A confissão de Jair Bolsonaro de ter interferido no Instituto de Patrimônio Histórico Artístico Nacional (Iphan) por embargos a uma obra do seu aliado e dono das lojas Havan, Luciano Hang, resultou no afastamento da presidente do órgão, neste sábado (18), por ordem judicial.
"Com efeito, no exercício de suas funções, o atual Exmo. Presidente da República admitiu que, após ter tomado conhecimento de que uma obra realizada por Luciano Hang, empresário e notório apoiador do governo, teria sido paralisada por ordem do Iphan, procedeu à substituição da direção da referida autarquia, de modo a viabilizar a continuidade da obra”, diz parte da liminar publicada pela coluna de Juliana Dal Piva, do UOL.
##RECOMENDA##Larissa Dutra Peixoto, atual presidente do Iphan, foi afastada pela Justiça Federal do Rio de Janeiro depois de Jair Bolsonaro dizer que “ripou todo mundo” após uma obra do aliado Luciano Hang ser paralisada.
A decisão de afastar a presidente do órgão foi da juíza federal substituta Mariana Cunha, da 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro, que atendeu um pedido do deputado federal Marcelo Calero (Cidadania-RJ). Em 2020, ele pediu o afastamento de Larissa por ela supostamente não atender critérios técnicos requeridos para o cargo.