Tópicos | Luiz Felipe Scolari

No Palmeiras desde julho de 2010, o técnico Luiz Felipe Scolari vive um dos piores momentos desde que voltou ao clube. Na 18ª colocação do Campeonato Brasileiro, com 20 pontos, cinco a menos do que o Coritiba, melhor time fora da zona do rebaixamento, o treinador deixa claro que apesar da situação complicada na tabela, ele não pensa em deixar o clube.

"Estou trabalhando com a equipe neste estado. Vocês podem notar que os técnicos pediram demissão em outros sentidos e foram indenizados com R$ 2, 3, 4 milhões. E eu, quando pensei em pedir demissão, não quis valor financeiro. Não é agora que eu vou sair. Se fomos campeões juntos, vou ficar junto também se formos rebaixados", avisou o treinador.

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Desde sua volta ao Palmeiras, Felipão pediu demissão três vezes, mas o presidente Arnaldo Tirone não aceitou. A última, foi durante o Paulistão. "Dessa vez não pensei em pedir para sair. Mas, antes, sim. Quando o Palmeiras estava no Paulistão e também um pouco antes da Copa do Brasil eu conversei com eles e pedi para sair. Mas agora não. Não vou fazer absolutamente nada", avisou o treinador, que tem contrato com o Palmeiras até o fim do ano.

O Palmeiras se reapresenta nesta segunda-feira, às 15h, e já inicia os preparativos para o jogo contra o Vasco, quarta-feira, às 22 horas, no Rio de Janeiro, pela 24.ª rodada do Brasileirão.

A derrota por 3 a 0 para a Portuguesa, no Canindé, ligou o sinal de alerta no Palmeiras. O time ocupa a 17ª colocação no Campeonato Brasileiro, com 16 pontos, quatro a menos que o melhor time fora da zona de rebaixamento, o Bahia. Para o técnico Luiz Felipe Scolari, o motivo da queda brusca da equipe, que há menos de dois meses foi campeão da Copa do Brasil, é o fator psicológico.

"Não temos muito o que fazer na parte técnica, eles estão preparados e sabem o que precisa ser feito em campo. A questão mesmo é fazer algumas correções de posicionamento e aumentar a confiança. Não pode ter medo de tentar fazer uma jogada. Estamos embaralhados mesmo e se não arriscar, as coisas não vão mudar", disse o treinador.

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Apesar do discurso, Felipão admite que a situação é tão delicada que ele não sabe o que pode ser feito para as coisas mudarem. "Não tem explicação lógica para nossa situação. Criamos e chutamos menos que antes. Hoje, a bola bate em um e sobra para o atacante, tem escorregão da defesa, coisas que não aconteciam. O que podemos fazer é trabalhar e ter um pouco mais de coração na ponta do pé", resumiu.

O Palmeiras volta a campo neste sábado para enfrentar o Grêmio, às 18h30, no Pacaembu. Para essa partida, a equipe não poderá contar com o meia Valdivia, suspenso pelo terceiro cartão amarelo.

O casamento entre o técnico Luiz Felipe Scolari e o Palmeiras deve durar, no máximo, até o fim do ano. Quem garante isso é o próprio treinador, que em entrevista à TV Gazeta confirmou a sua intenção de deixar o clube ao término do seu contrato.

"Em 2013, não penso em ficar no Palmeiras, e também não pensam em ficar comigo. A gente tem conversado internamente. As pessoas acham que não temos um bom relacionamento, diálogo, mas concordamos como adultos. Sabemos que muitas vezes um ciclo é encerrado com o fim de um contrato", disse o treinador.

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Mas a pressão por bons resultados e um convite tentador de alguma seleção de ponta da Europa pode fazer o treinador deixar o clube antes mesmo do previsto. Enquanto isso não acontece, Felipão trabalha com a equipe e tenta aproveitar as virtudes de seus atletas.

É o caso, por exemplo, do zagueiro Henrique. O treinador admite que gostaria de testar o jogador como volante e pensou em fazer isso contra a Portuguesa, na estreia no Campeonato Brasileiro, mas a lesão de Leandro Amaro atrapalhou seus planos. O zagueiro, Barcos e Daniel Carvalho farão exames nesta segunda-feira para saber a gravidade das lesões que fizeram os três serem substituídos no último sábado, diante do time rubro-verde.

Após folgar no domingo, o Palmeiras se reapresenta nesta segunda-feira à tarde e inicia os preparativos para o jogo de volta das quartas de final da Copa do Brasil contra o Atlético-PR, que será realizado na quarta-feira, em Barueri. A primeira partida, em Curitiba, terminou empatada por 2 a 2.

Mais uma vez, o técnico Luiz Felipe Scolari aproveitou a entrevista coletiva após um jogo para criticar a diretoria do Palmeiras. Depois da goleada sobre o Paraná por 4 a 0, quarta-feira à noite, na Arena Barueri, pela Copa do Brasil, o treinador cobrou reforços e afirmou que é papel dos dirigentes virem a público para avisar a torcida que falta dinheiro nos cofres do clube.

"Eu apresentei uma lista com sete nomes e não contrataram nenhum", reclamou. "Se não tem dinheiro, tenho que ver outro tipo de contratação, como o Mazinho, que não custou nada", exemplificou.

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A bronca não parou por aí. "Vou mais uma vez ajudar o Palmeiras, mas espero que os dirigentes tenham hombridade pra falarem que não tem dinheiro. E ainda digo pra torcida: o Barcos tem dois cartões amarelos e eu só tenho ele como centroavante. Sou mais identificado com o Palmeiras do que alguns dirigentes que aí estão."

Da sua lista, Felipão adiantou que chegou a pedir a contratação do atacante Borges. O gerente de futebol César Sampaio confirmou o nome do atacante. "Existia a chance, mas em uma conversa acabamos descartando. Ele está bem empregado e o Santos não pensa em negociá-lo."

Sampaio tentou não entrar em rota de colisão com Felipão e lembrou que ele mesmo havia avisado na semana passada que o Palmeiras estava sem dinheiro. E disse ainda que dois jogadores de renome podem chegar ao clube, mas apenas para a disputa do Brasileiro. "Estamos ainda procurando uma engenharia financeira para isso."

O Palmeiras conseguiu marcar seis gols em uma mesma partida pela primeira vez desde 2005, quando conseguiu o feito em vitória sobre a Ponte Preta, e, para o técnico Luiz Felipe Scolari, o 6 a 2 diante do Botafogo-SP, neste domingo, foi fruto da qualidade do elenco. De acordo com o treinador, a equipe finalmente tem opções para mudar sua formação dependendo do adversário.

"Agora temos mais opções e facilita para mudar o time de um adversário para o outro. A equipe não é uma maravilha, mas podemos fazer coisas maiores com o que tenho na mão", disse o técnico. "Hoje o Felipão pode falar que tem um elenco. Antes eram poucos jogadores e ele não podia fazer muita coisa. Quando se tem peças de reposição, tudo fica mais fácil, porque nas dificuldades, dá para trocar o time", concordou o volante Marcos Assunção.

Apesar dos elogios, Felipão apontou erros. Ele não gostou do desempenho defensivo do Palmeiras quando ficou com um jogador a mais. Mesmo com a vantagem numérica, a equipe acabou sofrendo dois gols do adversário. "Com 11 contra 10 levamos gols e eu não gostei. É verdade que fizemos três, mas não gostei. Vamos ter que corrigir isso", comentou.

Independentemente de elogios e críticas, o treinador apontou que um objetivo foi cumprido com a vitória deste domingo. O Palmeiras chegou aos 29 pontos, o que, de acordou com Scolari, garantiu a vaga para as quartas de final. "Nos anos anteriores, o oitavo colocado ficou entre 27 e 29 pontos. Claro que isso é pouco para nós, mas já é um objetivo concretizado", disse.

Oito pontos conquistados em nove jogos. O desempenho pífio do Palmeiras no returno, digno de zona de rebaixamento, tira cada vez mais a equipe alviverde da briga por uma vaga na Copa Libertadores do ano que vem. Apesar de a distância para a zona de classificação não ser numericamente tão grande (seis pontos), o desempenho da equipe nos últimos jogos proíbe a equipe de sonhar.

Após a derrota para o Santos, por 1 a 0, neste domingo, o técnico Luiz Felipe Scolari falou o que o torcedor já sabe: "Como posso pensar em Libertadores? Não estou jogando a toalha, estou sendo realista. Agora só nos resta brigar pela (Copa) Sul-Americana mesmo", disse Felipão, que espera aproveitar os próximos jogos para fazer alguns testes na equipe.

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Assim como foi contra Atlético-GO e América-MG, o Palmeiras teve condições de ter conseguido um resultado melhor contra o Santos. "De novo demos um gol para o adversário. Não sofremos com a falta de vontade, mas sim de atenção", disse o volante Chico, na saída do gramado.

As duas próximas rodadas são decisivas para o Palmeiras, que enfrenta Flamengo (no Rio) e Fluminense (em São Paulo), equipes que brigam pela Libertadores.

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