Políticos e jornais norte-americanos teceram duras críticas à postura adotada pelo presidente Donald Trump no encontro com o líder russo, Vladimir Putin, nessa segunda-feira (16), na Finlândia, durante o qual defendeu uma melhora nas relações entre Washington e Moscou e negou qualquer interferência de hackers russos nas eleições à Casa Branca de 2016. O republicano chegou a criticar a investigação conduzida dentro do próprio país sobre o caso.
O ex-vice-presidente Joe Biden afirmou que a coletiva de imprensa de Trump e Putin "não foi digna de um presidente dos Estados Unidos", pois não reflete aquilo que os cidadãos "pensam e nem o que são". "Trump insultou nossos amigos e se aliou aos nossos adversários", alegou Biden.
##RECOMENDA##Já o ex-diretor do FBI James Comey pediu que os patriotas "se coloquem de pé para rechaçar o comportamento" de Trump, que "eximiu um criminoso mentiroso e se negou a apoiar o próprio país". Até Newt Gingrich, um dos maiores aliados e defensores de Trump, disse que o mandatário cometeu "o erro mais grave da sua Presidência e deve se corrigir imediatamente". A imprensa dos EUA também repercutiu as declarações de Trump.
Para o jornal "The Washington Post", Trump "confabulou abertamente com o líder criminoso de uma potência hostil", negando-se a admitir o comportamento de Moscou e "destroçando o sistema judiciário de seu país". O "The New York Times" disse, por sua vez, que Trump "está trabalhando duramente para sabotar os laços dos Estados Unidos com a Otan e com a União Europeia, e para debilitar a influência norte-americana no Oriente Médio". O "The New York Daily News" foi mais fundo e chamou a postura de Trump de "traição", em um artigo ilustrado com uma imagem do republicano apontando uma arma para o "Tio Sam".
Da Ansa