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Na última quarta-feira (22), a presidência do Botafogo junto à Prefeitura do Rio de Janeiro, assinaram um contrato de prorrogação com o estádio Nilton Santos, conhecido popularmente como Engenhão. Inicialmente, a parceria entre o clube alvinegro e o estádio estava prevista até 2031, porém a renovação agora permite que ambos estejam lado a lado por mais 20 anos, ou seja, até 2051.

De acordo com o presidente do Botafogo, Durcesio Mello, o clube foi responsável por cobrir parte da dívida que o estádio possui com a Prefeitura. Além disso, também foi anunciado que, a partir desta renovação, empresas podem surgir com o interesse de assumir a administração do estádio, e o valor referente ao aporte inicial está avaliado em aproximadamente R$ 40 milhões.

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A medida acontece pouco tempo depois do Botafogo ser campeão da Série B do Campeonato Brasileiro e o momento é de reestruturação, já que o Glorioso está de volta à elite do futebol brasileiro. Além disso, o clube carioca também já está classificado para a terceira fase da Copa do Brasil, competição que possui grandes premiações financeiras por parte da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

 

 

Talentosos com a bola nos pés, os canhotos sempre fizeram sucesso no futebol mundial. Seja na defesa, no meio-campo ou no ataque, há sempre um lugar de destaque para quem usa a perna esquerda desfilar sua habilidade em campo. Apesar da lista ser grande, o LeiaJá separou os cinco maiores da história para homenagear no Dia Mundial do Canhoto.

1. Nilton Santos

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Considerado o melhor lateral-esquerdo da história do futebol pela Fifa, Nilton Santos (1925-2013), jogou apenas pelo Botafogo-RJ, clube no qual fora campeão em 20 oportunidades. Na seleção brasileira, foram quatro Copas do Mundo e dois títulos mundiais em 1958 e 1962. Apesar de não gostar muito, ganhou o apelido de "Enciclopédia do Futebol" por ter sido o responsável pela ascensão da posição de lateral. Antes de Nilton Santos, nenhum jogador de defesa ousava sair jogando pelos lados do campo para apoiar o time no setor de ataque. Devido a complicações decorrentes do Alzheimer, o ex-jogador faleceu em 2013.

 

2. Roberto Rivellino

Formado nas categorias de base do Corinthians, o "Reizinho do Parque", como é carinhosamente chamado pela Fiel, é um dos maiores nomes da história do clube paulista, apesar de não ter conseguido ser campeão com a camisa do Timão. Com dribles rápidos como o elástico (que Rivellino popularizou) e um potente chute na perna esquerda, o meia conquistou nove títulos atuando pelo Fluminense-RJ e duas taças atuando pelo Al-Hilal da Arábia Saudita. Pela seleção brasileira, Rivellino foi peça chave na conquista do tricampeonato mundial do Brasil na campanha de 1970, no México, além de ter disputado as copas de 1974, na Alemanha, e 1978, na Argentina.

 

3. Gérson

O "Canhotinha de Ouro" nasceu em Niterói (RJ), em 1941. Líder nato e talentoso com a perna esquerda, o meio-campista fez história no futebol faturando títulos por todos os clubes nos quais atuou, como Flamengo-RJ, Botafogo-RJ, Fluminense-RJ e São Paulo-SP. Na seleção brasileira, além da Copa de 1966, na Inglaterra, Gérson comandou o meio-campo do esquadrão de 70 e foi outro destaque individual daquele que é tido por muitos como o melhor time de todos os tempos. Desde o fim da carreira até os dias de hoje, o "Canhota" empresta seus conhecimentos futebolísticos à imprensa esportiva como comentarista na Super Rádio Tupi do Rio de Janeiro.

 

4. Maradona

Nascido em Buenos Aires, capital da Argentina, "El Pibe D’Oro" foi revelado pelo Argentinos Juniors, passou pelo Boca Juniors (ARG), foi negociado com o Barcelona (ESP), mas teve sua melhor fase defendendo o Napoli (ITA). Vestindo a camisa do clube italiano, o habilidoso "Dieguito" ajudou na conquista de cinco títulos. Na seleção argentina, disputou as Copas do Mundo de 1982, 1986, 1990 e 1994, sendo o principal jogador do segundo título mundial argentino conquistado em 1986. Encerrou a carreira de jogador profissional em 1997 e, atualmente, é técnico do Dorados de Sinaloa, clube que disputa a segunda divisão do futebol mexicano.

 

5. Messi

Atuando desde o ano de 2000 no Barcelona (ESP), o argentino Lionel Messi é mais um canhoto que brilha nos gramados do mundo afora. Eleito pela Fifa como melhor jogador do mundo em cinco oportunidades, Messi tem 32 anos e quase 700 gols na carreira. Pela seleção argentina, "La Pulga" conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2000, e disputou quatro Copas do Mundo (2006, 2010, 2014 e 2018). Pelo clube catalão, entre Campeonato Espanhol, Supercopa da Espanha, Copa do Rei, Champions League, Supercopa Europeia e Mundial de Clubes, o canhoto já conquistou 35 títulos na carreira.

Nilton Santos foi enterrado na tarde desta quinta-feira (28) no Rio, sob sol forte e entusiasmo de igual intensidade. Seu legado permanecerá vivo. Conhecido como a "Enciclopédia" do futebol, ele morreu no dia anterior, aos 88 anos, vítima de uma infecção pulmonar. Ficou para a história como o maior lateral-esquerdo de todos os tempos.

Antes de partir rumo ao cemitério São João Batista, em Botafogo, bairro que carrega o nome do único clube que amou e representou em sua carreira, Nilton Santos foi velado por lendas do futebol como ele. Zagallo, companheiro tanto no elenco botafoguense quanto na conquista dos bicampeão mundial com a seleção brasileira em 1958 e 1962, era o mais emocionado.

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Abatido, mas com a voz ainda firme, Zagallo despediu-se do amigo rapidamente. "Era uma verdadeira enciclopédia. Ele deixará essa alegria que vemos aqui. Que Deus o abençoe", disse o ex-jogador.

Amarildo, outro privilegiado por dividir seus melhores anos como jogador com Nilton Santos, também se deixou emocionar com o adeus ao amigo. O Possesso, atacante que tomou a cena inesperadamente na Copa de 1962, ao substituir o lesionado Pelé, disse que guardaria como lembrança do maior dos laterais-esquerdos a gentileza e a presteza em ajudar os novatos.

"Eu tive a melhor universidade de futebol que um jovem poderia ter. Eu cheguei ao Botafogo em 1958, num time que tinha Nilton Santos, Garrincha, Zagallo e Didi. Aprendi tudo com eles. O Nilton estava sempre disponível para dividir seu conhecimento", comentou Amarildo.

E tal traço era destacado por todos que conviveram com Nilton Santos, dentro ou fora de campo. Um homem de hábitos simples e sempre disposto a compartilhar o melhor de si com os outros.

"Meu primeiro encontro com o Nilton foi num jogo entre Botafogo e Fluminense. Eu tinha 19 anos e tive uma vontade grande de pedir um autógrafo, mas não era a melhor ocasião", revelou Carlos Alberto Torres, que teve a honra de dividir posteriormente um mesmo palco com o ídolo, quando eles receberem diplomas da Fifa como os maiores laterais do século 20.

Cerca de 200 pessoas acompanharam o cortejo até o cemitério, da sede botafoguense em General Severiano até o cemitério, uma distância curta percorrida em carro do Corpo de Bombeiros. Sob o hino do Botafogo, com uma bandeira do clube a lhe servir de abrigo, Nilton Santos foi sepultado.

O futebol perdeu parte de sua elegância. Morreu nesta quarta-feira (27), aos 88 anos, no Rio, Nilton Santos, o maior lateral-esquerdo de todos os tempos. A "Enciclopédia do Futebol", como era conhecido por causa de sua inigualável capacidade técnica de jogar, só vestiu duas camisas em 16 anos de carreira: do Botafogo (entre 1948 a 1964) e da seleção brasileira.

Nilton Santos era um jogador à frente de sua época. Ao contrário dos zagueiros contemporâneos, gostava de ir ao ataque. Na Copa do Mundo de 1958, no jogo contra a Áustria, levou uma bronca do técnico Vicente Feola por ter passado do meio de campo. Ele fez mais. Tabelou com Mazzola e, na saída do goleiro, tocou com classe para fazer o segundo gol do Brasil.

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Ao todo, foram três gols marcados pela seleção brasileira em 84 jogos, período em que disputou quatro edições da Copa do Mundo, em 1950, 1954, 1958 e 1962 - foi bicampeão mundial nas duas últimas. Pelo Botafogo, onde jogou a vida inteira, com um total de 723 partidas disputadas, ele virou um dos maiores ídolos da história, ao lado do seu contemporâneo Mané Garrincha.

Nilton Santos vinha sofrendo com problemas médicos nos últimos anos - foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2007. Ele tinha sido internado no último domingo, com insuficiência respiratória e cardíaca. E acabou morrendo nesta quarta-feira.

Internado há cinco anos numa clínica da zona sul do Rio, o bicampeão mundial Nilton Santos convive com o Mal de Alzheimer. Sua mulher, Maria Célia, também luta contra uma doença séria - sofre de câncer - e praticamente não sai de casa. Disposto a ajudá-los, Damásio Desidério, amigo do ex-atleta da seleção e do Botafogo, resolveu colocar à venda o acervo daquele que é conhecido até hoje como a Enciclopédia do Futebol, cognome criado pelo locutor Waldir Amaral.

Agasalhos, chuteiras e as camisas das finais da Copa de 1958 e de 1962, utilizadas por Nilton Santos, integram uma lista de quase duas dezenas de peças de valor histórico em poder de Desidério. Ele ganhou de Nilton Santos todo o material em 2002, no ano que foi o autor de um enredo na Vila Isabel sobre a vida do ex-jogador - era o diretor de carnaval da escola de samba.

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"O Nilton se emocionou com a homenagem e me deu de presente essa relíquia toda. Agora, vejo que o casal está em dificuldade e decidi vender tudo. Minha intenção é que eles possam ter um pouco mais de tranquilidade", explicou Desidério.

Por telefone, Maria Célia disse que vive à base de remédios caros e com ajuda de enfermeiras e acompanhantes. "Tenho câncer no cérebro, não sei quanto tempo me resta. Essa ideia de vender o acervo dele nos ajudaria, sim. Eu, por exemplo, não tenho plano de saúde", contou.

Com a voz firme, embora acusando cansaço, Maria Célia manifestou gratidão ao Botafogo. "Durante todos esses anos, o clube esteve presente nas despesas do Nilton. Não faltou sequer uma vez. Está lhe dando uma velhice digna", revelou a mulher do craque.

Para a mulher de Nilton Santos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) poderia adquirir o acervo. "Faz sentido, você não acha? No dia em que ganhou a Copa de 1958, ainda na Suécia, Nilton ouviu dos nossos dirigentes que na volta ao Brasil seria recompensado. Ele espera por isso há 54 anos", lembrou.

Por meio de sua assessoria de imprensa, a CBF se disse disposta a conversar com Desidério sobre o assunto. O dono do acervo não quer estipular preço. "Falaram em R$ 2 milhões. Mas isso tem de ser bem avaliado", declarou.

Apesar de debilitada por causa do câncer, Maria Célia ainda consegue alguns contatos com Nilton Santos. Lamenta que a doença dele esteja cada vez mais acentuada. Mas revela como é possível trazê-lo de volta à realidade. "É só falar baixinho com ele sobre coisas do Botafogo (único clube em que atuou, de 1948 a 1964). Aí ele dá um sorriso, olha feliz pra gente e entende tudo", afirmou.

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