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O secretário-geral do PSDB, deputado Marcus Pestana (MG), afirmou nesta quinta-feira, 8, que o cenário eleitoral está indefinido, mas defendeu que tucanos e democratas estejam juntos na eleição de outubro.

"Eu não tenho muita certeza sobre o que vai acontecer em outubro, mas tenho certeza que o PSDB, o DEM e o centro democrático e reformista estarão unidos para que o Brasil não caia nas mãos de políticas irresponsáveis", disse.

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Para o tucano, antes de discutir nomes, é preciso discutir uma agenda para o País. As declarações de Pestana foram dadas durante a convenção nacional do DEM, que vai lançar o nome do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), ao Palácio do Planalto.

Nos últimos dias, Maia tem feito um discurso de distanciamento do PSDB e reiterado que o partido não vai apoiar, pelo menos num primeiro momento, a candidatura do tucano Geraldo Alckmin, governador de São Paulo, à Presidência.

Antes de começar o seu discurso, Pestana afirmou que estava no evento representando Alckmin, que está em viagem fora do País.

Enquanto o Congresso vive um impasse sobre a aprovação do fundo eleitoral público para financiar as campanhas a partir de 2018, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) sugere elevar o teto nominal para as doações de pessoas físicas. Pela sugestão do parlamentar, um doador poderia contribuir com até 30 salários mínimos para cada cargo em disputa - em 2018, são cinco cargos eletivos -, respeitando o limite de 10% do rendimento anual bruto do ano anterior. O texto atual do relator da reforma política, Vicente Cândido (PT-SP), fala em 10 salários mínimos para cada cargo, também limitado ao rendimento anual.

A justificativa do aliado do senador Aécio Neves (PSDB-MG) é que o fundo "subiu no telhado" e que dificilmente será aprovado até o início de outubro, para valer já para as eleições de 2018.

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"A tendência é que o fundo não passe, em função das manifestações da sociedade, das pressões via redes sociais. É o pior momento para se aprovar, em função da crise fiscal", disse o parlamentar. "Não tem outro caminho, a democracia tem custo. Só restará as doações de pessoas físicas", afirmou.

A contribuição poderia ser feita a cada cargo em disputa - no próximo pleito, serão deputado estadual, deputado federal, senador, governador e presidente da República. Com isso, a doação individual poderia chegar a até 150 salários mínimos, isto é, R$ 145.350 por pessoa, tomando como base o valor previsto para 2018, de R$ 969.

"Seria uma relação direta do candidato com as pessoas, que eu já acho que vai ser dificílimo", disse o deputado, que fala em uma falta de cultura no País para doações de pessoas físicas. "Nesse ambiente do Brasil, há uma desconfiança e uma rejeição muito grande do sistema político como um todo, não vai ser fácil captar. Não há tradição cultural no Brasil. As pessoas esperam receber do setor público, não doar", afirmou.

No texto de sugestão da emenda, o tucano diz que o relatório de Cândido "dá margem a plúrimas interpretações e pode não alcançar o resultado perseguido". Pestana defende uma redação "menos complacente, embora mais generosa do que parece ter sido a real intenção do relator" para evitar "flutuações no entendimento dos órgãos do Poder Judiciário".

Cândido apresentou, no último dia 15, um texto que definia que cada contribuinte poderia doar até R$ 48.450 em 2018, já que o relatório fala num limite de 10 salários mínimos para cada cargo. O petista já previa o limite de 10% do rendimento bruto do ano anterior, porém não ficava claro se as contribuições para cada cargo também consideravam os vices e os suplentes, e por isso recebeu críticas na comissão.

Nesta terça-feira, 22, o petista apresentou uma nova versão do texto. Nela, diz que as doações não poderão ultrapassar os 10% do rendimento, limitado a dez salários mínimos para cada cargo, e acrescenta o trecho "somadas todas as doações dadas a candidatos ao mesmo cargo e seus respectivos vices ou suplentes, quando houver".

A comissão da reforma política volta a discutir nesta quarta-feira o texto de Cândido. A sugestão de Pestana deve ser debatida e os parlamentares decidem se ela se tornará ou não um destaque a ser votado.

Fundo público. Pestana chegou a propor, no ano passado, um fundo especial público constituído por 2% do montante total anual das receitas do Imposto de Renda. Na última semana, o deputado foi criticado nas redes sociais pela antiga proposta e chamado de "autor do fundo partidário".

"Meu fundo era totalmente diferente (do que está sendo discutido hoje. O cidadão que direcionaria o recurso, ele que diria onde pôr. Mas jogara que era problema de constitucionalidade", disse.

"Não é a informação correta. Em toda a reforma política no mundo, se discute fundo público", diz Pestana. "Eu acho que seria melhor em deixar o cidadão escolher", afirmou, defendendo sua proposta anterior.

O projeto, declarado inconstitucional na assessoria técnica jurídica da Câmara por criar vinculação de despesas, permitia que o contribuinte optasse, na declaração de imposto de renda, seu partido de preferência. Com isso, O montante de 2% da seguinte forma: 70% ao fundo partidário de preferência e 30% serão fundo geral. Se não houvesse opção de preferência, 100% dos recursos seriam destinados ao fundo público.

Um dos principais aliados do presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), o deputado federal tucano Marcus Pestana (MG) minimizou o eventual fortalecimento do nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como eventual candidato do partido a presidente em 2018, após a vitória no primeiro turno de João Doria para a prefeitura de São Paulo. A contragosto de integrantes da cúpula tucana, Alckmin bancou Dória, um neófito na política, para a disputa.

Pestana disse que o debate sobre a sucessão presidencial é uma "outra discussão" e que Alckmin já é um nome "consolidado". "Mas isso será discutido no momento adequado, cada eleição é uma eleição, tem seu contexto e sua história", disse ele, ao destacar que o PSDB sai fortalecido nessa campanha.

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Questionado se o jogo entre Aécio e Alckmin, com a vitória de Doria, fica equilibrado para 2018, o deputado tucano rebateu: "O jogo não está equilibrado, porque isso não estava em jogo. É um equívoco e a história está cheia de exemplos de achar que a eleição municipal é uma prévia das eleições gerais."

Pestana lembrou que o candidato apoiado por Aécio à prefeitura de Belo Horizonte, João Leite, vai disputar o segundo turno eleitoral e que o PSDB em Minas Gerais conquistou muitas prefeituras importantes. Esse movimento ocorreu dois anos depois que um aliado de Aécio, Pimenta da Veiga, perdeu a disputa para o governo estadual contra o ex-ministro petista Fernando Pimentel.

"O ex-ministro Ciro Gomes é um traidor, está no ostracismo e não esconde o incômodo com a projeção nacional do ex-governador de Minas Gerais, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), e do presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos." A afirmação é do presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, ao reagir às declarações de Ciro que, em entrevista ao Estado, apoiou a reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014.

Preterido pelo PSB para entrar na corrida presidencial de 2010, Ciro defendeu que os socialistas só entrem na disputa pelo Palácio do Planalto em 2018. Foi Eduardo Campos quem brecou a candidatura de Ciro à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2010, optando pelo apoio a Dilma Rousseff. "O Ciro está visivelmente incomodado com a projeção do Aécio e do Eduardo Campos e com o seu papel marginal na política", afirmou Pestana.

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O deputado tucano rebateu as declarações de Ciro que se disse "decepcionado" com Aécio Neves na disputa pela prefeitura de Belo Horizonte. Aécio trabalha pela reeleição de Márcio Lacerda (PSB), que foi secretário executivo de Ciro Gomes no Ministério da Integração Nacional. Na última hora, o PT desistiu de manter o apoio à candidatura do socialista, como fez em 2008, e lançou Patrus Ananias na corrida pela prefeitura da capital mineira.

"Quem rompeu com o Márcio Lacerda foi o PT, que quis 'vampirizar' o PSB", disse Pestana. "Não me venha o Ciro falar que a intransigência foi do Aécio."

Marcus Pestana aproveitou ainda para acusar Ciro de ter "traído" o ex-governador e ex-senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Na década de 90, Jereissati lançou Ciro na política, elegendo-o prefeito de Fortaleza pelo PSDB. Pestana argumentou ainda que Ciro "traiu o povo do Ceará" ao ceder aos apelos do ex-presidente Lula e mudar seu título de eleitor para São Paulo, em 2009. "Ele (Ciro) deu às costas ao povo do Ceará."

Ciro Gomes foi candidato à Presidência da República por duas vezes: em 1998 e 2002. Ele tinha pretensões de concorrer novamente em 2010, mas foi impedido por Eduardo Campos. Ao lado de Aécio Neves, o presidente nacional do PSB é um dos nomes mais lembrados para disputar o Palácio do Planalto, em 2014. O nome de Campos também é cotado para ser candidato a vice na provável chapa liderada por Dilma à reeleição.

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