Tópicos | Maurizio Cattelan

O artista italiano Maurizio Cattelan venceu uma batalha na Justiça dos Estados Unidos sobre a propriedade intelectual de uma de suas obras mais famosas, que consiste em uma banana grudada na parede com fita adesiva.

Chamado "Comedian", o trabalho provocou furor na feira Art Basel Miami Beach em 2019, e seu certificado foi vendido na ocasião por US$ 120 mil. Mais recentemente, a obra voltou ao noticiário após um estudante sul-coreano ter comido a banana que estava exposta em um museu de Seul.

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Um artista americano chamado Joe Morford havia entrado com um processo na Flórida, nos EUA, alegando que tivera a ideia da obra nove anos antes de Cattelan.

Segundo Morford, que trabalha na Califórnia, o italiano copiou uma criação chamada "Banana e Laranja", que consiste em um exemplar de cada fruta colado com fita adesiva em retângulos verdes.

Em um primeiro momento, um juiz distrital da Flórida reconheceu elementos para prosseguir com a ação, mas, nesta semana, o juiz federal de Miami Robert Scola deu ganho de causa para Cattelan.

De acordo com a sentença, "Comedian" foi criada de forma independente e é derivada de outra obra realizada pelo mesmo artista um ano antes da Art Basel para a revista New York, que exibiu uma banana atravessada por uma fita adesiva vermelha sobre um fundo branco.

Cattelan é conhecido por seu estilo irônico e questionador, e "Comedian" é interpretada como uma crítica aos excessos no mundo das artes.

Da Ansa

Antes de comer a banana que o artista italiano Maurizio Cattelan havia fixado na parede com fita adesiva, uma obra vendida por 120.000 dólares na Art Basel em Miami, David Datuna esperou algumas horas até "ficar com fome", explicou entre risadas o artista, nesta segunda-feira (9), já de volta a Nova York.

Nascido em Tbilisi e residente nos Estados Unidos há 22 anos, Datuna reivindicou o irreverente gesto que causou sensação depois de que ele publicou em sua conta de Instagram um vídeo no qual aparecia comendo a famosa banana. A banana foi substituída rapidamente por outra na parede da galeria.

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Embora essa "performance artística" possa implicar problemas legais, Datuna se gabou nesta segunda em uma coletiva de imprensa em Nova York de ser "o primeiro artista a comer a arte de outro artista". E disse que desde então recebeu "40.000 a 50.000 mensagens no Instagram", quase todas encorajadoras.

Datuna diz que respeita o trabalho de Cattelan, conhecido por sua privada de ouro de 18 quilates chamada "America", que foi roubada em setembro de um castelo inglês. 

"Ele é um gênio", que "zomba de tudo", afirmou Datuna. Mas "também me agrada o que eu fiz". "Penso que os artistas existem para fazer as pessoas felizes e lhes dar prazer, e foi isso que eu fiz", acrescentou.

Este não é o primeiro "golpe" artístico de Datuna. Em junho de 2017, depois de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do país do acordo de Paris sobre o clima, ele colocou o nome TRUMP em letras de gelo em uma praça de Nova York, para denunciar o derretimento das geleiras e recordar o caráter efêmero de sua presidência.

Nesta segunda o artista disse que está preparando "uma surpresa" para o Super Bowl, a grande final anual do campeonato de futebol americano, acompanhada por quase 100 milhões de espectadores, que ocorrerá em 2 de fevereiro em Miami.

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A fruta em questão era, de fato, uma obra de arte, presa à parede de uma galeria com fita adesiva e que havia sido vendida a um colecionador francês por US$ 120 mil.

Intitulada "Comediante", a obra do artista italiano Maurizio Cattelan foi exibida na Mostra de Arte Contemporânea Art Basel, em Miami Beach, no sábado (7), quando um visitante decidiu comê-la.

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Em um vídeo enviado para sua conta do Instagram, David Datuna caminha até a banana, a tira da parede branca, descasca e come na frente de uma multidão curiosa. Sua "performance artística" é intitulada "Hungry Artist" ("Artista com fome").

"Não destruiu a obra. A banana é a ideia", afirmou ao jornal "Miami Herald" o diretor de relações com os museus da Galerie Perrotin, Lucien Terras.

O valor da obra está no certificado de autenticidade, de acordo com o jornal. Espera-se que a fruta seja substituída regularmente antes de apodrecer. De fato, uma nova banana foi presa à parede com a fita adesiva 15 minutos após a audácia de Datuna.

A diretora da galeria, Peggy Lebouef, disse que não prestará ações legais contra Datuna. "Ele não foi preso, mas pedimos que deixasse o espaço e a feira", afirmou.

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