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Candidato a governador de Pernambuco, o senador Armando Monteiro (PTB) afirmou, nesta terça-feira (21), que pretende, caso seja eleito, realizar um esforço concentrado nos primeiros meses de gestão para recuperar a malha viária estadual, principal meio utilizado pelas empresas para escoar suas produções. Ao participar do Diálogo da Indústria com os candidatos a Governador de Pernambuco, organizado pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), o petebista classificou o assunto como "emergencial". 

Armando citou que a requalificação da malha viária é um dos "desafios velhos" da infraestrutura pernambucana e pode ser determinante para a recuperação da competitividade e os investimentos empresariais no Estado. 

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"Na infraestrutura, como pontos de estrangulamento, temos um gravíssimo problema de mobilidade urbana e a qualidade da malha viária de Pernambuco", observou.  "Tenho percorrido o Estado e temos um cenário de deterioração da malha viária do Estado. Há obras que se arrastam por muito tempo", completou. 

Segundo Armando, a ideia dele é criar um "plano emergencial para a requalificação da malha viária" com recursos do Estado.  

“Estou fazendo um levantamento cuidadoso, considerando cada uma das regiões, sobre quais são aquelas PE’s que estão mais deterioradas e são mais  importantes no ponto de vista da circulação de pessoas e de mercadorias. Vamos fazer este mapeamento, que não é difícil de ser feito, para poder sair com um plano emergencial indicando as prioridades e os critérios. Imaginando que possa, na perspectiva de um ano a um ano e meio, fazer isso avançar de maneira significativa", explicou, em conversa com a imprensa depois da sabatina. 

Aos empresários, que vez ou outra reforçavam a dificuldade que existe no escoamento da produção, o candidato também comentou que a BR-232 "é uma rodovia tronco em Pernambuco" e não está a contento em diversos trechos, além disso também tratou dos problema urbanos como os corredores de transportes e "o ramal da copa que não foi feito". "Tudo o que foi feito esta se deteriorando", disparou. 

Implantação do Arco Metropolitano

Sobre a questão da construção do Arco Metropolitano, que vem se arrastando e é considerado essencial para o polo industrial instalado em Goiana, na Região Metropolitana do Recife, Armando disse que daria prioridade. 

"Teremos que ter o Arco Metropolitano porque não se muda o modal com uma perspectiva que não seja de décadas. Tenho muito cuidado com essas coisas [de forma de financiamento], quero verificar a atualização dos custos do projeto, se tem alternativas mais econômicas ou não, se é possível fazer no regime de concessão ou não, no regime de PPP. É preciso se debruçar sobre o projeto, agora que é prioritário, é mesmo prioritário. Quando chega em Abreu e Lima a BR vira uma via urbana, uma rua", salientou. 

Já quanto à prazos para a resolução do problema, ele negou estabelecer uma meta. "Fiquei traumatizado com o debate de 2014 porque eu vi tanta promessa, tanto prazo. Tenho muita dificuldade de ficar assumindo prazo e a gente ser desmoralizado depois", complementou, fazendo uma crítica direta ao governador Paulo Câmara (PSB) contra quem disputou na última eleição.

Na sabatina, Armando ainda disse aos empresários que pretende simplificar o processo burocrático entre as empresas e o Estado, além de estimular a inovação e tecnologia. O candidato também tratou da questão educacional, como forma de capital humano e para ampliar a redução do desemprego em Pernambuco.

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A partir desta segunda-feira (2), os servidores do Ministério Público Federal (MPF) em Pernambuco, se forem e voltarem ao trabalho de bicicleta em no mínimo 15 dias, terão direito a folga.  Neste domingo (1º), o LeiaJá ouviu alguns ciclistas e o consenso é: apesar de uma boa iniciativa, a cidade não está preparada para tornar a bike um meio de transporte de massa. 

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Todos os dias, o operador de máquinas Rivaldo dos Santos vai do bairro onde mora, Caçote, na Zona Sul do Recife, até o centro da cidade, trabalhar em uma empresa de brindes. Para quem já tem a experiência diária de se locomover sobre as duas rodas não motorizadas, o cenário é desanimador. “É preciso muito cuidado com as bocas de lobo abertas, os desnivelamentos na pista, que são sempre pertos do meio-fio. Faltam ciclovias na cidade, sem dúvida”, disse o ciclista que pedala 16 km por dia.

O estudante Júlio Ricardo é taxativo. “Não existe respeito ao ciclista. Quem disser diferente está mentindo. E essa decisão é só para servidor público. Ando de bicicleta com medo no Recife. Acho que nunca chegaremos ao primeiro mundo”, afirma o recifense que só utiliza as ciclofaixas aos domingos. Para ele, o primeiro passo seria uma reciclagem em todos os motoristas de ônibus e caminhões, para que uma nova cultura de mobilidade fosse conscientemente adotada por todos. 

Entusiasmado com a iniciativa, Demetrius Demetrio também é do time daqueles que acreditam o Recife longe de uma cidade ideal para os ciclistas. “Morei na Alemanha por um tempo e lá é outra realidade. Se você põe o pé na rua, as pessoas param (os carros) para você atravessar. Aqui, se colocar o pé, levam pé e tudo junto. Precisa de mais informações, que essas ciclofaixas sejam permanentes”, observa Demetrius. 

Responsável pela iniciativa, procurador diz que Recife “ainda está muito longe do ideal”

Idealizador da medida que permitirá folgas aos servidores do MPF, o procurador da República Rafael Ribeiro Nogueira falou com exclusividade ao LeiaJá sobre a proposta. Segundo ele, a ideia não teve a ver com o aumento da gasolina, já que o projeto já existia há um ano. O trânsito intenso da capital pernambucana catapultou o lançamento da medida. 

“Entendemos que a iniciativa poderia ajudar a tirar alguns carros da rua. Sempre que posso vou de bicicleta. Às vezes preciso buscar os filhos na escola, mas quando estou livre venho de bicicleta”, explicou o procurador. Ele esclarece que as folgas serão combinadas. Se for possível, o servidor pode até juntar uma semana de folga, “desde que não haja prejuízo ao serviço público”.

Questionado se considera a malha viária do Recife adequada para o uso de bicicleta por muita gente, Rafael Ribeiro Nogueira acredita que o ideal ainda está muito longe. “Não se pode dizer que é uma atividade livre de risco, mas já há algumas opções como a Estrada do Arraial, Estrada do Encanamento. Mas ainda é muito pouco, esperamos que iniciativas como esta possa conscientizar o poder público desta necessidade de aumentar o espaço para os ciclistas”.

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