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Cristina de Borbón, irmã do rei da Espanha, Felipe VI, foi absolvida nesta sexta-feira, mas seu marido, Iñaki Urdangarín, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por improbidade administrativa, informou o tribunal.

Segundo o advogado de defesa, a infanta Cristina se mostrou satisfeita com sua absolvição, mas entristecida pela condenação do marido.

O tribunal de Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares, absolveu a infanta Cristina como cúmplice de fraude fiscal.

Dona Cristina Federica de Borbón e Grécia teve o veredicto decidido oito meses depois que o julgamento foi realizado.

Mesmo assim, deverá pagar uma multa de 265.000 euros - montante já restituído durante o procedimento - por sua responsabilidade civil como beneficiária dos lucros obtidos por seu marido.

Na Casa Real, que afastou a infanta dos atos oficiais depois da explosão do escândalo, um porta-voz limitou-se da expressar "o máximo respeito pela independência do Poder Judiciário".

Os juízes, em compensação consideraram Urdangarín culpado por ter feito malversação, junto com seu ex-sócio, de milhões de euros públicos entre 2004 e 2006 através de uma fundação presidida por ele.

Além dos seis anos e três meses de prisão, deverá pagar uma multa de 512.000 euros.

A condenação se deu por ter usado dinheiro público entre 2004 y 2006 através de contratos assinados entre o Instituto Nóos e os governos regionais de Baleares e Valência, dirigidos então pelo Partido Popular do chefe de Governo Mariano Rajoy.

Os juízes o consideraram culpado por improbidade administrativa, prevaricação, fraude administrativa, tráfico de influência e fraude fiscal.

Os juízes foram menos severos que a Promotoria, que pediu 19 anos e seis meses de prisão para Urdangarín, casado desde 1997 com Cristina de Borbón e pai de seus quatro filhos.

A sentença ainda cabe recurso ante o Supremo Tribunal, mas põe fim a uma longa novela iniciada no final de 2011 e que fez tremer a monarquia espanhola, resultando na abdicação de Juan Carlos, em junho de 2014.

Nesse meio tempo, o casal, antes considerado exemplar e moderno, foi afastado dos atos oficiais da Casa Real e, inclusive, perdeu o título de duques de Palma, retirado do rei Felipe VI em 2015.

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