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No Brasil desde 2011, a Hyundai Elevadores surgiu como uma alternativa aos grandes fabricantes de elevadores, escadas rolantes e afins para atender a crescente demanda por estes equipamentos no País. No Recife, foi a empresa responsável por instalar a passarela que liga o Aeroporto Internacional do Recife à linha de metrô. Porém, ao que parece, a empresa vem tendo problemas para cumprir o que promete. Grandes construtoras têm reclamado do atraso na entrega de elevadores, o que motivou os empresários a acionarem o ministério público de Pernambuco contra a empresa.

Segundo Rodolfo Lira, empresário de Campina Grande, "falta honestidade" da Hyundai com os clientes. "Comprei os elevadores, estimados em R$ 500 mil e dividi em seis vezes. A promessa era de que quando terminasse de pagar a entrega seria feita e não foi o que aconteceu. Deram várias desculpas, mas o equipamento que deveria ter sido entregue em julho de 2015 não chegou até hoje e nem devolveram o dinheiro", afirma.

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Para não se prejudicar ainda mais, Lira teve que recorrer a outras empresas. "Tive que comprar de outro fabricante. Não entrei na justiça porque o que queria era resolver, mas sei de vários que entraram", complementa.

A reportagem apurou que a lista de prejudicados é extensa e atinge a maioria das grandes construtoras. Queiroz Galvão, Odebrecht, Rio Ave, Habil, Boa Vista e Modesto teriam encomendado elevadores à Hyundai e esperam até hoje pela entrega. Outra prejudicada foi a Moura Dubeux, que teve que seguir o mesmo caminho de Rodolfo Lira.

Em nota, a empresa afirmou que em 2015 foi constatada a quebra dos contratos de fornecimento e instalação de elevadores por parte da Hyundai Wollk, representante da Hyundai Brasil no Recife, cujos contratos previam o abastecimento de elevadores para três obras da incorporadora nos estados de Pernambuco e Ceará. Com isso, a construtora teve que recorrer a outros fornecedores para não atrasar o cronograma de entrega dos seus imóveis. "Com a decisão, a incorporadora assumiu o aumento dos custos com a contratação de novas empresas, sem ônus para os futuros moradores", diz a nota.

No caso da Construtora Rio Ave, os 16 elevadores comprados foram entregues, mas houve outro problema. “Eles chegaram dentro do cronograma previsto, porém demoraram na montagem”, afirma Alan Ferrão, gerente de planejamento da empresa.

Segundo Ferrão, a Rio Ave contornou os problemas e conseguiu entregar os empreendimentos, mesmo com a demora. “O planejamento da obra é feito com base na programação de entrega dos maiores equipamentos e o elevador é um dos itens que mais impactam no prazo final da obra”, explica.

Além do prejuízo financeiro, há outro dano que afeta as construtoras. “É complicado mensurar financeiramente o impacto desse atraso, visto que o maior prejuízo causado seria na imagem de um empreendimento, caso houvesse atraso na entrega”, completa Alan Ferrão.

A Moura Dubeux e a Rio Ave confirmaram que, junto à outras empresas e à Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (ADEMI), acionaram o Ministério Público no caso. A Odebrecht não negou a informação obtida pela reportagem, mas não quis se posicionar sobre o assunto, assim como outros empresários que preferiram não comentar “para não interferir no processo em curso”.

O LeiaJá entrou em contato com a Hyundai Elevadores Wollk. Por telefone, a funcionária Paula Koike disse que "não existia" nenhum problema no prazo de entrega dos elevadores. Já Francisco Kim, indicado como representante da Hyundai Elevadores do Brasil LTDA, apesar de ter se mostrado aberto a responder, não o fez até a publicação desta reportagem.

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