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O primeiro-ministro da Rússia, Dmitry Medvedev, acusou políticos estrangeiros de tentarem interferir em assuntos internos da Ucrânia por meio de envolvimento em eventos políticos do país.

Embora seja bom para os oficiais estrangeiros se reunirem com líderes do governo e da oposição ucraniana, "a participação em tais eventos tem, desculpem-me, um nome muito simples: interferência em assuntos internos", disse Medvedev durante uma entrevista no canal russo Rossiya 24.

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Medvedev não revelou os nomes dos políticos que participaram de eventos na Ucrânia, mas o comentário foi feito um dia após o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Guido Westerwelle, visitar manifestantes que defendem o acordo com a União Europeia (UE) e que estão acampados na praça da Independência em Kiev. Durante a visita, Westerwelle esteve ao lado do campeão de boxe e líder da oposição ucraniana, Vitaly Klitschko.

A Ucrânia está enfrentando sua maior crise política em quase uma década depois de o presidente do país, Viktor Yanukovich, recuar da assinatura de um acordo político com a UE. Fonte: Dow Jones Newswires.

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB-SP), negou que tenha havido ingerência do governo federal na decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), da última quarta-feira, em reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual. "Legalmente, o Banco Central do País não é autônomo. Mas existe uma autonomia real do BC. Essa autonomia real subsiste em perfeita harmonia com o Ministério da Fazenda e a presidente da República", afirmou, em entrevista exclusiva concedida no início da tarde de hoje à rádio Estadão/ESPN. "O Banco Central exercita na sua plenitude aquilo que acha conveniente. A questão é levada sobre o foco técnico", complementou.

O vice-presidente afirmou também que o País encontra-se em uma situação "muito tranquila" para enfrentar a crise econômica global. Ele citou como exemplos de medidas que fortalecem o País o aumento das reservas internacionais, hoje em torno de US$ 350 bilhões, o Fundo Soberano e a redução de impostos. "Os planos que o governo vem fazendo, como o Brasil Maior, são muito importantes porque vão na mesma linha da estratégia de atuação na crise de 2009, de que vamos continuar a produzir e a consumir. Isso evitou uma crise de maiores proporções", frisou. (Equipe AE)

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