O Santa Cruz vive um momento de pressão na temporada. A oscilação de rendimento da equipe tem incomodado a torcida tricolor que aumenta o coro e a pressão em cima do comandante da equipe, Leston Junior. O LeiaJá aproveitou para analisar o percurso de Leston até aqui no comando do tricolor.
Contratado para assumir a equipe em novembro de 2018, Leston vinha de um trabalho positivo no comando do Botafogo-PB e chegou com discurso alinhado com a diretoria. Ciente das limitações financeiras, Leston prometeu dar espaço aos jogadores da base. Desde então nomes como Elias, Ítalo Henrique e João Victor passaram a fazer parte do elenco.
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O começo foi promissor. Logo na estreia do Pernambucano uma vitória por 3x0 contra o América ajudou a equipe a engatar uma boa sequência. A primeira derrota só veio na quinta rodada para o Salgueiro por 2x0. Enquanto isso, Leston Junior já tinha avançado com a equipe para a segunda fase da Copa do Brasil ao eliminar o Sinop-MT. Na Copa do Nordeste sempre se manteve entre os quatro primeiros do seu grupo.
A derrota para o Salgueiro no estadual não abalou a equipe que venceu o Sport na rodada seguinte. Ainda na boa fase, venceu mais um rival. Eliminou o Náutico na Copa do Brasil e seguiu avançando. O primeiro momento de questionamento da torcida veio após uma derrota inesperada.
Na sétima rodada a equipe perdeu para o Vitória das Tabocas, na Arena Pernambuco, lanterna da competição, foi o início da contestação. Como já foi citado, o Santa tem como maior problema a oscilação. Se no estadual a pressão aumentava, o alivio veio com uma vitória a ferro e fogo sobre o CRB nas quartas de finais da Copa do Nordeste. O Santa perdia o jogo até os 43 minutos do segundo tempo, mas Willian Alves de cabeça empatou a partida, vencida nas penalidades, e reservou seu lugar na semifinal do nordestão contra o Fortaleza.
Mesmo pressionado Leston Junior tem 11 vitórias em 25 partidas como treinador do Santa Cruz
Foto: Chico Peixoto/LeiaJáImagens
Nesse momento da temporada, a linha entre o apoio, e cobrança da torcida, era muito tênue devido a essa falta de equilíbrio na equipe. O Santa volta a fazer um grande jogo contra o ABC pela Copa do Brasil no Arruda e reverte a vantagem de 1x0 que a equipe do ABC conquistou no Frasqueirão e vence por 3x0. O animo sobe e a pressão diminui.
Na sequencia da competição, vai até o Rio de Janeiro enfrentar o Fluminense e faz um primeiro tempo para esquecer, perde por 2x0 e volta para Recife pressionado. Mas a história volta a entrar no loop. O tricolor faz o seu grande jogo do ano no Arruda, vence o tricolor carioca por 2x0 e leva a partida para os pênaltis, mas acaba eliminado. Porém, o resultado heroico deveria servir de combustível para equipe e alivio para a pressão sobre Leston Junior, mas o empate dentro de casa para o Treze-PB na estreia da série C faz com que a pressão volte.
O estopim para os torcedores foi a ultima partida da equipe. A derrota por 3x0 para o Ferroviário na Arena Castelão revoltou a torcida que pressionam a diretoria para trocar o comando coral. Mas se analisarmos Leston Junior tem os números a seu favor. A frente do Santa Cruz foram 25 jogos, 11 vitórias, 7 empates e 7 derrotas, um aproveitamento acima dos 50%.
A pressão continua, e se Leston quiser mais um momento de alivio nesse céu e inferno vivido por ele precisa vencer o Fortaleza na próxima quinta-feira (9), na Arena Castelão. Se vencer, o Santa garante vaga na decisão da Copa do Nordeste e Leston ganha mais uma oportunidade de trabalhar sem pressão.