Depois de anunciar um general para ser o seu vice, nesta segunda-feira (6), o pré-candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) já avisou que se for eleito vai convidar “um montão” de militares para compor os ministérios. O presidenciável citou os ministérios da Ciência e Tecnologia e dos Transportes como exemplos. 

“Vai ter um montão de ministro militar para que não haja dúvida. Não sei [quantos]. De acordo com a competência e habilidade deles. Tem ministério que não cabe militar porque não temos vivência nisso”, disse. 

Bolsonaro falou que é muito difícil corromper um general. “Não é incorruptível, mas muito mais difícil que esses últimos ministros que passaram por aí. O que o povo quer é que o Brasil funcione. Não interessa se vai ter militar, homem, gay, mas que funcione”, ressaltou. 

Apesar da afirmativa, durante uma entrevista no mês passado, o deputado federal garantiu que convidaria uma ministra lésbica para compor o seu governo. Segundo ele, não interessa se é lésbica e, sim, fazer um bom trabalho. Na ocasião, ele criticou a qualidade dos ministros que ocuparam o governo nos últimos 20 anos. “Os ministros são escolhidos por indicações políticas para arrumar a vida de parlamentares que o indicaram para lá. Esse é o Brasil que você tem que ajudar a mudar”, disse.

O vice na sua chapa será o general da reserva Hamilton Mourão (PRTB). Com a articulação, Levy Fidelix, presidente nacional do PRTB, retirou sua pré-candidatura a presidente e será candidato a deputado federal. Mourão defendeu um governo “austero, honesto, sem corrupção, com eficiência gerencial e sem balcão de negócios”.