Seguiu para a sessão do prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), um projeto de lei que extingue 93 cargos em comissão e cria 387 novos. A proposta foi aprovada pela Câmara de Vereadores com folga, nessa terça-feira (31). Dos 28 que participavam da sessão, 23 votaram a favor. A matéria cria ainda as chamadas Funções Gratificadas de Assessoramento, com um impacto mensal de R$ 588,9 mil a mais na folha de pagamento.
Apesar da grande adesão, o assunto gerou polêmica entre os parlamentares. O líder da bancada de oposição na Casa, Jurandir Liberal (PT), lembrou que é a quarta vez que a PCR envia projeto de contratação de pessoal em dois anos. “Extingue alguns e cria muitos outros com salários altos. O impacto financeiro é alto, mas não sabemos de quanto é”, disparou. “A sensação que dá é que esses cargos são criados para acomodar aliados políticos”, avaliou o petista.
##RECOMENDA##“Sabemos que se criou uma nova secretaria que vai precisar de pessoal, mas são muitos cargos. Falta transparência”, corroborou o vereador Henrique Leite (PT).
Toda discussão em torno do projeto aprovado pela Câmara se desencadeou porque a matéria passou pelo crivo das comissões sem tempo hábil para receber emendas e foi direto para a votação em plenário.
Em defesa do governo, o líder da bancada na Casa José Mariano, vereador Gilberto Alves (PTN), alegou que os prazos foram dispensados por conta do regime de urgência. Segundo Alves, apesar dos comentários oposicionistas o projeto estava acompanhado de um relatório de impacto orçamentário-financeiro.
“Essa iniciativa vem no bojo de outras para melhorar a estrutura da Prefeitura. Os funcionários de carreira não serão prejudicados, uma vez que estão sendo revistas às gratificações em reconhecimento ao trabalho deles”, observou Gilberto Alves.