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Uma menina australiana de 4 anos foi encontrada na quarta-feira (noite de terça, 2, no Brasil) em boas condições de saúde, informou a polícia. A notícia trouxe alívio para o país, que esteve em vigília desde o desaparecimento da pequena, há duas semanas.

Cleo Smith foi encontrada depois que a polícia entrou à força em uma casa na localidade costeira de Carnarvon, perto de onde foi vista pela última vez, informou a polícia do estado da Austrália Ocidental em um comunicado postado no Facebook.

"Um dos agentes a ergueu em seus braços e perguntou, 'Qual é o seu nome?'", relatou o subdelegado Col Blanch na nota. "Ela respondeu, 'Me chamo Cleo'".

A polícia deteve um homem em Carnarvon para interrogá-lo.

A menor foi devolvida aos pais pouco depois e sua mãe, Ellie, expressou seu alívio nas redes sociais.

"Nossa família está completa de novo", escreveu no Instagram, junto de uma foto de Cleo.

A menina foi encontrada após uma vasta busca por terra, mar e ar, que levou muitos australianos a expressar nas redes sociais sua alegria depois de mais de duas semanas de angústia.

Não foram dados detalhes sobre as circunstâncias do desaparecimento da menina ou como ela foi localizada.

A polícia ofereceu um milhão de dólares australianos (750.000 dólares americanos) por informações que ajudasse a localizar Cleo, quando se temia que ela tivesse sido sequestrada a barraca onde sua família acampava em Blowholes, 1.000 km ao norte de Perth, em 16 de outubro.

A polícia elogiou nesta quarta-feira a família pela fortaleza nas últimas semanas e agradeceu à comunidade local e aos voluntários pela ajuda nas buscas.

Embora a domesticação do cavalo seja relativamente recente, o local onde ocorreu esse evento evolutivo era até agora um enigma.

Graças à genética, foi possível localizar, nas estepes do norte do Cáucaso, o ponto de partida do caminho compartilhado entre humanos e equinos.

O cavalo foi domesticado há 4.200 anos, milhares de anos depois do cachorro, da vaca, ou da ovelha.

Mas sua domesticação "transformou a história da humanidade em uma escala sem precedentes, pelo que esse animal oferecia: mobilidade, velocidade, instrumento de guerra ...", explica à AFP o paleogeneticista Ludovic Orlando, que liderou a pesquisa sobre o berço deste tipo de cavalo e o estudo publicado na revista Nature na última quarta-feira (20).

Quando o homem domesticou o cavalo, "houve uma espécie de globalização do mundo", acrescenta Orlando.

Permanecia, porém, um véu de mistério quanto à origem do cavalo doméstico e o momento em que ele superou as demais populações de cavalos selvagens.

"O registro fóssil (esqueletos e dentes) não nos mostrava um ponto de ruptura claro" no tempo, diz Orlando.

Então, eles usaram outra técnica: estudar o DNA fóssil, o material genético hereditário que permite voltar no tempo e localizar o "ponto zero" de uma linhagem animal.

- Peneira genética -

Cazaquistão, Sibéria, península de Anatólia, península Ibérica... Havia inúmeras hipóteses sobre a origem do cavalo doméstico, mas nenhuma dava resultados conclusivos.

Por isso, Ludovic Orlando e sua equipe internacional de 162 cientistas decidiram passar pela "peneira genética" todas as amostras de cavalos que conseguiram encontrar na zona da Eurásia: 273 genomas de cavalos que viveram entre 200 e 50 mil anos atrás. Estas amostras foram, então, comparadas com genomas de cavalos domésticos modernos.

Pela leitura e comparação das bilhões de letras do código genético, os cientistas conseguiram identificar uma região onde as diferenças entre cavalos modernos e antigos eram menos pronunciadas.

Trata-se de uma zona nas chamadas estepes pônticas do norte do Cáucaso (sudoeste da Rússia), nas bacias dos rios Don e Volga.

- Expansão meteórica -

Mediante a datação radiocarbônica, eles conseguiram situar a primeira domesticação há 4.200 anos.

Rapidamente, houve uma explosão populacional intensa. O perfil genético se espalhou como pólvora pela Eurásia. Em apenas 500 anos, esses cavalos se tornaram um "elemento continental", substituindo todas as populações de cavalos selvagens do Atlântico à Mongólia.

Esse sucesso é explicado por atributos genéticos que os tornavam mais dóceis, além do desenvolvimento de um dorso mais robusto, que fez destes animais um excelente veículo.

"A expansão foi muito rápida após a domesticação inicial. Por isso, infere-se que havia uma motivação importante para reproduzi-los: porque eram necessários", explica o paleogeneticista.

O estudo mostra como este cavalo se expandiu para a Ásia, ao mesmo tempo em que a roda de raios, usada para o transporte.

Em direção à Europa, porém, a migração de povos indo-europeus não levou o uso do cavalo consigo. Já se sabe que sua propagação por este continente é posterior à expansão destas populações.

Por isso, Ludovic Orlando considera que a imagem de "povos nômades a cavalo procedentes das estepes" está longe de ser real.

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