O Departamento de Imigração da Malásia informou neste sábado que o ex-primeiro-ministro Najib Razak e sua esposa estão proibidos de deixar o país, pouco depois dele anunciar planos para um curto período de férias.
Um manifesto de voo vazado mostrou que Najib e sua esposa Rosmah Mansor deveriam partir em um jato particular neste sábado para Jacarta, na Indonésia, o que alimentou rumores de que o político estaria fugindo do país para escapar de um possível processo por escândalo de corrupção envolvendo um fundo estatal. Sua coalizão sofreu uma expressiva derrota eleitoral, decretando o término de 60 anos de domínio.
##RECOMENDA##Em declaração na mídia social, Najib não disse onde estava indo, mas afirmou estar empenhado em "facilitar uma transferência suave de poder". Ele também pediu desculpas por seus erros e falhas e disse que pretendia continuar servindo as pessoas. "Eu rezo para que, após este período de divisão, o país se una."
O Departamento de Imigração, que inicialmente havia dito que não havia viagens proibidas para Najib, mais tarde publicou uma breve declaração de que Najib e Rosmah "acabaram de entrar na lista negra de deixar o país".
Najib respondeu rapidamente dizendo que respeitava a decisão do departamento e
vai ficar com sua família no país.
Os planos de férias ocorreram em meio a fortes apelos da coalizão Frente Nacional para que Najib se demitisse após os resultados das urnas. A Frente Nacional, que governa a Malásia desde a independência da Grã-Bretanha, obteve apenas 79 dos 222 assentos parlamentares, perdendo poder para uma aliança de quatro partidos diante da indignação pública com o escândalo de corrupção e com o aumento do custo de vida. Fonte: Associated Press