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O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (3) que considera "intolerável" qualquer forma de racismo, em uma mensagem na qual se referiu aos protestos nos Estados Unidos após a morte de George Floyd e condenou a violência registrada em parte das manifestações.

"Não podemos tolerar nem fechar os olhos diante de nenhuma forma de racismo ou de exclusão e pretender defender o caráter sagrado de toda vida humana", disse Francisco em sua audiência, antes de afirmar que "nada se ganha" com reações violentas como as registradas nos últimos dias.

Ao mesmo tempo, devemos reconhecer que "a violência das últimas noites é autodestrutiva (...). Nada se ganha com a violência e muito se perde", afirmou em uma mensagem específica aos fiéis dos Estados Unidos.

"Acompanho com grande preocupação os dolorosos distúrbios sociais que estão acontecendo em sua nação nos últimos dias, após a trágica morte do senhor George Floyd", disse o pontífice.

Francisco disse que estava rezando ao lado da Igreja dos Estados Unidos e de seus fiéis "pelo descanso da alma de George Floyd e de todos os demais que perderam suas vidas pelo pecado do racismo". "Rezamos pelo conforto das famílias e amigos enlutados e rezamos pela reconciliação nacional e a paz que ansiamos ", disse o papa.

George Floyd, um homem negro de 46 anos, foi morto em 25 de maio em Minneapolis por asfixia quando era imobilizado por um policial após sua detenção. O caso provocou uma impressionante onda de protestos contra o racismo e a violência policial em todo país.

O Partido dos Trabalhadores (PT) se posicionou neste sábado (1°), por meio de uma nota oficial, sobre a bomba jogada em frente ao Instituo Lula, na noite da última quinta-feira (30), em São Paulo. Assinado pelo presidente nacional da legenda, Rui Falcão, o texto diz que os autores do ato carregam “um DNA da intolerância, do autoritarismo e da violência política”.

Para o partido, o maior ataque foi feito, na verdade, à democracia do Brasil e não ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Falcão também relata na nota que a ação ultrapassou todos os limites e alegar ser fruto de uma campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, o PT e o projeto de transformação do país.

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Confira a nota na íntegra:

Nota oficial

A campanha de ódio contra o ex-presidente Lula, o PT e o projeto de transformação do país ultrapassou todos os limites na noite desta quinta-feira (30 de agosto). O verdadeiro alvo da bomba lançada, de forma covarde, contra a sede do Instituto Lula, é a Democracia, conquistada neste país com a luta e o sacrifício de gerações, luta na qual o ex-presidente Lula e o PT desempenharam papel fundamental, vocalizando os anseios dos trabalhadores e das camadas mais amplas da população.

Os autores do atentado desta quinta-feira carregam o DNA da intolerância, do autoritarismo e da violência política, que ao longo da história deram origem às ditaduras – como a que se abateu sobre o Brasil em 1964 – e ao fascismo em todas as suas formas. O recurso à violência e ao terror é um passo intolerável numa escalada de agressões às liberdades políticas em nosso país.

A sociedade brasileira fez, nas últimas décadas, uma sólida opção pela democracia. O Brasil repudia o terror e a violência política, quaisquer que sejam sua origem e seus propósitos. A democracia brasileira será sempre maior que o ódio e a intolerância.

Rui Falcão

Presidente Nacional do PT

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