Tópicos | Júlio Delgado

Com a decisão de ser “independente” ao governo da presidente Dilma Rousseff (PT), o PSB tem se articulado para disputar a presidência da Câmara dos Deputados e compor um bloco de oposição à petista dentro da Casa. Agora a meta dos pessebistas é reunir forças para impulsionar a postulação do deputado federal Julio Delgado (PSB-MG), com o apoio de partidos como o Solidariedade, o PPS e o PV. 

Caso obtenha êxito, a legenda socialista pode contabilizar o voto de 67 parlamentares, o que deixaria Delgado ainda mais competitivo. Em 2013, o mineiro disputou a presidência da Casa contra Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Na época ele conquistou 165 votos, número considerável para alguém que se lançou candidato independente do partido. Agora, no entanto, o PSB já divulgou que endossará a postulação de Delgado.

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Já estão na disputa o candidato do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), e o do PT, que já optou por entrar na corrida, mas não definiu nomes. O PT deve começar a próxima legislatura com 69 deputados e o PMDB, com 66 deputados. Nenhum dos dois, até agora, sinalizou montar bloco com outros partidos.

O deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi vice na chapa de Marina Silva à Presidência, disse nesta terça-feira, 7, que existe uma tendência grande no PSB de apoio ao candidato do PSDB, Aécio Neves.

"No partido hoje há uma tendência grande de, se houver acordo programático, compromisso com a reforma política, pode até ter um ou outro que possa ficar emburrado, mas é a tendência majoritária no partido", disse ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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O deputado reforçou também que uma posição de neutralidade não seria positiva para a construção feita por eles até aqui. "Não tem esse negócio de neutralidade. A neutralidade sempre ajuda alguém", afirmou.

Albuquerque disse que não quer se precipitar à decisão do partido, a ser tomada na quarta-feira, 8, e da coligação que apoiou Marina, na quinta-feira, 9. Mas disse pessoalmente ter certeza absoluta em quem "não vota em hipótese alguma", numa alusão ao PT.

No domingo, o depurado já havia dito e repetiu hoje que ele e o partido não têm cultura de "levar desaforo pra casa". "As ofensas não vieram de partido, mas dela própria, da boca da Dilma e do Lula."

Aliados de Marina já disseram também que a ex-ministra ficou com mágoas pelos ataques diretos desferidos durante a campanha do primeiro turno pela candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) e pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O deputado federal Júlio Delgado, presidente do PSB mineiro, disse à reportagem que está trabalhando para que o apoio a Aécio se concretize. "Existe um sentimento dentro do PSB de apoio a Aécio", afirmou. Ele lembrou que mesmo nomes como o presidente da sigla, Roberto Amaral, que tem ligação histórica com o PT e com a esquerda, já teriam dados sinais de que não se oporiam à decisão do partido.

Delgado destacou ainda que o cenário de cada Estado será respeitado. Na Paraíba, por exemplo, o governador Ricardo Coutinho, que concorre à reeleição, está coligado com o PT e tem um candidato do PSDB como adversário. Diante desse cenário, seria impossível o PSB local apoiar Aécio. Haveria também dificuldades em Estados como Amapá, Acre e Bahia devido à antiga ligação com o PT.

Pernambuco

O governador eleito de Pernambuco, Paulo Câmara, o prefeito do Recife, Geraldo Julio, e o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, viajaram na manhã desta terça-feira para São Paulo a fim de continuar as discussões internas do partido sobre o posicionamento a ser adotado no segundo turno da eleição presidencial. De São Paulo eles seguem para Brasília, nesta quarta-feira, 8, quando o diretório nacional deverá fechar o apoio a Aécio Neves.

A viúva do ex-presidenciável Eduardo Campos, Renata, participa ativamente das negociações. Nesta segunda-feira recebeu telefonema de Aécio e acompanhou as conversações que se desenrolaram por todo o dia com integrantes do PSB estadual, inclusive com todos os deputados eleitos. Renata permanece no Recife acompanhando o desenrolar das negociações.

O deputado federal Júlio Delgado (PSB) afirmou nesta sexta-feira que o programa de governo da candidata à Presidência Marina Silva terá uma linha econômica que vai "confortar e tranquilizar o mercado". "O programa da Marina tem a responsabilidade das pessoas que estavam acompanhando o Eduardo (Campos), que era o (Eduardo) Gianetti e o André Lara (Resende). Se ela vai ter uma linha mais liberal, o que eu posso dizer que é uma linha que conforta e tranquiliza o mercado", afirmou, ao chegar para o evento de lançamento do programa do PSB, em São Paulo.

De acordo com Delgado, a ideia de que possa haver desconfiança sobre a condução da economia caso Marina seja eleita está sendo desfeita. "A performance dela no debate e as falas que ela tem tido em relação a isso estão tirando uma eventual desconfiança que poderia haver", afirmou. "Há uma tranquilidade, o mercado tem recebido positivamente o crescimento da Marina", completou.

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O deputado destacou a reação da bolsa de valores e a queda do dólar como sinais de aceitação aos novos patamares de intenção de votos de Marina. Segundo Delgado, há a percepção de que o programa de Marina pode "retomar crescimento e conter meta inflacionária de uma forma diferenciada". Para Delgado, é preciso continuar passando a mensagem de que o mercado pode ficar tranquilo. "O que eles não querem é a manutenção do que está", avaliou. "Ela (Marina) tranquiliza o PSB, o mercado e estamos muito otimistas", finalizou.

O deputado Júlio Delgado (PSB-MG), relator do processo contra o deputado André Vargas (sem partido-PR) no Conselho de Ética da Câmara, disse nesta quinta-feira (24) que pretende votar o relatório sobre o processo durante o esforço concentrado da Câmara dos Deputados, marcado para os dias 5 e 6 de agosto.

Vargas, que em abril anunciou a desfiliação do PT, legenda que militou por 24 anos, é investigado por ter atuado em favor de um laboratório que pretendia fechar um contrato com o Ministério da Saúde para fornecimento de remédios. A empresa seria um laboratório de fachada do doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal na Operação Lava Jato, de combate à lavagem de dinheiro. O deputado nega as acusações.

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A intenção do relator era ter liquidado o processo antes do recesso parlamentar de julho, mas como várias testemunhas não compareceram e diversas reuniões do conselho foram adiadas por falta de quórum, a nova previsão teve que ser feita.

O advogado de André Vargas, Michel Saliba, criticou o fato de embora o Conselho de Ética não ter poder de convocação, ter prazo para encerrar os trabalhos. Questionado sobre o não comparecimento de Vargas para se defender no conselho, o advogado explicou que a ida do deputado ao conselho está condicionada a tomada de depoimento de todas as testemunhas de defesa. “ Ele quer vir ao Conselho de Ética, mas não comparecerá em uma data açodada. Entendemos açodada, aquela que não respeita a oitiva de todas as testemunhas”, disse, ressaltando que ainda faltam três testemunhas.  Hoje, o colegiado ouviu o capitão Paulo Ricardo de Souza, da Marinha, que tem contratos com o laboratório Labogen.

“A gente não tem como ouvir todas as testemunhas, nós temos um prazo de encerramento. É bom lembrar que as testemunhas de defesa já estão no quarto convite", disse o relator. Segundo ele, todas que estão sendo arroladas pela defesa poderão comparecer até o dia 29, quando já estarão na sexta convocação, inclusive o próprio deputado André Vargas , depois disso, será encerrada a fase de instrução probatória. 

“Se o deputado André vargas também não comparecer como parece que não vai fazê-lo, logicamente ele terá no dia que nos apresentarmos o nosso parecer, o nosso voto, a sua defesa por escrito e oral porque ele vai ter o direito também de vir aqui” , garantiu o relator.

Mesmo assim, Delgado admite que o processo de André Vargas só deverá ser totalmente encerrado durante o esforço concentrado, que deve ocorrer na Câmara em setembro. Isso porque após a votação do parecer deve haver apresentação de recurso por parte de Vargas tanto à Justiça como à Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

O acordo do PSB e PSDB de lançar palanques duplos em diversos Estados pode deixar de acontecer. A ideia de lançar candidaturas em São Paulo e Minas Gerais pelo Partido Socialista Brasileiro está cada vez mais forte. O partido analisa, que por razões táticas eleitorais, não é viável o apoio a Geraldo Alckmin (PSDB-SP) e a Pimenta da Veiga (PSDB-MG).

“O que o PSB está avaliando é um lançamento de candidatura própria. É uma hipótese nova. (...) Nós estamos discutindo com calma. O PSB deve ter candidato em todo canto que puder”, afirmou o vice-presidente nacional do partido, Roberto Amaral, nesta segunda-feira (12), em entrevista exclusiva ao Portal LeiaJá.

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O deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG) deve ser o candidato da legenda em Minas Gerais. “Cada Estado é um Estado. O PSB que vai julgar. Vai definir se é o melhor para o partido em lançar uma candidatura própria em Minas Gerais”, disse o pessebista.

Ao contrário de Minas, o partido ainda não divulgou o quadro que poderá sair como candidato em São Paulo. “Hoje a decisão do partido é ter uma candidatura (em São Paulo). Se o PSB considerar que é importante para ele, vai concorrer na disputa. Caberá a outros partidos fazerem o melhor para eles mesmos”, frisou Amaral.

A ex-senadora e pré-candidata a vice-presidente da República pelo PSB, Marina Silva, é uma das incentivadoras pela candidatura do partido em São Paulo e Minas Gerais.  Na última semana, a pessebista teceu várias críticas aos tucanos. Ela disse que o PSDB do senador e pré-candidato à Presidência da República, Aécio Neves (PSDB) “tem o cheiro da derrota”.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, ofereceu denúncia contra o deputado federal Júlio Delgado (PSB-MG), um dos candidatos à Presidência da Câmara dos Deputados, por crime eleitoral. Na acusação criminal enviada na segunda-feira (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF), Gurgel afirmou que o site de campanha do então candidato à reeleição para a Câmara veiculava propaganda no dia da votação. A prática é proibida por lei.

A denúncia foi apresentada três dias depois que Gurgel encaminhou acusação contra o presidente eleito do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que teria usado notas frias para comprovar seu patrimônio. O caso remete ao escândalo que levou Renan Calheiros a renunciar em 2007 à Presidência do Senado para evitar ser cassado.

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Tido como azarão, o deputado do PSB concorre ao comando da Câmara contra o favorito e atual líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN), a atual vice-presidente da Casa, Rose de Freitas (PMDB-ES), e o deputado do PSOL Chico Alencar (RJ). O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), abriu há pouco a reunião que escolherá em votação secreta o futuro comandante da Casa pelos próximos dois anos.

O chefe do Ministério Público Federal disse na ação criminal que os documentos que instruem a acusação comprovam que nos dias 2, 3 e 4 de outubro de 2010 a página eletrônica do deputado do PSB "funcionava normalmente, divulgando propaganda eleitoral". Em diligência determinada pela Justiça Eleitoral, um servidor constatou que até data da averiguação, dia 20 daquele mês, o site continuava no ar.

Em um dos textos da página eletrônica do candidato, constava: "Júlio Delgado vota confiante num bom resultado". Numa outra, dizia: "O deputado federal Júlio Delgado, candidato à reeleição, foi votar na tarde deste domingo, no Clube Bom Pastor, acompanhado da esposa Luciana e do filho Vinícius".

"A autoria também se encontra devidamente demonstrada nos autos, notadamente em razão da cobertura jornalística das atividades desempenhadas pelo deputado federal na data da eleição, dia 3 de outubro de 2010 que, obviamente, são do conhecimento do denunciado", afirmou Gurgel, na denúncia de apenas quatro páginas obtida pela reportagem da Agência Estado.

Julio Delgado admitiu que houve um esquecimento da sua equipe de campanha ao veicular propaganda no site durante as eleições. "Não foi de má fé, não houve pedido de votos por causa disso. Acho que para a eleição proporcional esse meio de ação, que foi muito popularizado, surtiu pouco efeito", afirmou o deputado do PSB. Ele lembrou que teve quase 71 mil votos e os poucos acessos na véspera da eleição, afirmou, não mudaria seu resultado eleitoral.

A pena para o crime de fazer propaganda no dia da eleição é punível com seis meses a um ano de prisão, podendo ser convertido com a prestação de serviços à comunidade por idêntico período, e multa que pode chegar até a 15 mil UFIRs. A acusação foi distribuída para o ministro Gilmar Mendes, responsável por relatar o caso. O Supremo decidirá se aceita a denúncia do Ministério Público, tornando Júlio Delgado réu, ou se absolve o deputado federal por falta de provas.

Após ser notificado pelo STF, o deputado do PSB terá 15 dias para responder à denúncia. Gurgel defende na ação a abertura de processo contra Delgado e, ao final da instrução, sua condenação.

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