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Hoje (27) é o Dia das Mulheres na Tecnologia da Informação e Comunicação. Debates sobre o aumento da participação de mulheres no mercado corporativo estão ganhando cada vez mais espaço nos últimos tempos, mas ainda assim, há um caminho a ser alcançado, pelo fato da concorrência e desigualdade de gênero serem um dos motivos evidenciados para tal. Confira a seguir, as porcentagens de diferença de cargos entre as mulheres e os homens, e possíveis soluções para o mercado corporativo crescer com a contração das mulheres.

De acordo com um estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais (Brasscom), atualmente os homens ocupam 67% das posições mais altas nas empresas de tecnologia, enquanto as mulheres apenas 33%. Por meio desses apontamentos, é notável a responsabilidade das empresas de fomentar a diversidade dentro das empresas, principalmente no setor da tecnologia, no qual a presença das mulheres costuma ser menor. Já para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o lucro das corporações comandadas por mulheres é 15% superior ao das empresas lideradas por homens. No entanto, apenas 39,4% das mulheres estão em cargos de chefia atualmente.  

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Para que o mercado tenha e mantenha a credibilidade, é primordial a prática de ações que abram oportunidades de contratações às mulheres e criação de comitês que promovam um espaço de discussão e uma rede de apoio entre elas, para que assim possam mostrar às outras a importância da presença feminina no ambiente de trabalho, principalmente em lugares que há predominância do sexo oposto.

É válido ressaltar também que o maior incentivo que deve ser feito para presença feminina em cargos de liderança e a atenção que as empresas devem ter em relação às ações de mobilização para oferecer salários igualitários, já que segundo uma pesquisa de 2021 do IDados, a mulher ainda ganha 20% a menos do que o homem.  

Outro fator crucial na diversidade e inclusão das corporações é a execução dos programas de desenvolvimento. Independente do nível, as companhias devem investir e apoiar a evolução de aprendizado e conquistas de seus funcionários. Especialmente quando se trata dos grupos minoritários. Essa é uma forma de fortalecer os planos de carreira e aumentar a confiança do profissional.

Também é preciso não apenas falar sobre diversidade e igualdade de gênero sem ações e planejamento para colocar em prática de forma efetiva. Para isso, é necessário gerar oportunidade na contratação e na construção de uma carreira sólida.

 

Divulgação / Twitter @leticiasugayama

No Brasil, uma das questões mais buscadas pelo deficiente é a inclusão, isto porque há muitos anos o país foi tomado por preconceito a essas pessoas e a falta de políticas que os incluísse em todos os setores da sociedade. Um exemplo dessa segregação é que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) deveria ser aprendida por todos os cidadãos, independentemente se possuem algum tipo de deficiência ou não, afinal, todo ser humano tem a necessidade de se comunicar.

Foi pensando num maior envolvimento dos surdos no mercado corporativo e para diminuir as barreiras de comunicação existentes, a startup pernambucana Proativa desenvolveu o ProDeaf que é uma plataforma de comunicação inédita que traduz o conteúdo falado em português para Libras simultaneamente. 

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A startup começou o projeto em 2010 e possui cerca de dez profissionais, todos engajados na ferramenta, além de uma equipe de surdos que auxiliam no entendimento da língua, além disso, a visão deles faz toda a diferença para que ele seja melhorado a cada dia. 

Atualmente o ProDeaf oferece soluções para o mercado corporativo, traduzindo conteúdos de vídeos voltados à esse mercado e também de websites. Tudo isso é interpretado por um personagem em 3D que transmite o conteúdo falado ou escrito para Libras. 

No mercado atual, há grandes gastos para que os deficientes auditivos sejam integrados, afinal, é necessário contratar intérpretes e, dependendo da necessidade, a gravação de um vídeo, o que gasta tempo e até 15 vezes mais do que o investimento feito com o ProDeaf. “O ProDeaf pode reduz em até 15 vezes o custo para o construção de conteúdo em Língua de sinais em comparação com a gravação de vídeos em estúdios (que os custos são mais altos, já que tem que pagar intérprete, gravação, edição etc.). Esse serviço tem sido cada vez mais procurado por empresas devidos as preocupações com acessibilidade e as leis que garantem acesso a informação em Libras para os Surdos”, explica João Paulo Oliveira, diretor de negócios da Proativa. Um dos criadores da plataforma, Lucas Mello, explica que não é necessário realizar novas gravações de conteúdo se caso ele for alterado, pois ele se adapta automaticamente a essas mudanças. Isso possibilita que as empresas estejam dentro das regularidades dos decretos 5.296/2004 e 5.626/2005 que determinam que os órgãos públicos e empresas prestadoras de serviços públicos, além dos Serviços de Atendimento ao Consumidor (SAC), devem prestar atendimento prioritário e individualizado aos deficientes. Essas pessoas são equivalentes a 9,7 milhões no Brasil, de acordo com dados do IBGE de 2010.

Mas a startup quer ultrapassar as barreiras estaduais e deseja integrar ainda mais deficientes auditivos pelo Brasil. Para isso, a Proativa já fez um investimento de R$ 200 mil para o projeto, além de estar em processo de captação de mais R$ 600 mil. Junto a isso, os jovens desejam lançar até o final deste ano, o aplicativo ProDeaf para celular para que os usuários comuns também não percam a chance de se comunicar. Este app funciona para sistemas operacionais iOS, Android e Windows Phone, além da plataforma do ProDeaf na internet para quem não possui smartphones ou não rodam nenhum dos três sistemas no aparelho.

Mais uma prova de que quem investe na inclusão é visto com bons olhos, a startup já foi alvo de várias premiações, como é o caso do vice-campeonato mundial da Imagine Cup 2011, primeiro lugar no prêmio Ciab, premiação na “Partner of the Year Awards 2012”, no Canadá, e campeão do prêmio da Wayra Contest, na Campus Party Recife 2012.

Na prática –  Em um website de quaquer conteúdo, basta que o usuário ative o modo Libras já disponível como opção, então o surdo poderá selecionar qual conteúdo da página ele deseja que seja traduzido. O conteúdo será traduzido por um personagem animado 3D. 

Para as empresas que desejam contratar o serviço devem acessar o site do ProDeaf ou da startup.

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