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A artista luxemburguesa Deborah de Robertis foi presa por exibicionismo em Paris, depois de posar nua no museu d'Orsay em frente a uma tela de Edouard Manet que representa a prostituta Olympia em uma postura parecida - informou seu advogado neste domingo.

Deborah escolheu a exposição "Esplendor e Miséria: Imagens da prostituição, 1850-1910" para tirar a roupa e "filmar a reação do público com uma câmera", explicou seu advogado, Tewfik Bouzenoune, alegando que "era uma performance artística".

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Este não é o primeiro escândalo ligado à Olympia: o quadro da mulher desnuda interpelando diretamente o público com o olhar gerou polêmica quando foi exibido pela primeira vez em 1865. A obra representa uma prostituta, uma mulher real muito distante das idealizadas representações femininas da época.

O nu de Deborah de Robertis parece ter sido excessivamente real para o gosto do museu d'Orsay.

"Havia muita gente na frente do quadro. Os seguranças responderam bem: fecharam a sala e lhe pediram que se vestisse. Como ela se negou, chamaram a Polícia para tirá-la de lá", disse uma porta-voz da instituição, que apresentou acusações contra a artista por exibicionismo.

De Robertis já protagonizou outro incidente, em maio de 2014, nesse mesmo museu, ao expor a vagina diante do quadro de Gustave Courbet "A origem do mundo", que reproduz a imagem de genitais femininos.

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O Museu d'Orsay de Paris inaugurou na terça-feira (24) uma mostra intitulada Masculin/Masculin, que retrata homens nus com 200 peças que remontam desde o ano de 1800 até os dias de hoje. A exposição reúne esculturas, fotografias, vídeos e pinturas que trabalham uma mesma temática, a nudez masculina, em seus vários aspectos.

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A mostra chegou à França depois de causar polêmica em Viena, onde causou alvoroço após a promoção da exposição, que contou com cartazes com jogadores despidos distribuídos pela cidade. A exibição vai até o dia 14 de janeiro de 2014.

O parisiense Museu d'Orsay, templo da pintura impressionista, apresenta a partir desta terça-feira a exposição de 70 quadros de Manet, Monet, Renoir, Degas e Caillebote, entre outros, acompanhada de 40 vestidos utilizados por mulheres durante a época em que floresceu este movimento artístico, na segunda metade do século XIX.

A exposição, aberta até 20 de janeiro de 2013, é organizada de maneira conjunta pelo Museu d'Orsay, pelo Metropolitan Museum of Art de Nova York e o Art Institute de Chicago. O diretor de ópera Robert Carsen multiplicou o efeito das obras-primas impressionistas, que desfilam uma atrás da outra, como modelos.

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"Os impressionistas, apaixonados pela modernidade, se interesam pela moda, fenômeno que estava nessa época em pleno auge, com o desenvolvimento das revistas especializadas e das grandes lojas", diz Gloria Groom, curadora da exposição.

"Ao estudar seus grandes retratos de mulheres, me dei conta que pintavam roupas contemporâneas que podiam ser encontradas nos desenhos de moda", explica Groom, do Art Institute de Chicago.

A partir daí veio a ideia de utilizar o acervo do museu Galliera, vestidos que se aproximavam desses desenhos, revivendo as silhuetas de quem os usava.

Os impressionistas faziam posar as mulheres que os rodeavam, suas companheiras e amantes, mas o verdadeiro herói do quadro é o vestido, sua maneira de captar a luz, seus reflexos. Os pintores desse movimento eram especialistas em reproduzir a transparência da luz, seu resplendor fugidio.

Em "Mulher com papagaio" (1866), de Manet, a camisola rosa pálido de Victorine Meurent, modelo do pintor, provocou muitos comentários ao ser apresentada no salão de 1868. "Um rosado falso e raro", segundo o escritor Théophile Gautier, uma roupa "suave" para Emile Zola.

Manet conhecia bem a moda. Sua "parisiense" veste uma roupa preta com anquinhas, ajustada na cintura e adornada com um chapéu alto. Ela arrasta a cauda do vestido com segurança, deixando entrever suas botas.

Os impressionistas se interessam "pela mulher em movimento", diz Groom. Nos anos 1870, as crinoligas, anáguas usadas para armar os vestidos, eram rebaixadas na frente, enquanto na parte traseira eram infladas com almofadas. É o triunfo da silhueta em S, que se aprecia de perfil. O corpete ainda está lá para emprestar uma "cinturinha de vespa" às mais elegantes.

Albert Bartholomé pinta em "Invernar" sua esposa vestida com um traje de verão de algodão branco estampado com círculos e detalhes lilás. A roupa da senhora Bartholomé, exposta ao lado da tela na exposição, ostenta uma cintura de 32 centímetros.

A cor preta já estava na moda. No grande quadro "Senhora Charpentier e seus filhos", de Renoir, a esposa do célebre editor usa um traje amplo de muita elegância.

Com "Naná", Manet explora o que está por baixo. O corpete de cetim azul-céu da atriz que serviu de modelo, suas anáguas, seu salto alto, exibidos sob a atenção de um homem vestido, ofenderam a moral da época: o quadro foi rechaçado no salão de 1877.

Os trajes brancos florescem nos quadros ao ar livre. Para "Mulheres no Jardim" (1866), de Claude Monet, a companheira do pintor, Camille, veste quatro roupas diferentes para encarnar quatro mulheres em diversas poses.

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