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Na última quinta-feira (14), foi divulgado, no México, o relatório 2013 das Nações Unidas para o Desenvolvimento, que aponta os índices de desenvolvimento humano sustentável e avalia as condições de vida das populações ao redor do mundo.

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De acordo com a pesquisa publicada, o Brasil continua na 85ª posição em Índice de Desenvolvimento Humando (IDH), que mede o progresso de um país por meio de três aspectos: renda, saúde e educação. Ainda segundo o relatório, a América Latina continua registrando a maior desigualdade social do planeta.

Na reportagem da AFP, confira mais informações sobre o assunto.



Insatisfeito com o resultado do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), o governo apressou-se para contestar os dados e questionar o levantamento feito pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). "Alguns países podem não ter dados atualizados, mas nós temos. (O Pnud) Sistematicamente, usa dados que nós não reconhecemos, dados defasados", criticou a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. "Os dados brasileiros estão incorretos, a avaliação é injusta com o Brasil."

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, também criticou o levantamento: "Se distribuímos renda, se reduzimos a população em extrema pobreza, se temos uma grande mobilidade social, por que o indicador do IDH não reflete tudo que fizemos?". O Brasil manteve o 85.º lugar na lista do Índice de Desenvolvimento. A média obtida foi de 0,730 de uma escala que vai de 0 a 1. Com essa nota, o País permanece no grupo de "desenvolvimento humano alto".

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De acordo com Tereza, o governo recebeu o relatório "com sentimentos divididos". "A leitura do relatório qualitativo é uma leitura que, particularmente, nos orgulhou a todos; durante todo o relatório (há), referências elogiosas, somos citados como modelo (de) novo desenvolvimento inclusivo, novo paradigma, em vários momentos o Brasil é destacado como referência nas inovações de políticas sociais", afirmou. "Quando vamos para a construção dos indicadores, os dados continuam desatualizados, se todos os países tivessem dados desatualizados, ficariam todos frustrados. Algumas metodologias não entendemos, continuamos frustrados com esses indicadores e ranqueamento."

Em nota, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) considera que os dados de educação usados no relatório são "de 2005 e de fontes não reconhecidas pelas agências estatísticas nacionais". "Para alguns países, os dados utilizados no cálculo são atualizados para o ano de 2010", alega.

Segundo o Inep, dois importantes indicadores da área - a média dos anos de escolaridade e anos de escolaridade esperados - "apresentam graves distorções". "No que se refere à 'média de anos de escolaridade', os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) 2011 indicam um valor de 7,4 anos para a população de 25 anos ou mais, enquanto o Pnud utiliza um valor de 7,2 anos. Quanto aos 'anos de escolaridade esperados', o Pnud apresenta um valor para o Brasil igual a 14,2 que se mantém constante desde o ano 2000. A razão dessa grave distorção, além da desconsideração dos dados oficiais mais recentes, é a não consideração das crianças de 5 anos matriculadas na pré-escola, bem como das matriculadas nas classes de alfabetização (CA), ou seja, são desconsiderados no cálculo cerca de 4,6 milhões de matrículas de crianças brasileiras", diz a nota. "Só queremos que corrijam aquilo que é de direito do País", declarou Mercadante. Conforme ele e a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, funcionários da administração federal viajarão a Nova York para discutir com técnicos do Pnud os dados usados no levantamento.

O governador do Estado, Eduardo Campos, anunciou nesta segunda-feira (21), no Palácio do Campo das Princesas, o lançamento das novas formas de co-financiamento da Política Estadual de Fortalecimento da Atenção Primária em Pernambuco. Com esta nova implantação, o governo pretende investir, ainda em 2011, mais de 24 milhões na Atenção Primária. Ano passado, este valor foi de 4,5 milhões. Para o ano que vem, espera-se que, os investimentos ultrapassem a marca dos 30 milhões. São 185 municípios ao todo, destes, 68 serão beneficiados por estarem abaixo da média.

Este financiamento passa a contar com três modalidades: a primordial está voltada para o Piso Estadual da Atenção Primária à Saúde, com investimento de 10 milhões, que serão repassados a todos os municípios que possuem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), abaixo da média.

De acordo com Eduardo Campos, o governo vem fazendo várias parcerias com os municípios, buscando também captação de recursos junto ao Governo Federal. “Compramos equipamentos de resgate, ambulâncias, para garantir que, mesmo aquele cidadão do interior tenha a cobertura do Samu”, afirmou.

Já o Secretário Estadual de Saúde Antonio Carlos Figueira, o nosso Sistema Único de Saúde, continua sendo referência para outros países. “O investimento será distribuído para custear os gastos. Os municípios que atingirem as metas, entre elas a redução da taxa de mortalidade infantil, receberão uma premiação para manter o bom exemplo”, relatou o secretário.

Novas formas de co-financiamento da política estadual de fortalecimento da Atenção Primária no estado serão anunciadas nesta segunda-feira (21) pelo governador Eduardo Campos. O ato será realizado no Palácio do Campo das Princesas, às 11h30.

O co-financiamento da Atenção Primária passará a contar com três modalidades: a primeira é o Piso Estadual da Atenção Primária à Saúde, que terá investimentos de R$ 10 milhões e será repassado a todos os municípios. Desse total, cerca de 60% serão destinados às cidades que possuem o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) menor que o do estado, de 0, 705.

Com o anúncio do novo projeto, o governo do estado investirá, em 2011, mais de R$ 24 milhões na Atenção Primária. Em 2010, esse valor foi de R$ 4,5 milhões. Em 2012, os investimentos devem ultrapassar a marca dos R$ 30 milhões. Desse valor, R$ 20 milhões serão repassados como premiação, estimulando assim, o bom exemplo e o gasto eficiente dos recursos públicos.

Os brasileiros estão tão felizes com a sua vida quanto populações muito mais ricas, como os alemães, belgas e islandeses. Em uma escala de 1 a 10, a população do país deu nota 6,8 para sua vida, enquanto os alemães acreditam que seu dia-a-dia merece 6,7, os belgas e islandeses, 6,9, e os noruegueses - país com maior IDH no mundo - 7,6.

Comparado aos 10 países com melhor IDH, o Brasil se mostra mais preocupado em geral com o aquecimento global (para 94,9%, o tema é grave, ante 43,7% da Noruega), reconhecem em maior grau que o aquecimento global é causado por ação humana (81,3%, contra 50,1% da Suécia), estão menos satisfeitos com as ações para preservar o meio ambiente (48,2% versus 66,1% dos Países Baixos), menos satisfeitos com a qualidade do ar (68,2%, inferior aos 93,1% da Austrália) e menos satisfeitos com a qualidade da água (83,1%, ante 89% da Nova Zelândia).

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Apesar disso, o brasileiro apresenta baixa atividade em grupo ambientalista: apenas 7,2% da população participa de alguma iniciativa desse tipo, número inferior aos dos 10 mais países mais bem colocados no IDH, onde a porcentagem varia de 11,4% (Suécia) a 24,6% (Nova Zelândia).

Se nada for feito, uma parte considerável dos avanços mais recentes no desenvolvimento humano poderá ser perdida nas próximas décadas pela degradação ambiental. Projeções feitas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) no relatório Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) 2011 apontam que o IDH poderá ser 8% menor do que a projeção inicial em um cenário de "desafio ambiental" em que se confirmem as perspectivas atuais de aquecimento global. Na África Subsaariana e no sul da Ásia, regiões mais pobres do globo, essa diferença pode chegar a 12%.

"Em um cenário de 'catástrofe ambiental', ainda mais adverso, que antevê uma vasta desflorestação e degradação do solo, reduções dramáticas da biodiversidade e uma aceleração dos fenômenos climáticos extremos, o IDH global seria aproximadamente 15% inferior ao previsto", diz o relatório.

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Os efeitos da degradação ambiental, avisa o PNUD, serão sempre mais fortes justamente na população mais vulnerável. Seus principais efeitos são o aumento da poluição, a diminuição da água potável, das reservas pesqueiras e da terra agricultável e o aumento das catástrofes ambientais como secas e enchentes. A previsão mais pessimista do relatório aponta para um possível aumento de 30% a 50% no valor dos alimentos nas próximas décadas, com impacto direto entre os mais pobres.

"De uma maneira geral, as tendências ambientais ao longo das últimas décadas demonstram uma deterioração em diversas frentes, com repercussões adversas no desenvolvimento humano, especialmente para os milhões de pessoas que dependem diretamente dos recursos naturais para a sua subsistência", diz o relatório. "Estas previsões sugerem que, em muitos casos, os mais desfavorecidos suportam e continuarão a suportar as repercussões da deterioração ambiental, ainda que pouco contribuam para o problema".

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