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A modelo transexual brasileira Valentina Sampaio disse em entrevista à AFP que se sente orgulhosa de ser um ícone do movimento transgênero, enquanto se prepara para a estreia nas passarelas de Milão na Semana de Moda, que começa na quarta-feira.

Com 1,77 de altura, olhos verdes, lábios carnudos, pele clara, cabelos castanhos e nenhuma maquiagem, a esbelta modelo é antes de tudo uma menina bela e tímida, que diz não ter sofrido as dificuldades da maioria das transexuais para ser aceita e que sonha em desfilar com grandes nomes da moda italiana, como Armani.

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Primeira transgênero a ser capa da revista de moda Vogue Paris, Valentina está satisfeita com a homenagem feita na edição francesa de março da famosa publicação.

"Sim, estou orgulhosa. Acho que este é um momento importante, a moda é um instrumento onde as coisas podem fluir livremente. Neste momento está sendo debatido (a questão dos transexuais), falado, para que no futuro a gente possa ser livre desses preconceitos", explica a modelo de 22 anos.

Valentina iniciou sua carreira no Brasil há quase quatro anos, chegando a ser embaixadora da L'Oreal e figura de destaque da Semana de Moda de São Paulo, em outubro de 2016, após desfilar para marcas como Água de Coco e Vitorino Campos.

"Quero seguir batalhando por um mundo melhor", diz a jovem, com tom suave, apesar de falar sobre um assunto tão delicado e doloroso como a transexualidade e sua luta para que seja vista como algo normal.

"Não vejo isso como um defeito, como uma anomalia", explicou Valentina, que durante toda a entrevista evitou usar os termos transgênero, transexual e a sigla LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

- Um segredo: a mudança de sexo -

"Cada um é cada um, João é João, Maria é Maria, Valentina é Valentina", diz, de forma divertida, embora não queira revelar seu segredo.

"Não falo disso", respondeu assertivamente ao ser questionada sobre a cirurgia de mudança de sexo.

Sobre a crescente visibilidade da transexualidade, Valentina assegura que "não quer rotular ou dar títulos".

"Me matriculei em Fortaleza na faculdade de Arquitetura, depois passei para a de Moda, por isso sempre quis visitar a Itália. Estou encantada", conta durante a entrevista realizada em um parque do centro de Milão, cidade que visita pela primeira vez.

Filha de um casal jovem, "meu pai tem 45 anos e minha mãe, 42", Valentina cresceu em uma pequena localidade do Ceará, onde garante que não se sentiu discriminada e contou com o respeito e apoio dos pais.

"Desde criança, desde menino, sempre me senti uma menina", afirma.

"Eu cresci no interior do nordeste, no Ceará, fui protegida naquele lugar pequeno, onde todo o mundo te conhece e te respeita. No começo da carreira aconteceram coisas. Também vi coisas, (ouvi) comentários feios", afirma, lembrando ter perdido um de seus primeiros contratos de uma campanha publicitária por ser transexual.

"Era uma marca mais conservadora. Decidiram que não era uma boa imagem para a marca", explica.

"Me senti mal, queria deixar esse trabalho. Mas aquilo não me parou", acrescentou.

Valentina, que não usa seu nome de batismo, junto com Lea T, filha do ex-jogador Toninho Cerezo, porta-voz da diversidade de gênero, racial e orientação sexual nas Olimpíadas do Rio-2016, faz parte do primeiro grupo de modelos brasileiras que lutam abertamente contra o preconceito e a violência contra os transexuais.

"O conselho que eu tenho para dar é que eles (os transexuais) têm que acreditar neles mesmas, mesmo nas dificuldades. Nada pode pará-los", diz a modelo que tem 35.000 seguidores no Instagram.

"Muitas vezes não existem oportunidades para essas pessoas, as portas estão fechadas quando chegam aos seus ouvidos. Acho que isso tem que acabar. É importante que qualquer trabalho que você vai fazer seja pelo seu profissionalismo, por seu talento", sustenta.

Valentina Sampaio, assim como a diretora da Vogue Paris, Emmanuelle Alt, estão convencidas de que a batalha estará vencida quando não for necessário explicar as razões pelas quais escolheram uma transexual para trabalhar.

O britânico George Michael, morto aos 53 anos, foi um astro mundial da icônica década de 1980, um cantor e compositor cujas melodias românticas escondiam uma vida pessoal tumultuada, permeada por problemas com drogas e separações.

Tanto na dupla Wham! como em sua carreira solo, compôs alguns dos maiores sucessos dos anos oitenta como "Careless Whisper" e "Faith", vendendo mais de 100 milhões de álbuns ao longo de quase quatro décadas.

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Nos últimos anos, no entanto, fez poucas aparições públicas, e a imprensa falava mais de seus incidentes relacionados com as drogas do que sobre sua música.

George Michael, que revelou publicamente sua homossexualidade em 1998, após sua prisão por atentado ao pudor em um banheiro público em Los Angeles, assumia sua vida particular complicada.

"As pessoas querem me ver como um personagem trágico, com sexo em banheiros públicos e uso de drogas, mas eu sequer considero isso como fraquezas. É apenas quem eu sou", disse ao jornal britânico The Guardian em 2009.

- Rei do mundo -

Georgios Kyriacos Panayiotou - seu verdadeiro nome - nasceu em East Finchley, em Londres, em 25 de junho de 1963, filho de um cipriota grego e uma inglesa.

Com Andrew Ridgeley criou Wham! em 1981. Com sua aparência bem cuidada, seu bronzeado permanente, penteado volumoso e imagem hedonista, soube encarnar o espírito da época e logo se tornou uma das maiores bandas britânicas, com sucessos como "Club Tropicana" e "Wake Me Up Before You Go-Go".

O sucesso foi tal que, em 1985, a dupla foi o primeiro grupo ocidental a tocar na China.

Depois de emplacar quatro singles no topo das paradas britânicas, Wham! se separou em 1986 e George Michael embarcou em uma carreira solo, com a intenção de cantar para um público mais adulto.

Seu primeiro álbum, "Faith" (1987), mostrou uma mudança de estilo. O cantor aparecia na capa do disco vestido de couro, com uma barba de três dias e brincos.

O álbum, cujo primeiro single foi "I Want Your Sex", provou ser um sucesso comercial e de crítica com milhões de cópias vendidas.

Esgotado pela sua promoção, George Michael levou três anos para lançar seu segundo álbum solo, "Listen Without Prejudice Vol. 1".

Anos depois, a morte de seu namorado brasileiro, Anselmo Feleppa, foi um duro golpe para o astro.

O cantor revelou sua homossexualidade em 1998, um ano após a morte de sua mãe. Mais tarde explicou que não queria revelar sua opção sexual enquanto sua mãe era viva.

Seguiu colhendo sucessos nos anos 90 e início dos anos 2000, causando polêmica em 2004 com "Shoot The Dog", contra a guerra no Iraque.

'Não acreditem nessas besteiras'

Em 2009, David Furnish, o marido do cantor Elton John, que cantou em com George Michael em "Don't Let The Sun Down On Me", disse que seus amigos estavam muito preocupados com a saúde do cantor.

Em 2010, foi condenado a oito semanas de cárcere por ter invadido uma loja com seu carro, sob os efeitos de maconha e de medicamentos.

No ano seguinte, anunciou que se separava de Kenny Goss após vários anos de relacionamento, e passou semanas em um hospital de Viena para tratar uma pneumonia que esteve preste a matá-lo.

Na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, cantou "White Light", uma canção que fala de sua hospitalização.

Em 2014, precisou ser levado de helicóptero a um hospital após cair do carro numa estrada.

Um ano depois, negou no Twitter as declarações feitas pela esposa de seu primo, segundo às quais o cantor consumia crack e maconha, e estava em um programa de desintoxicação.

"Queridos, não acreditem nas besteira (que leem) nos jornais. Elas vem de alguém que já não conheço e que não me vê há 18 anos", escreveu.

O simpático velhinho de roupa vermelha e barba branca que vemos nestes dias com destaque em centros comerciais de todo o mundo tornou-se um ícone cultural da sociedade de consumo do terceiro milênio.

Apesar de ter se baseado em um bispo que viveu no século IV da nossa era, o sorridente personagem que encanta as crianças foi elaborado nos últimos 17 séculos com elementos de mitos de diversas regiões e países.

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O personagem original foi um bispo da cidade de Mira, no antigo reino de Lícia - na atual Turquia - de nome Nicolau, célebre pela generosidade mostrada junto a crianças e pobres, mas que, mesmo assim, foi perseguido e preso pelo imperador Diocleciano.

Com a chegada de Constantino ao trono de Bizâncio, o bispo Nicolau foi libertado e pôde participar do Concílio de Niceia (325). Após a sua morte, foi canonizado pela Igreja Católica como São Nicolau. Surgiram, então, incontáveis histórias de milagres realizados pelo santo em benefício de pobres e desamparados.

Nos primeiros séculos após sua morte, São Nicolau tornou-se padroeiro da Rússia e Grécia, bem como de inúmeras sociedades beneficentes e das crianças, jovens solteiras, marinheiros, mercadores e prestamistas.

A partir do século VI, foram erguidas várias igrejas dedicadas ao santo, mas essa tendência foi interrompida com a Reforma, quando o culto a São Nicolau desapareceu da Europa protestante, com exceção da Holanda, onde era chamado de Sinterklaas.

Na Holanda, a lenda do Sinterklaas fundiu-se com antigas histórias nórdicas sobre um mago mítico que andava em um trenó puxado por renas, premiava com presentes as crianças boas e punia as que se comportavam mal.

No século XI, mercadores italianos que passavam por Mira roubaram relíquias de São Nicolau e as levaram para Bari, a partir do quê essa cidade italiana, onde o santo jamais pôs os pés, tornou-se um centro de devoção e peregrinação.

No século XVII, emigrantes holandeses levaram a tradição de Sinterklaas para os Estados Unidos, cujos habitantes adaptaram o nome para Santa Claus, mais fácil de ser pronunciado, e criaram uma nova lenda, consolidada no século XIX, sobre um velhinho alegre e bonachão que percorria o mundo em seu trenó no Natal, distribuindo presentes.

Enquanto nos Estados Unidos ele era conhecido como Santa Claus, do outro lado do Atlântico, no Reino Unido, chamava-se Father Christmas (Papai Noel). Com um nome ou outro, o certo é que o personagem baseado no bispo Nicolau tornou-se rapidamente o símbolo do Natal - estimulando as fantasias infantis - e, principalmente, um ícone do comércio de presentes de Natal, que envolve anualmente bilhões de dólares.

A tradição não demorou a cruzar novamente o Atlântico, dessa vez renovada, e se estender a vários países europeus, em alguns dos quais Santa Claus mudou de nome. Na França, o Father Christmas dos ingleses virou Père Noël, nome que os espanhóis e os portugueses traduziram para Papá Noel e Pai Noel - e a tradição se estendeu rapidamente à América Latina.

Dizem ainda que o visual moderno do Papai Noel (roupas vermelhas e gorro com barrete branco) teria sido uma invenção da Coca-Cola, que nos anos 30 promoveu uma campanha repaginando o Bom Velhinho com as cores oficiais de seu produto.

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Atriz, cantora, diretora e compositora brasileira. Assim é definido o histórico dos 75 anos de carreira artística de Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida por Bibi Ferreira, que está de volta ao Recife, no show intitulado “4XBibi”, marcado para ocorrer nesta sexta-feira (9) e sábado (10), às 21h, no Teatro RioMar, bairro do Pina, Zona Sul da cidade. A multiartista celebrará jubileu de diamante, apresentando no repertório canções de Amália Rodrigues, Carlos Gardel, Frank Sinatra e Edith Piaf. Confira um trecho do que ela preparou para o show:

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A intérprete revelou que os artistas escolhidos para compor seu show, são considerados por ela gênios raros da música, chegando até a ser muitas vezes difícil de escolher as canções. A exemplo de Gardel, que possui muitos tangos.

A construção de suas inspirações se deve ao talento de Edith Piaf. Segundo Bibi, a francesa é uma das melhores cantoras e compositoras que o mundo já teve: “Mulher deslumbrante, casou com quem quis, fez o que quis. Não ligava para roupas, nem joias, mas amava. ‘Saber amar’, era o que ela dizia”, ressalta, acrescentando que admirava até o vestido preto que Piaf costumava usar em suas apresentações e que isso também lhe inspirou, mas que desta vez, subirá ao palco, vestida de branco.

Em entrevista, Bibi revela que em Pernambuco Capiba fez parte de suas maiores referências. “Ele era quem me alimentava, como Pernambuco e Recife. Ele tinha as músicas que eram dele, e passava para mim. Mas, com relação à invasão artística pelo país, Pernambuco tem andado muito pouco musicalmente lá por baixo (Sul). Pernambuco se esqueceu do Sul do País, mas o Sul do País não esqueceu de Pernambuco”,  afirmou Bibi, acentuando que atualmente são raros os jovens que escolhem seguir vida artística, citando como exemplo os cantores Leandro e Leonardo, no início de sua trajetória e, atualmente, o sertanejo do joven, Luan Santana.

A turnê, que inicialmente seria voltada para as canções de Dorival Cayme, acabou sendo vestida pelos clássicos que compõem o “4XBibi”, apresentada em todo o País com majestosa elegância, sinceridade e sabedoria, no auge de seus 94 anos. Os ingressos estão à venda com valores entre R$ 130 a R$ 260, disponíveis na bilheteria do teatro ou na internet

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Vera Caslavska, lenda da ginástica tcheca e sete vezes campeã olímpica entre 1964 e 1968, morreu na noite desta terça-feira, aos 74 anos, após uma longa doença, anunciou a agência CTK, citando fontes ligadas à ex-atleta.

Nascida em 3 de maio de 1942 em Praga, Vera Caslavska ganhou três medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos de 1964 em Tóquio e outras quatro medalhas de ouro no México-1968.

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Também conquistou quatro ouros nos campeonatos mundiais, e outras onze medalhas nas competições da Europa.

Ícone da década de 1960, Vera Caslavska viveu seus anos de glória em pleno apogeu do regime comunista.

A menina loira de sorriso encantador foi eleita em 1968 melhor atleta do mundo e uma das mulheres mais populares da época junto a Jacqueline Kennedy.

No mesmo ano se manifestou contra a ocupação da Checoslováquia pelas tropas soviéticas, razão pela qual foi rejeitada pelo regime pró-Moscou até 1989.

Sofreu interrogatórios da polícia comunista e foi obrigada a trabalhar durante um período na limpeza doméstica para poder alimentar seus filhos.

Seu declínio começou após a morte em 1993 de seu marido Josef Odlozil, medalhista de prata em 1.500 metros em Tóquio, por uma briga com seu filho Martin.

Caslavska ficou reclusa em uma casa isolada, com forte depressão, e foi vista poucas vezes durante vários anos.

Após sua saída de cena voluntária, voltou de novo a participar da vida pública do país.

O Festival de Cannes anunciou nesta terça-feira que a Palma de Ouro honorária de 69ª edição vai premiar a trajetória do francês Jean-Pierre Léaud, ator-fetiche de François Tuffaut e protagonista de "La muerte de Luis XIV", do espanhol Albert Serra.

Leaud, de 71 años, interpreta o rei sol em seu ocaso no filme de Serra, que será exibido em Cannes em 19 de maio em uma sessão especial do programa oficial do festival.

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Ícone da Nouvelle Vague, Léaud atuou pela primeira vez para Truffaut ainda adolescente em "Os Incompreendidos" (1959) e acompanhou o mestre francês em outros grandes filmes ao longo da carreira.

O ator receberá o prêmio durante a cerimônia de encerramento do festival em 22 de mayo. Léaud "faz parte da lenda de Cannes", afirma a organização em um comunicado.

"Este jovem extrovertido e turbulento desembarcou em 1959 na Croisette aos 14 anos e sua espontaneidade encarna o vento de liberdade que a Nouvelle Vague fez soprar sobre a sétima arte".

O personagem de Antoine Doinel, interpretado por Léaud, voltou a aparecer nos filmes de Truffaut Antoine e Colette (1962), Beijos Proibidos (1968), Domicílio Conjugal (1970) e O Amor em Fuga (1979), recorda a organização do festival, que começa na quarta-feira.

Léaud também atuou para Jean-Luc Godard em "Alphaville" (1965), O Demônio das Onze Horas (1965), "Masculino-Feminino" (1965) e "A Chinesa" (1967). Também trabalhou com Bernardo Bertolucci ("O Último Tango em Paris", 1972), Jacques Rivette, Aki Kaurismaki, Olivier Assayas e Philippe Garrel, entre outros.

Maureen O'Hara, a estrela ruiva de "Como era verde o meu vale" e "Milagre na rua 34", uma das grandes atrizes irlandesas de Hollywood, faleceu aos 95 anos - informaram neste sábado sua família e o presidente da Irlanda, Michael Higgins.

Um autêntico ícone da época de ouro do cinema de Hollywood, entre os anos 1940 e 1950, a atriz, que chegou a ser considerada a mais bonita do mundo, também encarnou uma mulher lutadora, ao lado de John Wayne em "Depois do vendaval" (1952).

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A atriz protagonizou mais de 60 filmes.

"Sempre fui uma garota irlandesa difícil", admitiu ela em uma entrevista ao "Daily Telegtraph" em 2004.

"Mostrei que era uma atriz puro sangue. Não apenas pelo meu rosto, que também me deu frutos", completou.

Sua família disse que a atriz, de dupla nacionalidade (Irlanda e Estados Unidos), faleceu em sua casa em Boise, no estado americano de Idaho.

Maureen foi homenageada com um Oscar honorário em 2014.

Mickey Mouse, ícone cultural americano, chegou nesta terça-feira à Praça da Paz Celestial (Tiananmen) de Pequim, o coração simbólico do Estado chinês, com a abertura de uma exposição a poucos metros do mausoléu do líder comunista Mao Tsé-Tung.

Na entrada do Museu Nacional da China, na mesma área em que manifestantes pediram democracia em 1989, os visitantes eram recebidos com cenas de "Steamboat Willie", o curta-metragem de 1928 que é considerado como a estreia do personagem mais conhecido da Disney.

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Alguns visitantes consideraram que o título da mostra, "Desenhado a Partir da Vida: A Arte da Disney Animation Studios", tem pouca relação com sua experiência.

"Estes filmes refletem valores americanos e sua ética é muito diferente da que nos ensinam os desenhos animados na China", afirmou a estudante de animação Ling Kewen, de 25 anos.

Os desenhos modernos chineses são cópias animadas de contos antigos, com poucas ou nenhuma alteração a respeito da história original para atrair audiências jovens, lamentou a estudante, para quem a animação americana estimula a criatividade, a coragem e o amor.

"Mas seus valores de alguma forma já são universais, por causa do imperialismo cultural americano", afirmou sua amiga, Ouyang Lihai, de 24 anos.

Apesar da censura e das cotas para filmes estrangeiros na China, os longas-metragens de animação americanos geralmente têm exibição garantida nas salas de cinema do país comunista.

A atriz egípcia Faten Hamama, um ícone do cinema árabe e ex-mulher do famoso ator Omar Sharif, faleceu neste sábado, aos 83 anos - declarou seu filho Tarek Sharif à AFP.

Faten não tinha nem dez anos quando começou sua carreira no cinema. Atuou em mais de 100 filmes e trabalhou com alguns dos grandes diretores egípcios, entre eles Yussef Chahin. Dividiu as telonas, algumas vezes, com seu ex-marido Omar Sharif, que se converteu ao Islã para casar com ela.

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A cantora e atriz libanesa Sabah, considerada um ícone do mundo árabe, faleceu nesta quarta-feira aos 87 anos, informou a imprensa local. Sabah, cujo nome verdadeiro era Jeanette Gergi Feghal, morreu durante a manhã na região de Beirute.

A artista nasceu em 1927 no pequeno vilarejo de Bdadoun e começou a cantar em 1940, no início de uma carreira com quase 50 álbuns e mais de 3.000 canções gravadas. Também fez sucesso no cinema, essencialmente no Egito, onde atuou em quase 100 filmes.

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Sabah era famosa no mundo árabe por ter apresentado shows e por suas participações em programas de televisão. Sua agitada vida sentimental e os vários casamentos sempre foram muito noticiados pela imprensa. Reconhecida por sua voz expressiva, a diva da música folclórica também tinha as nacionalidades jordaniana, egípcia e americana.

Abelardo da Hora faleceu às 8h49 desta manhã de segunda-feira (23). O escultor pernambucano pernambucano tinha 90 anos e estava internado no Hospital Memorial São José desde o dia 17 de agosto com um quadro agravado de pneumonia. A causa da morte foi uma insuficiência cardiorrespiratória.

Muito além de um escultor, pintor, ceramista, desenhista ou poeta, Abelardo é um dos grandes mestres das artes plásticas, assim como José Cláudio, Francisco Brennand, Maria Carmem e Gilvan Samico (Leia nosso especial sobre o artista aqui).

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O interesse por arte surgiu de forma inusitada, quando Abelardo tinha 12 anos. Instigado pela mãe, que ansiava em ver os filhos formados e com uma profissão, matriculou-se na Escola Industrial Professor Agamemnon Magalhães (atual ETEPAM) juntamente com seu irmão mais novo, Luciano. Por falta de vaga no curso de Técnico Mecânico, o menino que era apaixonado por zeppelins e queria ser engenheiro mecânico, acompanhou o irmão menor no curso de Artes Decorativas.

Boa parte das obras de arte de Abelardo da Hora pode ser encontrada na própria casa do artista, que desde a sua entrada está completamente cheia de peças que representam diversos períodos da sua história. No mesmo endereço, na Rua do Sossego (área central do Recife), fica o Instituto Abelardo da Hora, criado para divulgar e manter o acervo do escultor, além de reviver a ideia do próprio Movimento de Cultura Popular, do qual o artista foi um dos criadores.

O velório será na Assembléia Legislativa do Estado de Pernambuco às 15h de hoje (23). O sepultamento será às 11h de amanhã, quarta feira (24), no cemitério de Santo Amaro. 

"Abelardo é um mestre das artes do brasil, um educador, deixou uma geraçao de grandes artista. Um exemplo de ética, tão ausente esses dias." comentou Abelardo Jr, filho do artista, que também falou sobre os últimos problemas de saúde do pernambucano: "A vida inteira ele foi um guerreiro. Estava internado há 34 dias por conta de uma virose que se transformou numa pneumonia. Ele superou a pneumonia, depois 4 infecções pulmonares - entre a 2ª e 3ª infecções, ele teve um AVC, que também conseguiu superar." em entrevista ao Portal LeiaJá.

"É um momento de tristeza muito grande para toda a família e para todos que o admiravam. Sabemos que ele era um cara muito forte e vinha resistindo bravamente as internações e complicações. Hoje, infelizmente, não conseguiu resistir e acabou falecendo" afirmou Claudionor Germano, irmão do artista.

"As lembranças que quero ter dele são ótimas, animado, alegre e brincalhão. Meu tio gostava de estar sempre rodeado de pessoas, fazendo amizades. A família está unida neste momento tão triste, mas reconhecemos que meu tio foi um guerreiro em sua trajetória de vida e até na horar de se despedir" declarou o cantor Nonô Germano, sobrinho do artista.

Uma das últimas obras produzidas por Abelardo foi a escultura O Artilheiro, feita em bronze polido e com cinco metros de altura. A obra foi inaugurada no dia 31 de julho (aniversário do artista) em frente à Arena Pernambuco, localizada em São Lourenço da Mata, terra natal do escultor.

Veja algumas das obras do artista:

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 (Atualizado às 13h)

O consagrado cantor e compositor americano Lou Reed, um dos ícones do rock, líder da mítica banda The Velvet Underground, nos anos 1960, morreu aos 71 anos, informaram a imprensa e seu agente este domingo (27). A morte de Reed, intérprete de Walk on the wild side e Perfect day, que tinha sido submetido a um transplante de fígado meses atrás, foi anunciada pela revista especializada Rolling Stone e confirmada por seu agente ao jornal britânico The Guardian.

Procurados pela AFP, nem seu agente, nem seu selo fonográfico puderam ser contatados. Uma das personalidades mais emblemáticas da cultura pop, Lou Reed foi o fundador da banda The Velvet Underground, no final dos anos 1960, e em seguida conduziu uma brilhante carreira solo. O músico era casado desde 2008 com a também artista Laurie Anderson, sua companheira de muitos anos.

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O cantor nasceu em 1942 no Brooklyn (sudeste de Nova York), onde morava até hoje, e era uma das lendas vivas da cidade, ao lado do cineasta Woody Allen e da cantora Patti Smith, entre outros. Poeta urbano e guitarrista, Lou Reed demonstrou como poucos a dureza, a tristeza e o romantismo da vida nas grandes cidades, dando espaço em suas canções até para os marginalizados, como os homossexuais e os drogados.

Produzido em 1967 pelo celebrado artista plástico Andy Warhol, The Velvet Underground & Nico, o primeiro álbum da banda que formou junto com John Cale e no qual cantou, a princípio, com a modelo e musa Nico, é considerado uma das obras-primas do rock. O álbum inclui canções como I'm Waiting for the Man (sobre um jovem que espera a chegada do traficante), Sunday Morning (que evoca a desolação da manhã após os excessos da noite anterior) e Heroin, hino à droga cuja dependência levaria muitos de sua geração.

Após a separação da banda, no começo dos anos 1970, Lou Reed começou uma carreira solo e em 1972 lançou seu disco mais famoso, Transformer, no qual se destaca a faixa Walk On the Wild Side, um convite a viver a uma vida de excessos e que celebra os travestis e os homossexuais.  Satellite of Love e Perfect day são outras duas grandes canções deste álbum, regravadas por muitas bandas, sendo que a última integrou a trilha sonora do filme 'cult' Trainspotting (1996), do diretor escocês Danny Boyle.

A Transformer se seguiram outras obras muito conhecidas como Berlin (1973) e Coney Island Baby (1976). Nos últimos anos, Lou Reed estava dedicado a vários projetos ecléticos, como uma colaboração com a banda Metallica e um livro de poesias inspirado em O Corvo, do escritor americano Edgar Allan Poe.

Lou Reed sofreu graves problemas de saúde nos últimos tempos, que o levaram a fazer um transplante de fígado em maio passado em uma clínica de Cleveland (Ohio, norte dos Estados Unidos). Reed "estava morrendo", teria dito na ocasião Laurie Anderson, ao comentar a operação, admitindo não saber se seu marido conseguiria se recuperar completamente.

Um incêndio destruiu na Holanda a casa em que supostamente nasceu a dançarina exótica e espiã da Primeira Guerra Mundial Mata Hari, informou a imprensa local neste domingo.

Um homem morreu no incêndio que ocorreu na noite de sábado na cidade de Leeuwarden, 140 km ao norte de Amsterdã. O fogo destruiu várias construções, incluindo a casa em que Mata Hari, ou Margaretha Geertruida Zelle, teria nascido em 7 de agosto de 1876, filha de um comerciante local.

Zelle viajou para Paris em 1903, onde se tornou famosa em toda a Europa por causa de suas danças exóticas e sua ligação com vários homens da alta sociedade. Seu nome virou sinônimo do arquétipo da 'femme fatale'.

Mata Hari foi presa e executada por um pelotão de fuzilamento em outubro de 1917, aos 41 anos, depois de ser acusada de ser espiã alemã durante a Primeira Guerra Mundial. Vários filmes foram feitos sobre ela, que foi interpretada por estrelas como Greta Garbo, Zsa Zsa Gabor e Sylvia Kristel.

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