O presidente do Santa Cruz, Antônio Luiz Neto, falou com exclusividade ao LeiaJá, nesta terça-feira (17), a sua versão em torno da saída de Leston Júnior do comando do time. Segundo ele, a postura de expor questões internas do clube, como treinar com poucas bolas e mais de cinco meses de atrasos dos funcionários, foi uma atitude infeliz.

“Ele foi muito infeliz, tão infeliz que surpreendeu a todos nós. Sempre dirigi o clube com muita transparência, muita clareza, falando a verdade e aquele tipo de manifestação não agradou a direção. Fiquei surpreso, assisti, tive a calma necessária para fazer a reflexão de duas horas e meia e tomei a decisão da modificação”, disse.

“Levou todo o grupo a se posicionar do lado dele. Não era algo pertinente ao que nós esperamos de alguém do futebol do clube, com a transparência que estamos coordenando com eles e com as verdades que estamos trabalhando”, afirmou. 

ALN contou que, logo depois se decidir por demitir Leston, procurou Marcelo Martelotte, o que justificou o anúncio quase que imediato da sua contratação. Com a situação no passado, ele ainda reforçou a confiança no trabalho do novo treinador.

Mesmo sem vencer na Série D ao fim de 3 rodadas, o técnico Leston Júnior não parece muito preocupado com início ruim do Santa Cruz. Em coletiva concedida neste sábado (7), o treinador Coral citou outro fator como de maior preocupação.

Leston, que falou antes do jogo deste domingo (8) contra o Atlético de Alagoinhas da Bahia, argumentou que a Série D é um campeonato longo e que todos vão oscilar. Essa característica daria a chance do Tricolor se recuperar e, para isso, ele precisa manter a confiança dos jogadores em alta.

"A preocupação que a gente tem sempre é em preservar o ambiente para que os atletas não percam confiança naquilo que eles estão executando. A nível de pontuação em algum momento você vai ter oscilação. É uma competição muito equilibrada”, disse.

Segundo ele, vencer está mais ligado à confiança do time. “A necessidade de vencer está muito mais voltada interiormente do que matematicamente. Claro que gostaríamos de estar em uma condição melhor, mas é importante manter a confiança”.

A volta do torcedor tricolor ao estádio do Arruda não passou despercebida por Leston Junior, treinador da equipe, na coletiva pré-jogo desta sexta-feira (19). O técnico, que na primeira passagem pelo Santa Cruz teve a chance de jogar com estádio lotado, ressaltou a importância da torcida no duelo das quartas do estadual. 

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"Sem dúvida nenhuma, ficamos muito mais fortes. O Santa Cruz está no hall de clubes que, historicamente, com a presença do torcedor no estádio, consegue uma atmosfera diferente. Estamos muito ansiosos por esse reencontro, com esse apoio e essa energia", disse.

O treinador também avaliou o confronto de caráter decisivo com o Caruaru City e disse que espera um jogo tenso no Arruda: “É um jogo eliminatório, de 90 minutos, com um caráter definitivo. Isso traz muita expectativa, tende a ser um jogo tenso. O adversário vai exigir da gente e precisamos fazer um jogo equilibrado, concentrado, fazendo prevalecer nossa força jogando no Arruda".

O jogo no Arruda começa às 16h. O Santa Cruz iniciou a venda dos ingressos na bilheteria do estádio nesta sexta-feira. Os tíquetes custam 30 reais.

Sem espaço para sensação de terra arrasada. Foi com esse pensamento que Leston Júnior tentou reforçar a confiança no elenco após a goleada sofrida diante do Retrô no Arruda. Neste sábado (5), o tricolor da capital recebe o Vera Cruz e o técnico espera que o que foi trabalhado durante os treinos pós vexame seja aplicado dentro de campo pelos jogadores corais.

“A semana foi diferente em função do que aconteceu. Mas o grupo reagiu muito forte desde a reapresentação, transformando a chateação em combustível. Sem sentimento de terra arrasada por um resultado atípico. Estamos muito mobilizados a fazer uma apresentação mais compatível com o que enxergamos como o ideal”, afirma o treinador.

Aspecto físico

Com apenas 7 jogos na temporada, já que o time só disputa o Pernambucano e a Série D este ano, os jogadores do Santa ainda suam para chegar à preparação ideal. Para Leston, o tempo de inatividade do elenco contratado ainda influi no desempenho.

“Individualmente estamos vendo evoluir o aspecto físico dos jogadores. 90% do elenco que montamos estava há mais de três meses inativo. A cada semana melhoramos e a parte física vai dar suporte para a evolução tática e técnica”, prevê.

Ao ataque

Com fragilidades evidenciadas pelo duro golpe que sofreu na última rodada do pernambucano, Leston teve uma semana cheia de treinamentos para corrigir problemas e aprimorar o que vinha funcionando até o clássico com o Sport: seu ataque.

“Contra o Retrô foi o jogo em que tivemos o maior percentual de posse de bola no campeonato, mas não conseguimos transformar em efetividade no ataque. Nessa semana, a gente direcionou o trabalho para um pouco mais de verticalidade. Queremos reproduzir no jogo o que acompanhamos de evolução durante a semana”, afirma Leston Júnior.

Para o setor, o time volta a contar com Matheus Anderson e Rafael Furtado, um dos artilheiros do time, que se recuperaram de lesão. Mas eles não devem iniciar o jogo.

Peso de 2021

O técnico coral ainda falou sobre o tamanho da responsabilidade dele e dos jogadores que aceitam vir defender o Santa Cruz na atual temporada.

“Todo mundo tem a noção exata do cada jogo representa neste ano de balas de prata, digamos assim. Todo jogo tem impacto para essa e para a temporada de 2023. Mas esse grupo não pode e não tem nenhuma responsabilidade da desastrosa temporada de 2021”, finaliza.

Após a pesada derrota do Santa Cruz para o Retrô, no Arruda, neste sábado (26), o técnico Leston Júnior respondeu aos questionamentos da torcida e aproveitou para endereçar um pedido de desculpas à torcida Tricolor pelo placar de 4x0.

“Junto com todo grupo e comissão técnica eu queria me desculpar pelo resultado, o torcedor deve estar revoltado e a gente compartilha desse sentimento também e não tem nada que eu diga aqui que vai amenizar”, disse Leston na coletiva.

O treinador também falou sobre o jogo em si e dos erros cometidos pela equipe e ainda completou dizendo que eles foram felizes porque “foram muito efetivos” .

“Acredito que o que mais causou o impacto da derrota foram os erros que nós cometemos em dar ao Retrô aquilo que tem de melhor. É um time bem treinado, que tem uma ideia de jogo bem definida com uma transição muito rápida e nós sabíamos que precisávamos fazer com que esse jogo deles não entrasse. Foram muito efetivos”, disse.

Leston ainda avaliou o sistema defensivo da equipe que só no primeiro tempo levou três gols, mas disse que era "covardia" colocar a culpa da derrota só nos defensores. “O jogo, ele é coletivo, é 11 contra 11. Quando você sofre gol, nem sempre ou, na maioria das vezes, o início da jogada, de um erro de uma perda de bola, acontece de trás para frente. O Retrô teve facilidade porque nós erramos em situações técnicas, erramos em posicionamentos para coibir os contra ataques do Retrô, mas isso é um erro coletivo e não um erro setorizado”, completou o treinador.

A pressão do Clássico das Multidões foi tema da entrevista de Leston Júnior, em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (18). Com vários jogadores que nunca jogaram a partida, o treinador do Santa Cruz fez questão de ressaltar que preparou os atletas para o duelo "sem pressãoexacerbada".

“Eu digo sempre que o jogo da estreia, o jogo das finais e os clássicos, normalmente, são jogos cercados de uma expectativa maior. E o que temos procurado fazer é transmitir isso para os atletas. Não é um jogo normal, é um jogo que tem um peso diferente, mas isso não pode trazer nenhum tipo de pressão exacerbada que tire a naturalidade deles”, disse.

O treinador também comentou que sua equipe tem que estar preparada para todas as situações. E que, apesar de todo o contexto em torno do jogo, o resultado não pode ser um fator definidor da condição da equipe.

“O resultado de um jogo de futebol tem que ter sempre consequência e não sequelas. Você pode ganhar o jogo e isso não significa que você tá pronto, que está preparado para ser campeão e o resultado adverso não pode trazer sequela de achar que é terra arrasada, que precisa mudar tudo. A gente precisa entender o que contexto do que vai dizer os 90 minutos”, afirmou.

Com uma semana só de treinos, o técnico coral disse que espera uma equipe forte fisicamente e detalhou que usou os dias para recuperar atletas e fazer uma especie de “resumão” dos movimentos táticos trabalhados até aqui. A bola rola neste sábado (19), na Ilha do Retiro, às 16h.

Um Santa Cruz além das expectativas, essa foi a resposta dada por Leston Júnior em coletiva de imprensa nesta terça-feira (8) quando questionado sobre o início de temporada do time. Até aqui são três jogos e três vitórias.

O fato de o clube ter basicamente um time novo, as crises políticas e as dificuldades na montagem do elenco foram ressaltadas por Leston como justificativa para a desconfiança em torno da equipe. Mas, mesmo com o bom início, ele pontua que existe muito a melhorar. 

“Em matéria de resultado, estamos até além das expectativas (...) Porém não nos empolgamos, e sabemos que tem uma linha de crescimento e de melhora. Tomara que a gente consiga perdurar tendo bons resultados associados a melhora gradativa da equipe", disse.

Mas se a montagem do elenco foi um problema, pelo menos no ataque, Walter e Rafael Furtado mostraram até aqui que podem e devem ajudar na temporada. Mas Leston fez questão de afastar as chances de usar os dois juntos e explicou.

“O grande problema em começar com Walter e Rafael Furtado juntos, como ideia principal, é a falta de articulação. Teria dois jogadores com presença de área, mas teríamos dificuldades pela falta de articuladores. Se não tiver homens pelo lado, que façam dobra pela lateral e criem oportunidade de linha de fundo, você terá dificuldade de abastecer esses jogadores”, detalhou.

Ele também aproveitou para falar do Salgueiro, adversário do Santa Cruz nesta quarta-feira (9), no Cornélio de Barros, às 20h30.

“As dificuldades são inúmeras, só pegar o histórico recente. Não só o Santa Cruz mas todos os adversários têm dificuldade de jogar no domínio do Salgueiro, uma equipe que sempre usou bem o fator casa. A gente espera uma dificuldade grande”, encerrou.

No último dia de preparação para a estreia do Campeonato Pernambucano, o treinador Leston Júnior tratou de traçar os objetivos do Santa Cruz para a competição. Antes de mais nada, se classificar entre os dois primeiros colocados e ir às semifinais de forma direta. Depois, pensar em título.

“Um clube com a grandeza do Santa Cruz, da representatividade do Santa Cruz vai sempre entrar com protagonismo na competição. Só não quero iniciar a competição com a meta estabelecida de ser campeão. Ser campeão está muito longe. A meta é primeiro se classificar entre os dois mais bem colocados do grupo para ir direto à semi e aí depois gradativamente ir buscar os outros objetivos”, concluiu.

O Santa Cruz será o único do trio de ferro a participar apenas de uma competição no início do ano, o estadual. Tendo que focar no Pernambucano, Leston deu sua opinião sobre o atual elenco do clube e o que espera da estreia deste sábado (29).

“É o primeiro jogo oficial de um time completamente novo, de um elenco completamente novo e futebol requer processos para que você tenha uma equipe no nível que a gente almeja ter. Temos uma expectativa positiva, estamos confiantes para a estreia, mas a gente sabe que enfrentaremos grandes necessidades em Caruaru”, declarou.

O lateral Marcos Martins, que pela terceira vez trabalha com Leston Junior, aposta no treinador como grande trunfo coral na próxima temporada. Apenas com o Campeonato Pernambucano e a Série D em disputa, Marcos acredita que a capacidade de montar elencos com custo menor vai fazer o Santa Cruz crescer em 2022.

“Leston, quando ele inicia o trabalho, cresce muito, quando o elenco é montado por ele, evoluiu muito, por isso que sempre quero trabalhar com ele. O time que ele monta é muito organizado”, disse. Segundo o lateral, foi essa organização que fez o 'azarão' Floresta evitar o rebaixamento na última Série C.

“Não era uma equipe com muitos jogadores, era uma equipe reduzida e com organização. Foi isso que aconteceu no Floresta”, ressaltou. O jogador ainda aproveitou para avaliar o início dos treinamentos.

 “Os trabalhos estão sendo bons, poucos jogadores ficaram, mas tem uma garotada boa. Muitos jogadores estão vindo para acrescentar daqui para janeiro e só temos a crescer”, pontuou.