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“Não sou traficante, não sou ladrão, não sou tarado, não sou estuprador como estão falando. Eu sou uma cara da hora, cantor, compositor, que não faz diferença entre rico ou pobre, negro ou branco. Estou aqui para levar alegria a todos aqueles que curtem meu som”. Foi com essas palavras que o cantor Everton da Silva Lima, conhecido como MC Vertinho, se defendeu da acusação de estupro de vulnerável, que resultou na sua prisão na semana passada.

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Em entrevista coletiva concedida à imprensa neste domingo (14), o cantor já não se mostrava abatido. Amparado pela família, advogada e empresário, MC Vertinho falou sobre a difícil experiência na cela 3 do Cotel, onde ficou confinado com cerca de 20 presos, durante quatro dias. Num espaço reduzido, com apenas um banheiro pequeno, o músico disse que encontrou força no amor pela família e música, mas também foi acolhido pelos companheiros de cela. “Eles sempre me diziam que ali não era meu lugar, que eu tinha que estar lá fora, cantando, fazendo o som que eles gostam de ouvir. Eles entenderam que eu não tive culpa e sempre reforçavam dizendo que eu tinha que levantar a cabeça, porque eu não fiz nada”, comentou Vertinho. 

O caso aconteceu em 2012, quando um vídeo gravado num show veio à tona. Na gravação, o cantor aparece derramando whisky no seio de uma garota, que tinha 12 anos na época. Segundo relatos, Vertinho ainda aparece  simulando sexo oral com a menor. Mas essa versão da simulação do ato sexual é desmentida pelo cantor: “A gente fazia uma brincadeira, chamava uma fã para subir ao palco, dava uma dose de bebida. Mas não houve nenhuma simulação. O que aconteceu é o que tá no vídeo e nada mais”.

Questionado sobre de quem era a culpa desse episódio, Vertinho ressaltou que todos erraram, e sua parcela de culpa foi simplesmente ter chamado a garota ao palco. “Não posso dizer quem é o culpado nessa polêmica. Eu errei, a menina errou, a mãe dela errou de ter deixado ela ir, o dono da casa de show errou de ter permitido a entrada. Todos nós erramos, não posso apontar culpado”, comentou o cantor, ressaltando que nunca passou pela sua cabeça que a garota fosse menor de idade. “Só soube que a garota era menor quando o vídeo foi parar na internet. Fiquei surpreso, pois todo lugar que eu toco é para maiores de 18 anos.  Ali já eram 2h da manhã, não poderia imaginar que uma menina daquela idade poderia ter entrado”, se defendeu. 

Segundo Vertinho, sua prisão só foi decretada ‘agora’, por ele não ter informado a polícia sobre a sua mudança de endereço e constantes viagens. Ele alegou que o antigo empresário havia garantido que sua situação perante a lei estava regular e que em caso de novidades no processo ele seria avisado. Por acreditar que estava tudo dentro dos conformes, quando a polícia bateu à sua porta, não passou pela cabeça que poderia ser preso.  “Pensei que era para assinar alguma coisa, porque tem um lance para assinar todo o mês e eu passei um tempo sem assinar. Quando soube que teria que ir para o Cotel, fiquei super triste, pensando que teria que ficar longe da minha família, do meu filho, dos meus amigos e do que mais gosto de fazer na vida, que é cantar”. 

Vanuza  Silva, mãe de Vertinho, comentou o que sentiu quando viu o filho ir para o presídio. Apesar de ter ficado abatida, a comerciante acreditava que o filho não demoraria muito tempo atrás das grades. “Fiquei muito triste, abatida de ver ele sendo preso. Meu filho é um cantor, ele gosta do que faz. Ele é meu sustento, ajuda o filhinho. Mas eu tinha fé em Deus que ele iria sair rápido, porque a justiça de Deus é certa. Se ele tivesse feito uma coisa muito séria... Foi um erro, mas que ele não vai cometer mais”, afirmou.

O caso de MC Vertinho ganhou repercussão nacional, mas não abalou o sentimento dos fãs.  O Fã Clube Família VT acompanhou a entrevista do cantor, prestando apoio ao músico. A coordenadora do grupo, Chrisalany Gomes, se disse aliviada após a liberdade do ídolo: “É uma alegria muito grande. Nós vamos sempre dar força, porque Deus é maior que tudo”.

Mesmo com apoio incondicional das fãs, MC Vertinho considera que teve a carreira prejudicada pela repercussão negativa do caso. De acordo com o jovem,  sua carreira conseguiu sair das linhas de Pernambuco, conquistando espaço em Brasília, São Paulo e Rio Grande do Norte, mas para ele a retomada do caso pode trazer consequências desagradáveis. “Isso tudo atrapalha a minha imagem. Algumas pessoas pegam essa imagem negativa de estuprador, traficante, o que acaba prejudicando qualquer pessoa, principalmente um artista. Mas eu sou cantor, compositor, levo alegria para o meus amigos e para o público. Tenho fé que tudo vai terminar bem”, resumiu.

Ao contrário do que pensa Vertinho, o novo empresário do cantor, Paulo Alves (Paulinho do Acadêmico), viu a agenda de shows dar um salto. Após a saída da prisão, o MC já fez cinco shows e a busca pelas apresentações do artista tem crescido . “A procura pelos shows aumentou muito, mesmo com a polêmica, porque o nome dele fica em evidência. Os contratantes ficam ansiosos, procurando saber quando ele iria sair, querendo agendar show até para setembro. Isso quer dizer que a imagem dele não foi tão afetada”, ressaltou Paulinho, completando que a agenda de Vertinho só sofreu uma alteração após a saída do cantor da prisão, quando tiveram que desmarcar o show da sexta (12), dia em que Vertinho deixou o Cotel.  O empresário informou que o próximo show de MC Vertinho está marcado para o dia 23 de junho, no Acadêmico do Morro.

Mas a experiência na prisão teve o seu ‘lado bom’. O cantor comentou que enquanto esteve detido aproveitou o tempo para escrever. Seu período de confinamento rendeu cinco músicas, que devem estar presentes no novo DVD, que será gravado entre os meses de agosto e setembro.

O caso do MC Vertinho ainda não tem previsão para ser concluído. Segundo a advogada do cantor,  Noêmia Marques, por estar em liberdade, Vertinho não tem prioridade no julgamento. Ela adiantou que na próxima segunda-feira (15) o cantor irá se apresentar na 2° Vara de Crimes Contra Criança e Adolescente do Recife, para assinatura do termo de compromisso. De acordo com a advogada, a previsão é que a defesa de Vertinho seja entregue a Justiça até a próxima sexta (19) e a audiência  de instrução pode ser marcada ainda este ano.

Everton da Silva, o MC Vertinho, foi solto na noite da sexta-feira (12) após passar quatro dias no Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima. Ele havia sido detido na terça-feira (9) acusado de estupro de vulnerável. Mesmo saindo da prisão às 20h, ele ainda conseguiu realizar três shows que estavam agendados.

Para este sábado (13), o MC tem mais cinco shows marcados, na Região Metropolitana do Recife e no Interior. O empresário do músico promete que ele vai estar em todos os compromissos. O artista ainda marcou uma coletiva de imprensa para o domingo (14), para se pronunciar sobre o ocorrido.

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Vertinho foi acusado pelo pai de uma menina de 12 anos que aparece em um vídeo da música Mulher do Patrão. O cantor aparecendo derramando e lambendo whisky nos seios da jovem e simulando sexo oral. O fato foi registrado em 2012 durante uma apresentação do artista no bairro do Barro, na zona oeste do Recife. A prisão preventiva foi expedida pela 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife. 

Everton da Silva Lima, o MC Vertinho, de 22 anos, foi preso nesta terça-feira (9) e já está no Centro de Triagem Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, Região Metropolitana do Recife. O cantor é acusado de estupro de vulnerável, presente no art. 217 do Código Penal, que traz como conduta típica ter conjunção carnal ou praticar ato libidinoso com menores de 14 anos.

Vertinho foi acusado pelo pai de uma garota, de 12 anos, que estava presente no vídeo da música Mulher do Patrão. O cantor aparece derramando e lambendo whisky nos seios da menina e simulando sexo oral com ela. O caso aconteceu em 2012 durante uma apresentação do cantor, no bairro do Barro, Zona Oeste do Recife.

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A prisão preventiva foi expedida pela 2ª Vara da Infância e Juventude do Recife. Em seguida, ele foi encaminhado para a Gerência de Proteção da Criança e do Adolescente (GPCA) e aguardará o julgamento no Cotel.

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