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A estratégia do governo interino Michel Temer de encaminhar sucessivas Medidas Provisórias (MPs) para a avaliação prévia do Tribunal de Contas da União (TCU), para depois apresentá-las ao Congresso, tem incomodado ministros da Corte. A avaliação é de que o governo passou a tratar o órgão como "avalista" de suas iniciativas, em vez de fiscalizador das contas públicas.

Nesta quarta-feira, 20, o tribunal aprovou a quarta abertura de crédito extraordinário pedida pelo governo por meio de MP. Desta vez, o recurso se destina ao Ministério da Integração Nacional, que tem estimativa de receber cerca de R$ 755 milhões.

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A decisão foi tomada com base em consulta prévia enviada pelos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e da Integração Nacional, Helder Barbalho. Eles queriam saber se a MP poderia ensejar algum tipo de irregularidade, como as que foram incluídas no processo de análise de contas que levou ao afastamento da presidente Dilma Rousseff.

Após analisar o pedido, o TCU informou que não há irregularidade na operação porque a Constituição permite a liberação de créditos extraordinários para "ações de socorro, assistência às vítimas e restabelecimento de serviços essenciais e recuperação dos cenários dos desastres". Na consulta, os ministros afirmam que o uso dos recursos só se dará em "áreas com decreto de situação de emergência ou de calamidade".

Das 23 irregularidades que o TCU apontou ao analisar as contas de 2015 de Dilma, cinco estão atreladas à liberação de crédito por MP. Há chances de que, quando o processo for votado pelo plenário do TCU, a liberação dessas MPs deixem de ser consideradas irregularidades. Outros 18 apontamentos, porém, permanecerão, ou seja, o Tribunal tende a manter seu voto pela reprovação das contas de 2015 de Dilma.

Segundo um ministro do TCU ouvido pela reportagem, não cabe à corte ficar se posicionando sobre edição de MP, já que se trata de um ato do Executivo que passa pelo crivo do Congresso. Não é o caso de decretos para liberação de recursos, que são atos exclusivos do Palácio do Planalto, com efeito direto sobre o Orçamento.

Nesta quarta-feira, ao dar sinal verde para a consulta feita pelo governo, o ministro Bruno Dantas destacou, em voto, que o plenário da Corte "tem sido palco de discussões que estão se tornando quase rotineiras em sede de repetidas consultas submetidas pelo Executivo acerca da possibilidade da aprovação de créditos extraordinários por MP".

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Insatisfeitos com a decisão do Governo do Estado em desapropriar cerca de 50 residências, moradores do entorno do Complexo Prisional do Curado, no bairro do Sancho, Zona Oeste do Recife, realizam um protesto na manhã desta segunda-feira (18) em frente à sede do Ministério Público de Pernambuco, na Avenida Visconde de Suassuna, no bairro de Santo Amaro. O grupo não concorda com a decisão de sair das suas moradias e pedem que o presídio mude de local. 

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O decreto do governador Paulo câmera foi publicado no Diário Oficial do dia 7 de abril. De acordo com a gestão estadual, as famílias serão removidas em três ruas: Santana de Ipanema, Maria de Lurdes da Silva e parte da Orfeu do Carnaval. Segundo a publicação, o objetivo é ampliar o perímetro de segurança uniforme para toda a área próxima das três unidades prisionais do complexo, que vem sendo alvo de rebeliões, fugas e bombas. 

“O governo quer retirar os moradores e ampliar o presídio. Os valores que querem pagar pela indenização e irrisório. Ficamos sabendo primeiro pela imprensa”, reclama Marcelle Pereira, que mora há cinco anos na área.

 

Eduardo Jose Barbosa mora na Rua Maria de Lourdes, no Totó, mas conta que mãe vive no local há 63 anos. “Eles querem criar um golpe contra a gente, o bairro é bom, não tem cheia, é perto de tudo. As grandes imobiliárias têm interesse nisso. é bem mais fácil para eles indenizarem e depois as construtoras tomar conta. Em momento nenhum representante do governo chegou para conversar ou negociar. Já foi publicado no diário oficial”.

De acordo com Procuradoria Geral do Estado de Pernambuco (PGE-PE), a equipe do Núcleo Imobiliário do órgão se reuniu com as lideranças dos moradores dos imóveis que estão dentro da área que será objeto de desapropriação na manhã da última sexta-feira (15). Em nota, a PGE informou que durante a reunião os procuradores e os representantes dos moradores validaram o cronograma prévio das etapas das desapropriações necessárias à execução da obra.

A assessoria de comunicação da Procuradoria do Estado informou que foi agendada a realização de uma audiência pública  para o dia 28 de abril de 2016, às 19h, na Escola Maria da Paz Brandão Alves. Na ocasião, serão esclarecidos os trâmites administrativos e judiciais dos processos de desapropriação, expondo, principalmente, a legislação básica de desapropriação, forma de avaliação, direitos e deveres dos expropriados e documentação necessária.

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Incoformados com a nomeação do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva para ministro da Casa Civil e inflados pelos grampos telefônicos, que mostraram conversas entre Lula e a atual presidente do Brasil, Dilma Rousseff, manifestantes foram às ruas e protestaram.

Na capital pernambucana, por volta das 21h, um grupo se reuniu na Avenida Boa Viagem, Zona Sul do Recife, localizado em frente ao Segundo Jardim do bairro. De acordo com a Polícia Militar (PM), aproximadamente mil pessoas participam do ato.

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O grupo protestou com bandeiras do Brasil, camisas verde e amarela e apitos. Eles caminharam pela Avenida e gritavam mensagens direcionadas ao governo federal, como "Fora Lula", "Fora Dilma" e "Fora PT (Partido dos Trabalhadores). Os manifestantes pediam que a presidente renunciasse ao cargo e que Lula fosse preso.

Por volta das 23h, grupos no Brasil, em pelo menos 17 estados e o Distrito Federal, também já haviam protestado contra a nomeação do ex-presidente Lula. As manifestações foram realizadas em cidades de SP, RJ, PR, RS, MG, ES, GO, AM, PA, MT, MS, CE, AL, PE, SC , AC e DF.

De acordo com Gustavo Gesteira, representante do movimento Vem Pra Rua no Recife, não houve uma convocação oficial para esse ato. "Foi uma manifestação espontânea, as pessoas se sentiram lesadas e com vontade de ir às ruas. Apoiamos a manifestação, inclusive alguns representantes do movimento estavam protestando junto com o grupo", disse.

Ele falou que a nomeação de Lula não serão aceitos pela população. "É um absuro essa essa manobra política da Dilma e do Lula. Ficou claro que a sua nomeação foi feita para que ele não fosse preso na Operação Lava Jato", argumentou o representante do movimento Vem Pra Rua no Recife. O líder do movimento falou que ainda hoje, nesta quinta (17), será divulgada a uma nova data para o protesto oficial do Vem pra Rua.

As possíveis indicações da presidente Dilma Rousseff (PT) para a nova composição dos ministérios não tem gerado muita satisfação entre algumas alas do PT e de partidos aliados. O nome da senadora Katia Abreu (PMDB-TO), por exemplo, para ocupar o Ministério da Agricultura não foi bem recebido. Desde a última sexta-feira (21), quando a primeira listagem do escalão vazou, um bombardeio por parte de movimentos sociais, inclusive Movimento Sem Terra (MST), aponta o descontentamento com a escolha da presidente. 

“Katia Abreu é um desastre em qualquer conjuntura. Não tentem justificar o injustificável”, dispara um dos membros do coletivo Fora do Eixo, Pablo Capilé, em sua página no Facebook. Também na rede social, a página Plebiscito Popular, que defende a Reforma Política por meio de uma Constituinte Exclusiva, diversas pessoas aderiram a campanha “#KátiaAbreuNão”.  

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No Blog Dilma, página criada por um grupo petista em defesa da presidente, a indicação foi classificada como um “tiro no pé”. “Kátia Abreu é símbolo de um modelo que está destruindo os recursos naturais e a saúde dos trabalhadores”, aponta o coordenador do coletivo de juventude do MST do Rio Grande do Sul, Raul Amorim. “O convite de Dilma para que Kátia Abreu assuma o Ministério da Agricultura cria uma tensão desnecessária com sua base social que, nas ruas e nas redes fizeram a diferença e asseguraram vitória na maior batalha política travada no país desde 1989”, acrescenta Paulo Fonteles Filho, em artigo na mesma plataforma. 

Sem o anúncio oficial ainda permanece a incógnita se as manifestações populares vão ou não interferir na escolha de Dilma. A expectativa é de que a presidente confirme os nomes na próxima quarta-feira (26), após a aprovação da alteração na meta fiscal Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso Nacional. Até lá, aliados da petista prometem fazer algumas outras mobilizações contra Abreu, entre elas um tuitaço com as hashtags #ForaKatiaAbreu e #KatiaAbreuNão. A mobilização ainda não tem data nem horário definido. 

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