Tópicos | Horpital da Restauração

Os festejos juninos são marcados por muitos fogos de artifícios e fogueiras espalhadas por todo o Estado de Pernambuco. Entretanto, esses dois símbolos tradicionais do São João têm causado queimaduras graves em dezenas de pessoas. Para orientar e alertar a população sobre os cuidados neste período, o chefe da Unidade de Queimados do Hospital da Restauração (HR), Marcos Barreto, realizou uma coletiva de imprensa, na manhã desta quarta-feira (13), na unidade de saúde.

De acordo com o médico, cerca de cinco a seis casos de queimaduras são registradas por mês no HR. Quando começa o São João, o número salta para 50 a 70 pessoas queimadas. Segundo Barreto, o índice é registrado num prazo muito curto e geralmente se concentra nos dias e vésperas de São João e São Pedro. “Temos metade dos casos de queimadura distribuídos por 11 meses do ano e a outra metade somente em junho”, afirmou.

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Por ano, três mil pessoas queimadas dão entrada no HR. As vítimas geralmente são crianças – aproximadamente 55% dos casos – e moradoras do Interior do Estado – 60%. Os vilões são sempre os fogos explodidos pelos pequenos e as fogueiras altas e mal estruturadas. Os acidentes provocam queimaduras leves a gravíssimas, podendo levar a amputação de dedos e membros completos.

Desde o dia 1° deste mês quatro pessoas deram entrada na Unidade de Queimados do HR. Duas receberam atendimento e foram liberadas e outras duas permanecem internadas. “São dois meninos, de 12 e 9 anos, que tiveram queimaduras de 2ª grau profundo”, informou Barreto.

A costureira Josefa Tenório, 39, mãe de um dos garotos, conta como tudo aconteceu. “Meu filho estava pulando a fogueira com um amigo. Os dois acabaram se chocando e caindo no fogo. Ele entrou desesperado, pedindo ajuda e eu cheguei a achar que era brincadeira”, descreveu. Inicialmente o menino foi socorrido para o Hospital de Santa Cruz do Capibaribe e em seguida transferido para o Hospital da Restauração.

Moradora de São Domingo, distrito do Brejo da Madre de Deus, região do Agreste pernambucano, Josefa teve que deixar outro filho, o marido e o emprego para vir ao Recife. “Não imaginava que isso pudesse acontecer na minha família. Minha orientação é que as mães tenham mais cuidado, pois o que eu estou passando não desejo a ninguém”, finalizou.

Cuidados – O doutor Marcos Barreto orienta que em caso de queimaduras nada deve ser aplicado sobre a pele. Qualquer procedimento tem que ser feito por um profissional, por isso a vítima precisa procurar a unidade de saúde mais próxima. O uso de fogos de artifícios deve ser evitado, principalmente pelas crianças. Já as fogueiras devem ter no máximo 1 metro de altura e não serem acesas tão de perto.  “O ideal é utilizar uma estopa molhada no querosene e coloca-la no centro da fogueira. Isso funciona como um candeeiro e evita acidentes”, encerrou.

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