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Uma confusão envolvendo jogadores e torcedores do Legia Warsaw, da Polônia, causou a prisão de dois jogadores do time a quinta-feira (5), após partida contra o AZ Alkmaar, na Holanda, pela Liga Conferência, e iniciou uma crise diplomática entre autoridades polonesas e holandesas.

Ao fim da vitória do time holandês por 1 a 0, na cidade de Alkmaar, o português Josué e o sérvio Radovan Pankov foram retirados do ônibus da equipe polonesa pela polícia local. E foram detidos enquanto os demais jogadores do Legia Warsaw voltaram para Varsóvia, capital polonesa.

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A polícia local não explicou as causas da contenda entre os jogadores e os policiais. Houve ainda confusão com parte da torcida visitante. De acordo com a polícia holandesa, os torcedores e o clube poloneses não respeitaram suposto acordo prévio de que não haveria presença de fãs do time visitante na partida disputada em Alkmaar.

Nesta sexta, o primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, e demais autoridades polonesas cobraram explicações pela prisão dos jogadores do time do país. Em campanha para eleições marcadas para o dia 15 deste mês, o político afirmou que incumbiu diplomatas para investigar o caso.

"Jogadores e torcedores poloneses devem ser tratadas de acordo com a lei. Não concordamos com a violação das leis", disse o primeiro-ministro, pelas redes sociais. O secretário-geral da Federação Polonesa de Futebol, Lukasz Wachowski, afirmou que também cobrou explicações da federação holandesa e também da Uefa, responsável por organizar a Liga Conferência, terceira competição entre clubes mais importante do continente, atrás da Liga dos Campeões e da Liga Europa.

De acordo com a imprensa local, torcedores do Legia entraram em confronto com seguranças do estádio e com policiais nos portões de entrada do local. Um policial desmaiou. Outros fãs do time visitante tomaram cassetetes e gás de pimenta da própria polícia. Alguns entraram no estádio sem ingressos. Ao fim da partida, a polícia fechou alguns portões de saída, gerando novos confrontos.

A Uefa denunciou nesta sexta-feira (4) o Legia Varsóvia por conta de manifestação política da torcida em jogo da fase preliminar da Liga dos Campeões, na quarta-feira. Torcedores do clube polonês exibiram faixa gigante na qual lembraram episódio histórico em que nazistas mataram 160 mil poloneses nas arquibancadas durante o jogo contra o Astana, do Casaquistão.

A faixa lembrou o aniversário da Revolta de Varsóvia, que começou no dia 1º de agosto de 1944, na reta final da Segunda Guerra Mundial. Na Polônia ocupada pela Alemanha nazista, os poloneses iniciaram um movimento de resistência que foi abafado pelos alemães, deixando um salto de 160 mil mortos, incluindo milhares de crianças.

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Na partida disputada no dia 2 de agosto, a torcida exibiu imagem gigante de um soldado nazista apontando uma arma na cabeça de uma criança. Ao redor da imagem, num mosaico, havia o número 1944, sobre um fundo nas cores branca e vermelha, em alusão à bandeira polonesa. Abaixo havia a mensagem "Durante a Revolta de Varsóvia, os alemães mataram 160 mil pessoas. Milhares eram crianças".

A manifestação política motivou a denúncia da Uefa, que abriu procedimento disciplinar para investigar o caso. A entidade denunciou o clube citando uma "faixa ilícita" e também porque torcedores bloquearam as escadas das arquibancadas durante o jogo.

Com o procedimento, o Legia Varsóvia pode levar multa ou até ter que jogar com os portões fechados em competições organizadas pela Uefa - o time foi eliminado da Liga dos Campeões na partida contra o Astana. O time tem histórico de punições por brigas de torcida e até manifestações a favor do nazismo.

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