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A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) sabatina nesta terça-feira (21), em reunião marcada para às 10h, o ministro da Justiça licenciado, Alexandre de Moraes, indicado pelo presidente Michel Temer para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Além dos senadores, os cidadãos podem participar da sabatina enviando perguntas e comentários pelo Portal e-Cidadania.

Alexandre de Moraes é o primeiro nome escolhido para o tribunal por Temer, que assumiu a chefia do Executivo em maio de 2016. Ele foi indicado para a vaga deixada pelo ministro Teori Zavascki, que faleceu em um acidente aéreo no dia 19 de janeiro.

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Questionamentos

Durante a sabatina, os senadores membros da CCJ podem perguntar a Alexandre de Moraes suas opiniões sobre temas que estejam na alçada do STF ou em discussão na sociedade e no Congresso Nacional. Também podem interpelar o indicado a respeito de seu currículo profissional e outros fatos de sua vida que considerarem relevantes.

Cada senador terá dez minutos para formular seus questionamentos, e Moraes terá o mesmo tempo para responder. São previstas também réplica e tréplica, de cinco minutos cada.

A sabatina não tem limite de tempo, e sua duração pode variar muito. A do ministro Edson Fachin, em 2015, prolongou-se por mais de 11 horas, enquanto a de Teori Zavascki, em 2012, foi concluída em pouco mais de três horas.

Votação

Imediatamente após a sabatina, a comissão votará a indicação, em procedimento secreto. O nome precisa ser aprovado pela maioria simples dos membros (maioria dos presentes à reunião). Caso o resultado seja favorável à indicação, o parecer da CCJ será encaminhado ao plenário do Senado. O presidente do Senado, Eunício Oliveira, já manifestou a intenção de fazer a votação em plenário no mesmo dia.

Alexandre de Moraes precisa da aprovação de, pelo menos, 41 dos 81 senadores para tornar-se o novo ministro do Supremo Tribunal Federal. A votação em plenário também será secreta.

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, José Maranhão (PMDB-PB), marcou para 12 de maio a sabatina do jurista Luiz Edson Fachin, indicado ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) pela presidente Dilma Rousseff.

As reuniões da CCJ costumam acontecer às quartas-feiras, mas a antecipação da sabatina foi combinada com parlamentares da base aliada para que a indicação seja submetida ao plenário já no dia seguinte, quando não deve haver problema de quórum na Casa.

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Indicado pela presidente Dilma no dia 14 de abril, o nome de Fachin vem enfrentando resistência de diversos senadores, a começar pelo presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que está descontente com o governo e vê na rejeição do nome indicado por Dilma uma forma de medir forças com o Palácio do Planalto.

Na última quarta-feira, 29, quando o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) apresentou o seu parecer favorável ao nome do jurista, parlamentares tanto da base quanto da oposição afirmaram que era preciso mais tempo para tirar dúvidas sobre o currículo de Fachin. Apoiados por uma questão regimental, o grupo conseguiu adiar a sabatina inicialmente prevista para esta semana.

A expectativa é que Fachin seja muito questionado durante a sessão da CCJ, principalmente por conta de suas posições consideradas mais progressistas em áreas como direito da terra e da família. A oposição também coloca em dúvidas a capacidade de fazer julgamentos imparciais do indicado, já que nas eleições de 2010 ele gravou um vídeo de apoio a Dilma.

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