a pena, segundo ele, são a gravidade da infração, a boa fé do infrator, a consumação ou não da infração, grau de lesão à concorrência, efeitos negativos ao mercado e reincidência.

Após o término da leitura do relatório, os demais conselheiros do Cade votarão a proposta do relator.

 

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