Autoridades cubanas pediram ao Governo Lula (PT) uma maior flexibilidade para retomar os pagamentos atrasados da dívida de R$ 2,5 bilhões que a Cuba tem com o Brasil, pois no momento, o país não tem como arcar com o alto valor. A ilha do norte do Caribe, que atualmente é governada pelo secretário do Partido Comunista, Miguel Díaz-Canel, tem dívidas acumuladas com projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A informação foi captada pela Folha de S.Paulo, que teve acesso a um documento do governo brasileiro que registrou uma reunião na última segunda-feira (11) entre integrantes de órgãos do Executivo nacional e de bancos públicos. O documento menciona que as medidas consideradas para a renegociação incluem a possibilidade de aplicar descontos no montante em atraso, explorar o uso de moedas alternativas ao dólar e receber pagamentos em forma de mercadorias cubanas.
##RECOMENDA##De acordo com o registro oficial, representantes do governo cubano comunicaram recentemente a autoridades brasileiras que Havana não dispõe dos recursos necessários para cumprir suas obrigações financeiras.
Nesta sexta-feira (15), o presidente Lula chega a Cuba para participar de uma reunião do G77, uma coalizão de países em desenvolvimento, juntamente com a China.
Durante a visita, o líder petista também participará de uma reunião bilateral com o presidente Díaz-Canel, em uma tentativa de melhorar as relações com a ilha após os governos de Michel Temer (MDB) e, especialmente, Jair Bolsonaro (PL) que fazia duras críticas ao país caribenho.