Tópicos | Lloyd Austin

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou nesta quarta-feira(15) que os aviões americanos voarão "onde o direito internacional permitir" e advertiu a Rússia a agir com precaução depois que um de seus aviões supostamente derrubou um drone americano.

Austin fez a declaração pouco depois de uma conversa por telefone com seu homólogo russo, Sergei Shoigu, sobre o incidente de terça-feira sobre o Mar Negro, quando dois caças russos interceptaram um drone de vigilância americano e danificaram sua hélice.

Os Estados Unidos chamaram a atitude russa de "imprudente" e "pouco profissional", enquanto Moscou negou sua responsabilidade e acusou Washington de realizar voos "hostis" na região.

"Os Estados Unidos continuarão voando e operando onde o direito internacional permitir", disse Austin aos jornalistas depois da ligação com Shoigu. "E corresponde à Rússia operar seus aviões militares de maneira segura e profissional", acrescentou.

O chefe do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, general Mark Milley, disse que o Pentágono está analisando vídeos e dados do drone para ver exatamente o que aconteceu.

"Se foi intencional ou não? Ainda não sei", disse aos jornalistas. "Sabemos que a interceptação foi intencional. Sabemos que o comportamento agressivo foi intencional, também sabemos que foi muito pouco profissional e muito inseguro".

"Mas o contato real do caça russo (...) o contato físico, ainda não temos certeza".

Austin agradeceu seu colega russo pela conversa. Desde o início da invasão russa à Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, o contato direto entre as principais autoridades de defesa de ambos os países tem sido extremamente raro.

"Levamos muito a sério qualquer potencial de escalada e por isso acreditamos que é importante manter abertas as vias de comunicação. Creio que é realmente fundamental que possamos pegar o telefone e conversar entre nós. E creio que isso ajudará a evitar erros de cálculo no futuro".

O secretário americano da Defesa, Lloyd Austin, informou no domingo (2) que contraiu Covid-19, no momento em que a variante Ômicron, altamente infecciosa, propaga-se pelos Estados Unidos.

Os sintomas de Austin têm sido "leves". Ele permanecerá em quarentena em casa pelos próximos cinco dias, disse o chefe do Pentágono em um comunicado.

Austin ressaltou que está com o esquema de vacinação completo, incluindo a dose de reforço, o que "fez a infecção ser muito mais leve do que poderia ser".

"As vacinas funcionam e continuarão sendo um requisito médico militar para nossa força de trabalho", lembrou Austin.

"Continuo estimulando todas as pessoas elegíveis para uma dose de reforço a tomá-la", completou.

O secretário disse ainda que seu último contato com o presidente Joe Biden foi em 21 de dezembro, mais de uma semana antes de começar a sentir os primeiros sintomas, e que, naquela manhã, havia testado negativo para o coronavírus.

Segundo o comunicado divulgado, ele permanecerá no cargo e participará, de forma virtual, de reuniões e discussões importantes, "na medida do possível".

Austin é o mais último funcionário do alto escalão do governo americano a contrair covid-19. A secretária de Imprensa de Biden, Jen Psaki, teve em outubro. Recentemente, vários membros do Congresso também anunciaram terem testado positivo para o vírus.

O democrata Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, afirmou nesta quarta-feira, 9, que buscará "acabar com as guerras eternas" do país e fazer com que o uso da força sempre seja "a última ferramenta", ao opinar que o Pentágono deve se concentrar mais nos "objetivos do futuro"

Biden se pronunciou ao apresentar formalmente o nome que escolheu para chefiar o Pentágono, o general reformado Lloyd Austin, que, se confirmado pelo Senado, se tornará o primeiro secretário de Defesa negro da história do país.

##RECOMENDA##

"Temos de acabar com as guerras eternas e garantir que o uso da força seja a última ferramenta à qual podemos recorrer", disse Biden durante ato na cidade de Wilmington, no Estado do Delaware.

O democrata não se referiu explicitamente à Guerra no Afeganistão, a mais longa da história dos Estados Unidos, nem às outras missões dos EUA em países como Somália, Síria e Iraque.

O atual presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a retirada das tropas americanas de todos esses países, com a intenção de deixar apenas 2,5 mil soldados no Afeganistão ao deixar o poder em janeiro, o mesmo número de soldados que permanecerão no Iraque.

Durante o evento, tanto Biden como Austin citaram a "reconstrução" das alianças tradicionais dos EUA como prioridade e mencionaram Europa, Ásia e Pacífico.

"Acho que os Estados Unidos são mais fortes quando trabalham com seus aliados. Se eu for confirmado (pelo Senado), assumirei esse importante trabalho", prometeu Austin.

Entre 2013 e 2016, o general de quatro estrelas foi chefe do Comando Central, encarregado das operações em Iraque, Afeganistão, Iêmen e Síria, na maioria dos países onde os EUA estão ou estiveram em guerra.

Entretanto, Austin enfrenta um obstáculo para entrar no gabinete de Biden: ele só está fora das Forças Armadas há quatro anos, e a lei dos EUA exige que pelo menos sete anos tenham se passado antes que o militar aposentado possa assumir posições no governo.

Biden pediu que o Congresso conceda uma exceção a Austin, que terá de ser votada na Câmara dos Deputados e no Senado e foi concedida pela última vez ao primeiro secretário de Defesa de Trump em 2017, James Mattis. "Eu não pediria esta exceção se não achasse que este momento da história a exigisse", disse Biden.

Gabinete de 'primeiros'

O democrata prometeu nomear um Gabinete que reflita a diversidade da América e seus indicados até agora incluíram vários "primeiros", incluindo Janet Yellen, que seria a primeira secretária do Tesouro do país, e Alejandro Mayorkas, que seria o primeiro imigrante a dirigir o Departamento de Segurança Interna.

"Eu chego a este novo papel como líder civil - com experiência militar, com certeza - mas também com um profundo apreço e reverência pela sabedoria prevalecente do controle civil de nossos militares", disse Austin, nesta quarta-feira.

Um homem intensamente reservado, Austin evitou os holofotes durante uma distinta carreira de quatro décadas em uniforme. Sua nomeação ocorre após um ano de avaliação nos EUA sobre o racismo sistêmico e a injustiça após uma série de assassinatos de negros americanos pela polícia, e muitos clamam por uma maior diversidade na liderança das Forças Armadas, cujo primeiro escalão tem sido predominantemente branco. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

Lloyd Austin, que liderou as tropas americanas durante a incursão em Bagdá em 2003, foi escolhido pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, para se tornar o primeiro secretário de Defesa negro, informou na segunda-feira a imprensa local.

Veterano de conflitos no Iraque e no Afeganistão, o general de reserva de 67 anos superou a até então favorita ao cargo, a ex-subsecretária de Defesa Michele Flournoy, em meio à crescente pressão sobre o próximo presidente democrata para que que nomeie mais minorias em cargos importantes de seu gabinete.

Biden poderá revelar oficialmente a escolha nesta terça-feira (8), informou o Politico, primeiro veículo a divulgar a indicação.

O jornal The New York Times e os canais CNN e ABC confirmaram a informação, citando fontes próximas à decisão. A equipe de Biden permaneceu em silêncio sobre a notícia.

Se for aprovado pelo Senado, o general da reserva se tornará o primeiro afrodescendente a comandar o maior exército do mundo, no qual a comunidade negra está fortemente representada.

Austin também atuou como ex-diretor do Comando Central do Exército (Centcom), organismo que supervisiona as ações militares no Oriente Médio.

Austin passou quatro décadas no exército, se formou na Academia Militar de West Point e seguiu uma carreira com ampla gama de atribuições, desde liderar pelotões, comandar grupos de logística e supervisionar recrutamentos até postos de alto escalão no Pentágono.

Em março de 2003 assumiu o posto de assistente do comandante de divisão da 3ª Divisão de Infantaria quando esta partiu do Kuwait para Bagdá na invasão americana do Iraque. Do fim de 2003 até 2005 permaneceu no Afeganistão e comandou a Força Tarefa Conjunta Combinada 180, principal grupo de operações para estabilizar a região.

Assumiu o comando do Centcom em 2013 e esteve à frente da luta contra o grupo Estado Islâmico (EI). Austin substituiu no posto Jim Mattis, que foi secretário de Defesa do presidente republicano Donald Trump entre 2017 e 2019.

Ele deixou as Forças Armadas em 2016 e passou a trabalhar na indústria da defesa, como muitos de seus antecessores. É membro do conselho de administração da Raytheon Technologies, o que lhe rendeu críticas de alguns setores progressistas.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando