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O corpo do ex-presidente do São Paulo Juvenal Juvêncio foi enterrado na manhã desta quinta-feira, no Cemitério do Morumby, na capital paulista. Cerca de 200 pessoas, entre amigos e familiares, compareceram ao local e ajudaram a cantar o hino do clube, diante da bandeira que envolvia o caixão.

Entre os presentes estavam o técnico interino Milton Cruz e Marco Aurélio Cunha, que trabalhou com Juvenal na diretoria são-paulina e chegou a ter laços com o ex-presidente, quando foi casado com uma de suas filhas.

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Juvenal morreu na manhã desta quarta-feira, aos 81 anos, em razão de complicações causadas por um câncer na próstata. Ele presidiu o São Paulo entre 1988 e 1990 e, depois, entre 2006 e 2014.

Nessa última gestão, liderou o clube ao tricampeonato brasileiro e também à conquista da Copa Sul-Americana, em 2012. Deixou de ocupar cargo na diretoria em 2014, quando rompeu com o ex-aliado político Carlos Miguel Aidar e saiu da diretoria das categorias da base do clube. Desde então, passou a atuar na oposição.

A última participação do ex-dirigente no São Paulo foi na última sexta-feira. O clube promoveu um evento de despedida para Luis Fabiano no CT da Barra Funda e Juvêncio gravou um áudio com mensagem de apoio ao atacante.

O ex-presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, lamentou nesta quarta-feira a morte do antecessor, Juvenal Juvêncio, vítima de câncer de próstata. Os dois foram aliados políticos por muito tempo até romperem relações em 2014, quando Aidar ocupava o cargo de mandatário e demitiu o antigo colega do cargo da chefia das categorias de base do clube, decisão que promoveu um "racha" no Conselho Deliberativo.

Aidar soube do falecimento de Juvêncio pelo contato com a reportagem do Estado de S.Paulo na manhã desta quarta-feira. "O mundo é uma imensa fila e todos estão nela. Que Deus proteja sua alma", disse o ex-dirigente, que evitou dar mais declarações. Os dois trabalharam juntos em gestões na presidência do time do Morumbi. Aidar antecedeu o antigo aliado como mandatário nos anos 1980 e, depois, já em 2014, foi a vez de Juvêncio retribuir com a sucessão.

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Em setembro de 2014 os dois romperam relações, em movimento que dividiu a política do São Paulo. Aidar acusou o antecessor de ser o culpado pela crise financeira do clube e acirrou a rivalidade interna no Conselho Deliberativo. O rompimento fez com que antigos aliados de Juvêncio deixassem a gestão de Aidar e passassem a ser opositores.

Os dois nunca mais voltaram a ser falar. Quando Aidar estava para renunciar ao cargo, decisão oficializada em outubro, Juvêncio já estava afastado da vida política do clube para tratar de problemas de saúde. O ex-presidente deixou de frequentar a reuniões do Conselho e não participou do pleito para escolha do sucessor do antigo rival, quando Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi eleito.

O ex-presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, morreu na manhã desta quarta-feira, aos 81 anos, em São Paulo. O dirigente, que estava internado desde o fim de semana, lutava há anos contra um câncer de próstata, diagnosticado em 2013, e estava afastado nos últimos meses da vida política do clube do Morumbi para tratar da saúde. Ainda não há mais informações sobre o velório e o enterro.

Juvêncio presidiu o São Paulo entre 1988 e 1990 e, depois, entre 2006 e 2014. Nessa última gestão, liderou o clube ao tricampeonato brasileiro e também à conquista da Copa Sul-Americana, em 2012. Deixou de ocupar cargo na diretoria em 2014, quando rompeu com o ex-aliado político Carlos Miguel Aidar e saiu da diretoria das categorias da base do clube. Desde então, passou a atuar na oposição.

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O ex-presidente nasceu em Santa Rosa do Viterbo (SP) e era advogado. Juvêncio ocupou a direção do Departamento de Futebol do São Paulo no começo da década de 1980, período que coincidiu com a formação do time conhecido como "Menudos", formado por Silas, Müller, Pita e Sidney. A formação, sob o comando do técnico Cilinho, ganhou o Campeonato Paulista de 1985.

Já como presidente, em 1988, sucedeu a Aidar e promoveu reformas na sede social do São Paulo. Em 2005, na gestão de Marcelo Portugal Gouvêa, retornou à diretoria de futebol e ajudou na inauguração do Centro de Formação de Atletas em Cotia, aberto naquele ano e responsável por revelar garotos para o time profissional.

Antes de deixar a presidência no segundo mandato, Juvêncio indicou Aidar como o seu sucessor. Os dois romperiam cinco meses depois do início da nova gestão. O conflito modificou o jogo político do São Paulo e "rachou" o Conselho Deliberativo em período que ficou marcado pela rivalidade entre os dois e, consequentemente, entre os respectivos apoiadores.

Juvêncio continuou ativo na política do São Paulo durante 2015 até se afastar no segundo semestre para cuidar da saúde. Em outubro Aidar renunciou ao cargo após denúncias de irregularidades e uma nova eleição foi convocada, quando o antigo aliado de Juvêncio, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi eleito. Apesar dessa movimentação nos bastidores, o ex-presidente já estava debilitado e não compareceu ao pleito.

Durante a crise política que culminou com a saída de Aidar, o ex-presidente reatou amizade com o antigo aliado Marco Aurélio Cunha, que foi superintendente de futebol durante a última gestão de Juvêncio. Cunha é pai de um dos netos de Juvêncio, João Paulo Juvêncio.

A última participação do ex-dirigente no São Paulo foi na última sexta-feira. O clube promoveu um evento de despedida para Luis Fabiano no CT da Barra Funda e Juvêncio gravou um áudio com mensagem de apoio ao atacante. O camisa 9 encerrou contrato com o time do Morumbi e vai para o futebol da China.

Terminou com emoção e abraços dos jogadores e comissão técnica a era Juvenal Juvêncio à frente do São Paulo. Após baterem o CSA por 3 a 0 e passarem para a segunda fase da Copa do Brasil, os jogadores foram ao vestiário do Morumbi prestar homenagem ao presidente, que se despede do cargo no dia 16 após oito anos à frente do clube.

Os jogadores surpreenderam ao usar máscaras do dirigente e o aplaudiram intensamente, fato que pegou Juvenal desprevenido. Ele agradeceu o elenco pelo carinho e foi abraçado por membros da comissão técnica e jogadores, fato que acabou o levando às lágrimas ao lado da esposa Angelina, que participou da cerimônia.

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"Todo mundo bateu palma, pediu pra aumentar o bicho, ele aceitou e essa foi a parte boa (risos). Esse clube é desse tamanho por essas pessoas; cheguei aqui em 64, passei aqui com diversos dirigentes, esses caras que fizeram o clube crescer. O Juvenal deu um estirão porque é um empreendedor. Ele se emocionou com a homenagem porque é uma despedida e a gente sabe que é como jogador, o cara acorda e pensa 'o que farei agora?'. Sabemos que ele sentirá muita falta e fez sua parte no São Paulo", elogiou Muricy Ramalho.

Rogério Ceni usou uma camisa amarela, cor da chapa da situação que concorre à eleição do próximo dia 16. Juvenal deve fazer o sucessor Carlos Miguel Aidar sem problemas - o grupo do presidente conquistou 49 das 80 cadeiras do Conselho Deliberativo e não deverá enfrentar problemas no pleito entre os conselheiros vitalícios.

"Foi talvez o maior presidente da história do São Paulo. Foi uma pessoa que fez muito pelo São Paulo, uma pessoa empreendedora. Foi o último jogo dele como presidente do clube. Não só foi uma homenagem como vou dar de presente para ele", afirmou o goleiro.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, segue internado no Hospital Sírio-Libanês, onde realizou exames de rotina na última quinta-feira após apresentar um quadro de stress e fadiga. A informação é da assessoria de imprensa do hospital, que não soube precisar se o dirigente deixará o local ainda nesta sexta ou se permanecerá em observação por mais alguns dias.

Juvenal tem apresentado forte desgaste nos últimos meses devido à péssima fase do São Paulo no Campeonato Brasileiro - o time é vice-lanterna com 11 pontos e não vence há 12 partidas - e às duras críticas que têm recebido da torcida, que o responsabiliza pela crise sem precedentes no Morumbi.

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De acordo com a assessoria de imprensa do São Paulo, o planejamento era que Juvenal regressasse às atividades normalmente nesta sexta. O clube inclusive emitiu um comunicado na quinta confirmando que o presidente estaria liberado nesta sexta. Por julgar se tratar de uma questão pessoal, o clube tem mantido distância do caso para evitar a exposição do dirigente.

José Francisco Manssur, assessor do presidente, disse não saber se Juvenal já deixou o hospital, mas garante que o dirigente goza de ótima saúde e está se sentindo muito bem. "Ele segue dando suas broncas e querendo saber da parcial de ingressos. É o Juvenal que todos conhecemos", disse Manssur.

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, procura um novo perfil para substituir o demitido Adalberto Baptista na diretoria de futebol, mas promete muito cuidado para decidir o escolhido. O que é certo, por enquanto, é que serão dois nomes contratados: um para gerir a área mais administrativa e um superintendente que fará a ponte entre a direção e os jogadores. "É preciso haver essa ligação, quero duas pessoas com perfis complementares para acertarmos essa questão de uma vez por todas", disse o presidente ao jornal O Estado de S.Paulo.

Juvenal Juvêncio procura um novo perfil para substituir o demitido Adalberto Baptista

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O maior desejo do homem forte do clube é encontrar um interlocutor hábil para tratar com o grupo. Esse foi um dos pontos centrais da queda de Adalberto, que tinha relação ruim com os jogadores e era criticado pela falta de diálogo e truculência no trato com eles. Juvenal não descarta um nome novo e de fora do futebol, mas sua principal prioridade é encontrar alguém que "fale a língua" dos boleiros. Na outra ponta, promete rigor para escolher um profissional de qualidade técnica para tratar das questões burocráticas e estratégicas.

"Para se fazer um contrato hoje em dia é necessário muito conhecimento dos meandros jurídicos e financeiros, temos uma série de cláusulas sujeitas a auditorias internacionais, esse tipo de coisa. Precisa dominar idiomas, porque hoje em dia tratamos com diversos países do mundo. Ainda não tenho um nome, mas estou terminando esse perfil", disse Juvenal. O ex-volante Pintado, campeão da Libertadores e Mundial em 92 pelo clube, é um nome que agrada, mas pode ser contratado para cuidar das categorias de base em Cotia, função que também era exercida por Adalberto.

O dia seguinte à saída do diretor foi de alívio no elenco, que já não suportava mais o clima pesado. "Parece que saiu um caminhão daqui, os jogadores não aguentavam mais", disse um funcionário de longa data do CT da Barra Funda que tem fácil acesso aos atletas. Para Juvenal, no entanto, ter de se desfazer do seu principal aliado não foi tarefa simples. O presidente confiava cegamente no ex-diretor especialmente por causa das sua reconhecida habilidade como negociador.

"Ele era ameaçado de morte, chegou a deixar o celular em casa várias vezes. Estava absurdamente instável, ameaçavam a filha dele, coisas que ninguém merece passar", explicou o presidente. "Perdemos um homem que conhece meio mundo, ousado, empreendedor". Autodefesa. Bombardeado de críticas pelo fraco desempenho da equipe na temporada, Juvenal saiu em defesa do seu legado. "Sou um grande vencedor, talvez o maior da história do clube. Eu me esforço para fazer as coisas certas, para reformar o Morumbi, investir em Cotia..."

O presidente comparou sua situação à do ex-presidente Laudo Natel. "Outro dia ele me disse que com ele foi a mesma coisa. Disse: 'Apanhei por anos a fio, mas ainda assim fiz o estádio. Você está com o time desde 86 (como diretor de futebol). Recolocou o time na Libertadores. Esse é o processo, mas ninguém pode com a sua história'. Sei que tenho um bom legado também no social, são milhares de pessoas nas piscinas, oito quadras de tênis, cinco quadras poliesportivas... mas agora o time está levando pau no futebol agora e vai sobrar para mim, fazer o quê? Sei que a coisa é assim".

Juvenal terá alguns dias de tranquilidade para definir o rumo do clube na pior crise de sua história. Segunda-feira, a delegação viaja para a Europa, mas ele ficará no Brasil trabalhando.

Acostumado a roubar a cena quando concede entrevistas, o presidente Juvenal Juvêncio não decepcionou nesta quinta-feira e brindou os jornalistas que acompanhavam a apresentação de Paulo Autuori como novo técnico da equipe. Logo ao iniciar seu discurso, ele deu dicas de estar em um dia "inspirado" e lembrou as críticas que vem sofrendo pela troca constante de treinadores desde a saída de Muricy Ramalho em 2009 - foram sete técnicos no período.

Ao explicar os motivos de preferir Autuori a Muricy Ramalho, Juvenal disse ter usado a razão e afirmou ter respeito enorme pela torcida, mas deixou claro: quem manda é ele e não é a pressão popular que o faria mudar de ideia. "O São Paulo tem gestor, tem pessoas que gostam, tem pessoas que não gostam. E o gestor quis o Autuori. E eu pergunto, "não ao Autuori por quê?". Tenho grande respeito pela torcida, e torcida é paixão, administração é razão, há uma dicotomia frontal e definitiva. Quando decidimos pelo Autuori, decidimos pelo profissional e pelo cidadão que todos conhecem. O São Paulo está vivendo um mal momento, está ruim, perdemos aqui, acolá e quem vai ao campo não está satisfeito; o abatimento da torcida é grande e vejo até um certo incentivo para que a torcida se rebele não com os atletas, mas com os dirigentes. Sei ler isso nas linhas e entrelinhas e com muita agudez, mas isso faz parte do nosso cotidiano: os atletas ganham e os dirigentes perdem. Isso é desde a época de Princesa Isabel, mas estamos acostumados", disse.

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Nem mesmo o Corinthians passou ileso à língua ferina do dirigente. Ao tentar explicar as razões de tantas trocas, Juvenal defendeu o trabalho e disse que as movimentações eram necessárias até se acertar e, munido de um papel, citou as trocas no rival até iniciar a fase de sucesso de Mano Menezes e Tite.

"Vocês não me perguntaram, mas eu vou falar, vamos um pouco às estatísticas que ninguém gosta? Em 2003, Geninho foi contratado pelo Corinthians e ficou nove meses. Em seguida, veio Junior, dez dias. Juninho Fonseca, quatro meses. Depois, Oswaldo de Oliveira, três meses. Tite, dez meses. Depois veio o Passarella, ficou dois meses. Marcio Bittencourt, quatro meses. Lopes, cinco meses. Adhemar Braga mais dois meses. Geninho, três meses. Leão, nove meses. Depois, Carpegiani... cinco meses. Zé Augusto, um mês. Nelsinho Baptista, três meses. Aí veio o Mano Menezes, que ficou um ano e meio (na verdade dois anos e meio), Adilson Batista, três meses, e agora está o Tite, que ficou como o Muricy. Pensei que vocês iam falar sobre isso", ironizou, esquecendo-se que a troca frequente de técnicos acabou justamente quando o rival alvinegro foi rebaixado.

A postura de confronto de Juvenal também encontrou eco quando ele foi perguntado se as posturas da direção não estariam ajudando o time a não conseguir os resultados. Ele se defendeu e disse que a imprensa costuma dar pouco crédito às suas realizações.

"Deixo vocês livres para perguntar para qualquer jogador se há algum descontentamento, se o tratamento não é igual do Rogério Ceni ao anônimo, se o jogador não é punido, se os salários não são pagos em dia e os bichos no vestiário, se não ficam nos melhores hotéis, seus campos de treinamento, a fisiologia do esporte, o Reffis, Cotia. Onde está a deficiência? Esse presidente vai embora logo e alguns ficarão satisfeitos e vou louvá-los porque o mundo não é diferente dos demais. Reformulamos à equipe há um ano e meio e só sobrou o Rogério, mas isso foi muito pouco divulgado".

Não foi só o técnico Ney Franco que precisou administrar a fúria da torcida após a derrota para o Goiás por 1 a 0 no Morumbi na última quarta-feira, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. A exemplo do que acontece quando a equipe não convence em campo, sobrou para o presidente Juvenal Juvêncio escutar coros pedindo sua saída do clube.

Os gritos começaram ainda durante o jogo e continuaram em frente ao estádio. A principal organizada xingou o presidente e acusou os atletas de serem "pipoqueiros". Como de praxe, Juvenal não rebateu as acusações, mas o vice Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, foi o único a se manifestar e defendeu o dirigente, a quem pode suceder em 2014. "Foi uma reação emocional e em contexto de exploração política. É como um descarrego que sai em um momento pelo resultado da equipe", minimizou o dirigente.

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Em entrevista recente após a eliminação nas oitavas de final da Copa Libertadores - que culminou no afastamento de sete jogadores do elenco -, Juvenal disse não se ver como um dos responsáveis pela fase ruim da equipe, preferindo distribuir a culpa entre comissão técnica e jogadores.

O mau momento do clube fez o ex-superintendente de futebol Marco Aurélio Cunha, conselheiro do clube e ex-aliado de Juvenal, se lançar como candidato de oposição. Ele ainda costura alianças no conselho deliberativo para viabilizar sua candidatura, pois precisa de 55 assinaturas dos 160 conselheiros vitalícios para concorrer.

Os jogadores do São Paulo foram recebidos em Cotia pelo presidente Juvenal Juvêncio, que mais uma vez se reuniu com o grupo e com a comissão técnica. O dirigente tratou de levantar o astral do grupo, ainda mais depois de decidir pelo afastamento de sete jogadores do elenco - Fabrício, Cañete, Cortez, João Filipe, Wallyson, Luiz Eduardo e Henrique Miranda.

O técnico Ney Franco também participou da conversa e detectou que o grupo está um pouco abatido. "Nos apresentamos em baixa, mas já começamos o trabalho para recuperar esses atletas. É duro ver outras equipes disputando finais e decisões, mas isso vai passar", avisa o treinador.

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Ele garante que o trabalho que está sendo realizado em Cotia vai ser importante para dar mais padrão de jogo ao time e melhorar o nível dos atletas. "Fisicamente eles estão bem, mas tecnicamente vamos melhorar. Começamos a conhecer os novos jogadores que vieram da base, o Silvinho também chegou faz pouco tempo e ainda esperamos mais dois do Mogi", conta, sobre a contratação do lateral-direito Caramelo e do meia Roni, que ainda não assinaram.

As eliminações na Libertadores e no Campeonato Paulista não passaram impunes no São Paulo e, nesta sexta-feira, o presidente do clube, Juvenal Juvêncio, anunciou o afastamento de sete jogadores. Os principais nomes desta lista são o lateral Cortez, o volante Fabrício, o meia-atacante Cañete e o atacante Wallyson, que receberam algumas oportunidades neste ano. Os outros nomes são dos zagueiros João Filipe e Luiz Eduardo, e do lateral Henrique Miranda.

Com a próxima partida marcada somente para o dia 26, na estreia do Campeonato Brasileiro, contra a Ponte Preta, a comissão técnica decidiu levar os treinamentos para o CT de Cotia. Estes sete nomes, no entanto, não seguirão com o elenco e farão trabalhos em separado no CT da Barra Funda. A novidade fica por conta do retorno do lateral-esquerdo Juan, que estava afastado e voltará a fazer parte do grupo para suprir a ausência de Cortez.

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"Vamos segunda-feira para Cotia e ficaremos lá até a estreia no Brasileirão. Não vão para lá João Filipe, Cañete, Wallyson, Fabrício, Cortez, Luiz Eduardo e Henrique Miranda. Ficarão treinando com outros. Eles vão ser emprestados, sobretudo Luiz Eduardo e Miranda, esse é nosso processo de reciclagem, porque acreditamos neles", disse Juvenal.

Entre os jogadores afastados, os jovens Luiz Eduardo e Henrique Miranda (ambos de 20 anos) ainda contam com a confiança da diretoria e podem voltar ao clube no futuro. João Filipe e Cortez tiveram bons momentos no passado, chegaram a se destacar, mas perderam espaço. Já Fabrício, Wallyson e Cañete sofreram com problemas físicos nos últimos tempos e nunca compensaram o investimento feito neles.

O primeiro semestre do São Paulo foi por água abaixo na última semana, com a eliminação para o Corinthians, nos pênaltis, na semifinal do Campeonato Paulista, e a goleada sofrida diante do Atlético-MG, por 4 a 1, que tirou a equipe nas oitavas de final da Libertadores. Os resultados deflagraram uma crise no clube, da qual Juvenal disse não ter culpa.

"Você sabe, eu acho que não tenho (culpa). Eu procurei fazer o máximo. Nós procuramos dar o melhor, trazer exemplos, dar condições, e não conseguimos. Não transfiro a culpa para os atletas, estou dentro do processo, mas não contribuí para ele. Tanto que estou aqui tentando reverter esse quadro", comentou.

De acordo com o presidente são-paulino, os jogadores estavam cientes da importância dos títulos da Libertadores e do Campeonato Paulista para o clube, mas o "futebol pregou uma peça". "Perdemos o primeiro semestre. Tinha feito o discurso para os atletas da importância do Paulistão e da Libertadores, mas o futebol tem disso e nos pregou uma peça."

A reapresentação dos jogadores do São Paulo contou com uma presença ilustre nesta segunda-feira (6). O presidente do clube, Juvenal Juvêncio, esteve presente no CT da Barra Funda, visitou os jogadores titulares no vestiário - enquanto os reservas participavam de um treinamento - e não escondeu sua chateação pelo momento da equipe.

Apesar da presença do presidente, o meia Jadson minimizou e negou que tenha havido qualquer tipo de reunião ou cobrança pela eliminação do Campeonato Paulista, no último domingo, diante do Corinthians. "Ele só chegou e cumprimentou todo mundo, mas está bastante chateado. Ele espera que a gente dê a volta por cima", explicou.

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Mesmo negando qualquer tipo de cobrança, Jadson sabe que a classificação diante do Atlético-MG, nesta quarta-feira, na Libertadores, será fundamental para restaurar a paz no São Paulo. "Não teve conversa, ele só veio aqui. O presidente está esperando muito desse grupo, investiu bastante e quer um retorno."

Depois de perder por 2 a 1 na ida, no Morumbi, o São Paulo está em situação complicada e precisa vencer o Atlético-MG por dois gols de diferença - ou por um, desde que o resultado seja superior a 2 a 1 - para garantir vaga nas quartas. "Ele (Juvenal) sabe que a gente tem um jogo importante e está nos apoiando para que consigamos reverter a situação", comentou Jadson.

A derrota da última quinta-feira para o Arsenal complicou a vida do São Paulo na Libertadores e aumentou a pressão sobre Ney Franco. No desembarque da equipe na capital paulista, nesta sexta, Juvenal Juvêncio se pronunciou sobre o treinador, o elogiou, mas não garantiu sua permanência até o fim do contrato, em dezembro.

Juvenal explicou que tem mantido essa conduta e que a permanência de um técnico só é garantida com resultados. "Se nem a Cúria Romana garantiu o (papa) Bento XVI, como vou garantir (a permanência de Ney Franco)? Tenho me escorado nisso", disse o presidente.

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Mesmo sem confirmar a continuidade de Ney Franco, Juvenal fez questão de elogiar o treinador e apostou na recuperação da equipe. "O Ney é um profissional muito trabalhador e eu mantenho a nota oito que dei para ele, mesmo após essa derrota", afirmou.

A sequência do treinador no cargo pode depender da classificação para as oitavas de final da Libertadores. Atualmente, o São Paulo é o segundo colocado do Grupo 3 e estaria classificado, mas somou apenas quatro pontos em quatro jogos e vê a vaga em risco. O próprio presidente do clube admitiu a possibilidade de eliminação. "Não sei se classifica, espero que sim. Nem que para isso eu tenha que entrar dentro de campo", brincou.

Entre os jogadores, o discurso foi de apoio a Ney Franco. Até mesmo o zagueiro Lúcio, que demonstrou irritação ao ser substituído na última quarta-feira e foi para o ônibus antes mesmo que seus companheiros deixassem o vestiário, elogiou o treinador e o ambiente no São Paulo.

"O ambiente no grupo é bom, mas infelizmente não conseguimos a vitória", declarou. "Vou continuar trabalhando, e se teve algum motivo para eu ser substituído vou tentar melhorar. Foi uma decisão do treinador e tenho que respeitar", completou.

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