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Cinco anos após ser absolvido no caso Serrambi, ao ter sido um dos principais acusados de assassinar as adolescentes Maria Eduarda e Tarsila Gusmão, o kombeiro Marcelo Lira foi preso novamente. A polícia divulgou detalhes da operação, nesta quarta (21): desta vez, o homem é acusado de adulteração de sinal identificador e receptação de veículo.
##RECOMENDA##Os delegados Nelson Souto e Eduardo Aniceto, do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), explicaram que a kombi pela qual o acusado fazia serviços de transporte informal na PE-60, em Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, foi roubada em fevereiro deste ano e adulterada. O veículo fazia transporte escolar e teve a característica faixa amarela sobrepintada de branco. O número do chassi também foi alterado.
“Tudo indica que o veículo foi repassado por um grupo especializado em adulteração de carros. Marcelo nega, diz que comprou a kombi de forma legal, mas indícios nos mostra que isso não é verdade”, disse o delegado Eduardo Aniceto. O veículo foi apreendido pela Polícia. O irmão de Marcelo, Valfrido Lira, que também chegou a ser preso na época das investigações do caso Serrambi, igualmente teve uma kombi apreendida. Mas, segundo a polícia, esta ainda não teve a adulteração comprovada.
Marcelo Lira foi levado, nessa terça (20), ao Centro de Observação e Triagem (Cotel), em Abreu e Lima, enquanto Valfrido responderá em liberdade. Segundo os delegados, a operação começou há cerca de um mês e, além dos veículos utilizados pelos irmãos Lira, outras cinco kombis já foram retiradas de circulação pela polícia.
Além do histórico no caso das mortes das adolescentes em Serrambi, Marcelo Lira também foi inocentado da acusação de participar da morte da cunhada, Iraquitânia Maria da Silva, morta em 2001, no município de Ribeirão. O caso foi julgado no final de 2014 e o kombeiro foi absolvido por júri popular.