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Recife vai se tornar cidade-irmã de Veneza, da Itália. Um acordo de irmanamento está sendo discutido e elaborado pelas equipes das duas gestões públicas e uma reunião presencial já foi realizada na sede da Prefeitura do Recife nesta terça-feira (28). O prefeito João Campos recebeu o prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, e discutiu alguns dos pontos estratégicos para a realização de futuros convênios de cooperação em áreas de interesse mútuo. 

“Recife é a Veneza Brasileira e eu diria que Veneza é a Recife Italiana. Temos rios e canais que são comuns às duas cidades e agora nós vamos construir uma agenda técnica com foco nas obras de infraestrutura para contenção do aumento do nível do mar e para a drenagem. Agradeço desde já pela disponibilidade em realizar esse trabalho conjunto”, afirmou João Campos.

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Já para o prefeito Luigi, essa é a oportunidade para construir algo concreto entre as duas cidades. “Venho ao Recife há muitos anos e, pela primeira vez, vim conhecer o prefeito. Acredito que, junto com Veneza, poderemos contar o que o Brasil é hoje, o que foi, mas também o que pode ser. Mostraremos o que temos feito para combater as mudanças climáticas, mas também o nosso trabalho com fontes de energias renováveis e limpas. E vamos trabalhar por um intercâmbio, acima de tudo, cultural, com respeito mútuo, considerando as tradições de cada local”, destacou.

O principal fator global ao qual as cidades-irmãs se fundamentam é o conceito de correspondência. Este conceito é percebido na rede mundial, em que cidades formam um conjunto e, dentro dele, estabelecem acordos de intercâmbio cultural e de partilha de conhecimento, ensino e políticas empresariais, além de outras atividades.

Banhada pelo mar, pelos rios Capibaribe e Beberibe, e cortada por dezenas de canais, Recife tem muitas pontes e, por isso, passou a ser conhecida também como “Veneza Brasileira”, justamente pela semelhança fluvial com a cidade italiana. O apelido foi dado pelo escritor francês Albert Camus, em 1949, durante visita ao município nordestino, que também chamou a cidade de “Florença dos Trópicos”. Assim como Veneza, o Recife integra a lista das cidades mais ameaçadas pelas mudanças climáticas. Nesse sentido, ambas buscam agora atuar de forma unificada para enfrentar esse desafio.

Também participaram da reunião a vice-prefeita, Isabella de Roldão, e os secretários municipais Aldemar Santos (Governo e Participação), Antônio Coelho (Turismo e Lazer). 

*Da Assessoria de Imprensa

 

 O prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, anunciou nesta sexta-feira (17) um projeto para instalar catracas automáticas em todos os acessos do centro histórico da cidade para controlar o fluxo de pessoas.

Segundo Brugnaro, de centro-direita, residentes, trabalhadores pendulares e estudantes poderão baixar um código de acesso nos smartphones que garantirá acesso livre à região. "Nesse ponto, se decidirá quantas pessoas a cidade pode receber", explicou, durante um encontro com donos de hotéis.

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Para turistas, o prefeito prevê lançar um aplicativo e um sistema de compra de ingressos antecipados para entrar em Veneza. Viajantes com reservas em hotéis receberão a chave de acesso junto com a confirmação da hospedagem.

"A ideia é instalar catracas automáticas em todos os acessos da cidade, e a chave ficará no smartphone", explicou. A Prefeitura planejava instituir ainda neste ano uma taxa de até oito euros contra turistas que não pernoitam no centro histórico da cidade.

A cobrança entraria em vigor em 1º de julho, mas foi adiada para 2021 em função da pandemia do novo coronavírus, que atingiu em cheio o setor de turismo. Tanto a taxa quanto o controle de acesso serão voltados a pessoas que visitam o centro histórico de Veneza e as ilhas da cidade, como Murano e Burano, mas sem pernoitar nessas regiões.

Aqueles que dormem na área da Lagoa de Veneza já pagam a "tassa di soggiorno", que varia de um a cinco euros por dia. Por outro lado, adeptos do chamado "bate e volta" hoje não arcam com nenhuma taxa para entrar no superlotado centro histórico da cidade.

"Encontramos uma solução: entra apenas quem reserva", disse Brugnaro nesta sexta, mas sem dar prazos para a implantação das catracas.

Da Ansa

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