A comédia "A Entrevista", filme que provocou a indignação da Coreia do Norte pela sátira a Kim Jong-Un, estreou nesta quinta-feira nos Estados Unidos, depois que o estúdio voltou atrás na decisão de cancelar a exibição, um fato comemorado pelo elenco.
Seth Rogen, astro do filme, e o co-diretor Evan Goldberg fizeram uma aparição surpresa em uma das primeiras exibições em Los Angeles, pouco depois da meia-noite, e agradeceram aos espectadores pelo apoio para a exibição do filme. "Nós pensamos que isto poderia não acontecer", disse Rogen para os fãs.
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A sala de cinema fica perto das casas de Rogen e Goldberg, informaram os dois. "O fato de que está sendo exibido aqui e que todos vocês vieram", disse Goldberg, "é super f... emocionante", completou Rogen. "Nós só gostaríamos de agradecer. Se não fosse por cinemas como este e por pessoas como vocês, isto literalmente não estaria f... acontecendo agora", disse o ator canadense.
O lançamento do filme ficou incerto depois que a Sony anunciou o cancelamento da estreia, após um ataque cibernético contra a empresa, com ameaças aos cinéfilos que comparecessem às salas de cinema.
Mas na quarta-feira, a Sony anunciou que "A Entrevista" já estava disponível no YouTube, Google Play e no Xbox da Microsoft, assim como no site www.seetheinterview.com, um dia antes da estreia limitada a 200 cinemas nos Estados Unidos.
O número de salas é consideravelmente pequeno, pois a previsão inicial era de um lançamento em algo 2.000 e 3.000 cinemas. Os internautas podem alugar o filme por 5,99 dólares ou comprar por 14,99 dólares. A Sony também negocia com o Netflix para disponibilizar o filme nesta plataforma.
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O longa-metragem, repleto de diálogos grosseiros, insinuações sexuais e humor escatológico, narra uma operação fictícia para assassinar o ditador norte-coreano Kim Jong-un, planejada pela CIA.
Na trama, o apresentador de um programa sensacionalista de TV, o festeiro Dave Skylark (James Franco), e seu produtor (Rogen) conseguem uma entrevista exclusiva com o dirigente do país mais isolado do mundo.
Várias das grandes redes de cinema dos Estados Unidos se negaram a exibir o filme, depois das ameaças de ataques contra as salas, o que provocou o anúncio de cancelamento da Sony.
O presidente americano, Barack Obama, havia ameaçado a Coreia do Norte por represálias pelo ataque cibernético e chamou de "erro" a posição inicial da Sony.
Obama elogiou a decisão de lançar o filme.
"Fico feliz com a estreia", afirmou.