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O polêmico ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, de extrema direita, anunciou nesta terça-feira (28) que a polícia prendeu um palestino que planejava assassiná-lo.

Segundo nota divulgada por seu gabinete, o homem, que não foi identificado, foi preso semanas atrás: "O suspeito árabe, um morador de Jerusalém que planejava assassinar o ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, foi preso há poucas semanas pela polícia em cooperação com o Shin Bet, serviço de segurança interna."

O suspeito teria colhido informações sobre os movimentos do ministro e recebeu dinheiro de "elementos terroristas de um estado vizinho", afirma o comunicado.

Ben-Gvir, que dirige o partido Poder Judaico, tem um histórico longo de declarações inflamadas sobre os palestinos. Seu anúncio é feito após um surto de violência na Cisjordânia ocupada, onde ele reside

Ben-Gvir foi nomeado para o posto-chave de segurança no novo governo dirigido pelo premier de Israel, Benjamin Netanyahu, e ocupa o cargo desde dezembro. Ele defende a anexação da Cisjordânia por Israel e a transferência para os países vizinhos dos árabes israelenses, descendentes de palestinos que permaneceram em suas terras após a criação de Israel, em 1948.

Ben-Gvir vive com sua família em um assentamento radical na Cisjordânia e costuma aparecer em momentos de tensão entre colonos e palestinos. Ele é uma das figuras políticas mais proeminentes de Israel.

O novo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, visitou nesta terça (3) a Esplanada das Mesquitas, e irritou militantes palestinos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza. O Hamas, que controla Gaza, acusou Ben-Gvir - um radical de direita que se aliou ao premiê, Binyamin Netanyahu - de provocar uma escalada de violência na região.

No passado, grupos radicais palestinos responderam com lançamento de foguetes a visitas de autoridades israelenses ao à Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islã e o mais sagrado do Judaísmo, localizada na Cidade Velha de Jerusalém, no setor palestino anexado por Israel.

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Não muçulmanos podem visitar o local em determinados horários, mas não podem rezar. Nos últimos anos, porém, um número crescente de judeus nacionalistas têm ido à esplanada para fazer orações, o que os palestinos denunciam como provocação.

Ben-Gvir lidera o partido de extrema direita Poder Judaico. Ele foi várias vezes à Esplanada das Mesquitas como deputado e já havia anunciado sua intenção de ir como ministro.

"A Esplanada das Mesquitas é o lugar mais importante para o povo de Israel. Mantemos a liberdade de movimento para muçulmanos e cristãos, mas os judeus também irão ao local e aqueles que fazem ameaças deverão ser tratados com mão de ferro", disse Ben-Gvir, após a visita.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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