O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Monteiro (PTB), afirmou acreditar no estreitamento dos laços entre o Brasil e os Estados Unidos. Para o ministro, o país passa por um momento de ajuste e, em meio a esse cenário desafiador, o comércio exterior é um dos caminhos para retomada do crescimento econômico.
“Temos que reposicionar a política comercial brasileira e integrá-la a fluxos comerciais com maior dinamismo”, disse o ministro ao participar de uma audiência na Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, nessa quinta-feira (25). O petebista destacou também que, por conta da ampla pauta bilateral e das características da parceria, os Estados Unidos precisam estar no centro das estratégicas comerciais brasileiras.
##RECOMENDA##“Hoje, 75% dos bens que transacionamos com os EUA são manufaturados ou semimanufaturados. A corrente de comércio entre Brasil e EUA no ano passado foi de US$ 62 bilhões, sendo que US$ 27 bilhões são exportações brasileiras. Deste total, US$ 17 bilhões são de produtos manufaturados. Os EUA são o segundo maior parceiro econômico brasileiro, mas o primeiro destino das manufaturas brasileiras”, frisou.
O ministro destacou ainda que a criação de uma agenda de convergência regulatória é prioritária para ampliar acesso dos produtos brasileiros ao mercado dos EUA uma vez que o grande problema não são as barreiras tarifárias, mas as não tarifárias. “A tarifa média de entrada de bens nos Estados Unidos é relativamente baixa, de 3,5%. É preciso avançar na harmonização de normas técnicas”.
Sobre a viagem para os EUA com a presidente Dilma Rousseff (PTB), que inicia neste sábado (27), Armando Monteiro adiantou que terá uma série de encontros com empresários americanos, brasileiros e investidores. Além das agendas em Nova Iorque e Washington, a comitiva vai a São Francisco, onde terá compromissos nas universidades de Stanford e Berkeley.