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O ministro Herman Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), voltou atrás e autorizou que o site Muda Mais (www.mudamais.com) volte ao ar. A página foi criada por integrantes ligados ao PT para defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

Na terça-feira (16), o magistrado havia concedido liminar para retirar o site do ar, diante do pedido da coligação Unidos pelo Brasil, de Marina Silva (PSB). Inicialmente vinculado à campanha de Dilma, o Muda Mais se tornou um dos principais canais de críticas a Aécio Neves (PSDB) e Marina.

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Depois que a coligação Com a força do povo e o diretório nacional do PT recorreram da decisão, o ministro reconsiderou. O interposto de defesa sustentou que a propaganda eleitoral em questão encontra-se em conformidade com os artigos 57-B, da Lei 9.504/1997, e 20 da Resolução TSE 23.404/2013. Segundo eles, o termo site representa um gênero no qual se inserem como espécies, entre outros, os blogs, conceito em que estaria incluído o site “Muda Mais”.

O PT também afirmou que obtém a titularidade do site e que a empresa Polis Propaganda foi apenas contratada para registrar, criar e alimentar a página. Os autores também apresentaram elementos que demonstram que o servidor do site está localizado na cidade de São Paulo (SP), embora tenha sido contratada a empresa Amazon para mantê-lo.

Diante disso, o relator determinou que a coligação providenciasse a alteração do registro do Muda Mais “de modo que sua titularidade seja formalmente associada ao Partido dos Trabalhadores - PT, em vez da empresa contratada” e que o registrasse na Justiça Eleitoral. 

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão, disse há pouco que considera um "absurdo" a candidata a presidente Marina Silva (PSB) ter entrado na Justiça para retirar do ar o site Muda Mais, ligado à campanha da presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição.

Antes do início do debate dos presidenciáveis promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e TV Aparecida, Falcão disse: "Formos vítimas da censura da candidata adversária (Marina), que entrou na Justiça para tirar do ar o site Muda Mais. Não temos censurado ninguém, portanto é um absurdo numa sociedade democrática uma candidata censurar a nossa campanha".

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O petista comentou também o resultado da mais recente pesquisa do Ibope, contratada pelo jornal O Estado de S.Paulo e pela Rede Globo, que mostra queda na intenção de voto em Dilma e uma diminuição da distância entre Marina e o candidato do PSDB, Aécio Neves, no primeiro turno. Os dados mostram que Dilma caiu de 39% para 36%, enquanto Marina oscilou de 31% para 30% e Aécio subiu de 15% para 19%.

Segundo ele, a presidente continua na liderança e o segundo turno é uma "mera projeção, pois será uma outra eleição". "O que estamos preocupados é com a censura de Marina Silva", reiterou.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concedeu nesta terça-feira (16), uma liminar para retirar do ar o site Muda Mais (www.mudamais.com), criado por integrantes ligados ao PT para defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff. A decisão, dada pelo ministro Herman Benjamin, atende a um pedido da coligação da candidata do PSB à Presidência, Marina Silva.

O endereço eletrônico tem se tornado um dos canais mais críticos dos adversários de Dilma na corrida ao Palácio do Planalto. O alvo inicial do site era o tucano Aécio Neves e, com o crescimento de Marina nas pesquisas, a candidata do PSB entrou na mira da página. Hoje mais cedo, por exemplo, a página publicou um artigo no qual insinuava que Marina pretende vender a Petrobras, caso eleita.

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Em sua decisão, o ministro do TSE considerou que, pela Lei das Eleições, é proibida a veiculação de propaganda, ainda que gratuitamente, em páginas eletrônicas de pessoas jurídicas com ou sem fins lucrativos. Em caso de descumprimento da decisão, os responsáveis pela página vão pagar multa diária de R$ 50 mil.

A chapa de Marina citou o fato de que a campanha da adversária e Dilma inicialmente tinha dois sites, o Dilma (www.dilma.com.br) e o Muda Mais, este ligado ao ex-ministro Franklin Martins. A defesa da candidata do PSB argumentou na ação que, mesmo tendo sido desvinculado da candidatura de Dilma, o Muda Mais continuou a ser usado como portal de campanha.

Os advogados de Marina sustentaram no processo que a empresa Digital Polis, que detém o registro da página oficial de Dilma, também abriga o Muda Mais, sendo assim responsável pela alimentação dos dois sites.

O ministro Herman Benjamin, relator da ação, entendeu que ficou configurada, em análise do pedido de liminar, a propaganda irregular. Segundo o ministro, podem fazer propaganda eleitoral somente as páginas eletrônicas habilitadas legalmente para tanto.

"Entendo, pois, ao menos neste juízo de cognição sumária, que o sítio www.mudamais.com transgride a proibição (prevista na legislação), pois, apesar de estar desvinculado da campanha da candidata Dilma Rousseff e registrado em nome de pessoa jurídica (Polis Propaganda & Marketing Ltda.), continua veiculando propaganda eleitoral (irregular) em favor daquela", afirma o ministro, no despacho registrado às 15h07.

O ministro considerou ainda que a página, "com forte conteúdo eleitoral a um dos candidatos", poderá provocar desequilíbrio na disputa eleitoral - no caso em favor de Dilma. Benjamin determinou a citação dos envolvidos para se pronunciar na ação, entre eles a presidente da República.

O site Muda Mais, criado pelo PT para defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff, publicou nesta quinta-feira, 04, um texto no qual acusa o programa de governo de Marina Silva para a área de energia de ser um "plágio" de um artigo publicado em 2011 pela Revista USP (Universidade de São Paulo). É a primeira vez que petistas afirmam que a candidata do PSB, que lançou seu programa de governo no último dia 29, de copiar propostas já apresentadas.

O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, já havia criticado Marina por ter copiado, em seu programa, trechos do Plano Nacional de Direitos Humanos lançado no governo Fernando Henrique Cardoso.

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O texto do Muda Mais compara os trechos do programa de governo de Marina com o artigo publicado na edição de número 89 da revista da USP de autoria de Luiz Davidovich, então secretário-geral da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação para um Desenvolvimento Sustentável.

Na página 144, o texto de Marina transcreve: "Aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis, fundamentais para que o país se torne um ator relevante nesses setores, que serão vitais para a sociedade do futuro".

Na página 18 do artigo publicado na USP, está escrito: "Aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis e energia nuclear, fundamentais para que o país se torne um ator relevante nesses setores, que serão vitais para a sociedade do futuro".

O Muda Mais questiona qual a diferença entre os dois trechos para em seguida responder. "Duas palavras que já causaram tanta controvérsia no programa da candidata do PSB: energia nuclear". Segundo o site do PT, um tópico sobre fontes de energia, tema aparentemente tão caro à Marina, "é nada mais que um plágio".

"Agora entende-se porque houve tantas erratas desde o lançamento de seu programa de governo: o CtrlC + CtrlV foi tamanho que alguns - detalhes - passaram despercebidos. Outros trechos - sobre o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, biocombustíveis e saúde -, na mesma página 144 do programa de governo de Marina também guardam semelhanças incríveis com o artigo de Davidovich", critica.

O site do texto petista menciona o fato que Marina declarou reiteradamente que o programa de governo dela foi "fruto de amplo diálogo com a sociedade, uma construção conjunta, o que é louvável". "Cópias literais de textos já prontos, no entanto, não combinam com essa declaração. Seguimos observando", finaliza. O Broadcast Político procurou a assessoria de imprensa de Marina para comentar a acusação de plágio, mas não recebeu retorno até o momento.

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